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domingo, 23 de setembro de 2018

Os Encontros e Seus Mistérios



Bom é ficar o máximo possível de tempo perto dos que amamos, afinal, não há nenhuma garantia quanto ao minuto seguinte.
A vida é muito rápida, rara e escapa por entre os dedos como água, como um vapor, um hálito, como o vento.
Tristes os que sabem que poderiam ter ficado mais perto dos que amavam, mas não ficaram.
Reconciliemo-nos o mais rápido possível e celebremos o amor e a amizade.
Vale muito um “eu te amo” sincero, reiterado e materializado no chão da vida a partir de encontros e reencontros.
Alegro-me com aqueles que insistem comigo para nos encontrarmos, me fazendo vencer a tendência ao enclausuramento e uma vida solitária, egoísta, ensimesmada ou com os de sempre, não permitindo novas aproximações ou reaproximações.
Muito obrigado aos que insistem comigo! Nunca me arrependo de ter me encontrado com alguém.
Tenho idade, histórias, experiências e vida suficientes pra me lembrar dos que encontrei pela última vez; alguns, poderia descrever em detalhes o último encontro.
Creiam, como gostaria que eles não tivessem partido, para ter a chance de ficar mais um pouco, dizer o que nunca disse, abraçar como nunca abracei e me despedir para valer.
Hoje, luto comigo mesmo para não perder a chance de estar perto dos que amo e, de alguma forma, insistir que os amo.
Sim, uso todas as vias possíveis para isto e, sempre que posso, tento vencer a preguiça, a acomodação, as zonas de conforto que crio, os sentimentos estranhos, as sensações esquisitas, as percepções erradas e me levanto para ir ao encontro de alguns.
Deus me ajude com saúde e a vocês todos também, para nos vencermos e nos entregarmos aos encontros e seus mistérios.
Que vençamos os motivos que nos separam – aliás, alguns pelos quais nunca deveríamos ter nos separado – e reconciliemo-nos uns com os outros em favor do bem; nosso bem e, certamente, de muitos.

Um texto de Carlos Bregantim

Um comentário:

  1. Preciosas palavras de sabedoria!
    Com um jeito singelo de escrever:Carlos Bragantin!

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