A chave deste livro é a conquista.
O livro de Josué é a continuação, por assim dizer, do Pentateuco. Moisés
morreu na terra de Moabe, contemplando a terra prometida. A Josué, seu
sucessor, coube a missão de dirigir o povo de Israel através do Jordão e na
terra prometida. A maior parte do livro descreve a conquista de Canaã e a
divisão da terra entre as tribos de Israel. Depois da queda de Jericó e de Ai,
e da capitulação de Gibeon, na região central de Canaã, Josué teve de enfrentar
duas coligações sucessivas de estados cananeus, uma na região meridional
capitaneada pelo rei de Jerusalém, e a outra no norte, sob as ordens de Jabim
em Hazor. Contando com a ajuda divina, Josué pôde conquistar tanto o sul como o
norte, e distribuir a terra entre as tribos. Contudo, formaram-se bolsões de
resistência, e cada uma das tribos teve a responsabilidade de ocupar a terra
que lhe foi designada. O livro de Josué registra a história de Israel desde a
nomeação de Josué como sucessor de Moisés até sua morte, aos 110 anos de idade.
O título do livro indica que Josué é seu personagem principal. O livro
em si mesmo é anônimo, embora exista sólida evidência interna de que foi
escrito por uma testemunha ocular dos muitos acontecimentos aí descritos. Em
sua forma atual, porém, o livro é posterior a Josué, cuja morte registra. A
conquista de Debir por Otniel e de Laís pelos danitas ocorreu depois da morte
de Josué. O livro talvez tenha sido escrito por um dos “anciãos que ainda
sobreviveram” depois de Josué, que empregou o material escrito pelo próprio
Josué (24:1-26).
Charles
F. Pfeiffer
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