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domingo, 19 de agosto de 2018

Seguir, Salvar ou Perder



          Marcos 8:34-37
          “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará. Pois, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma?”

          Certa feita Pedro, respondendo a Jesus sobre quem eles – os discípulos – diziam que Ele era, disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16). Este foi um reconhecimento que não fora lhe dado por deduções humanas, por filosofias ou por crenças religiosas, mas fora-lhe revelado “pelo Pai”, como Jesus em seguida à sua resposta lhe diria. Reconhecer a Jesus como o Cristo, como nosso Senhor e Salvador, é uma dádiva que Deus nos concede. Não chegamos a este reconhecimento por méritos, por intelectualidade, pela filosofia, nem por outras fontes espirituais.
          Noutra ocasião, Pedro disse a Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (João 6:68).  Esse reconhecimento de Pedro nos deveria instigar, nos deveria fazer pensar um pouquinho. Poderíamos também nos perguntar: “Para quem irei eu? Quem tem palavras de vida eterna?” Se nossa resposta a nós mesmos e a Jesus for um “só Tu, Senhor”, então não deveria haver mais dúvidas. Depois de “só Tu”, não há “também Tu”, ou “Tu mais que outros”... “Só Tu” é o reconhecimento que nos faz perceber só Jesus em nossa vida, como o mantenedor que necessitamos. Passamos a olhar só para Ele, como aconteceu com os discípulos no monte da transfiguração que, após se depararem com Jesus transfigurado diante deles, na companhia de Moisés e Elias, e ouvindo a voz de Deus, passaram a somente ver Jesus. Diz assim: E erguendo os olhos, não viram mais ninguém a não ser Jesus (Mateus 17:8). Depois do reconhecimento de Jesus em nossa vida, não olhamos para mais ninguém como fonte, somente Ele!
          Para segui-Lo – ou acompanhá-Lo – temos que negar a nós mesmos, significando dizer que as nossas ilusões e auto-enganos sobre a vida devem ser postos de lado. Negar isso e assumir a Verdade que passa a habitar em nós, tornando-nos templo do Espírito Santo, é incondicional. Não pode haver segunda opção; depois de “só Tu”, não há mais nada, nem ninguém – nem o nosso self, o nós mesmos.
          Temos que tomar a nossa cruz, ou seja, pregar na cruz todas as coisas que não são coadunadas a Cristo e ao Evangelho, conformar nossa vida a Cristo e ao Evangelho, renunciar o que destoa disso, e segui-Lo no chão da vida, dia a dia, momento a momento. Isso fará toda a diferença.
          Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, diz Ele. Isso me encafifou bastante! Muitas vezes chegamos a um ponto da vida onde nos deparamos com o pensamento de que não temos os bens materiais que, até aquele ponto ou idade, desejaríamos ter. Não somos socialmente quem gostaríamos de ser ou poderíamos ter sido. Nossa “vida privada e pessoal” não está naqueles conformes que imaginávamos que poderia estar. Temos a sensação que “estamos perdendo a vida”. E gostaríamos de estar “ganhando a vida”, ora bolas! Aí, queremos “salvar a nossa vida”. Jesus diz que, se assim pensarmos ou procedermos, “perderemos a nossa vida”!
          Mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará, prossegue Ele. Ao tomarmos aquela decisão de “só Tu”, poderemos ter, nalgum momento, a sensação de “estarmos perdendo a vida”. Afinal, ao invés de conformarmos a nossa vida a Ele, poderíamos correr atrás de outras coisas, correr atrás de “ganhar a vida”. É comum ouvirmos a expressão “tenho que correr atrás, pois não estou com a vida ganha”. Ledo engano. O “correr atrás”, sem Cristo, só nos cansa e não nos faz alcançar nada, no que tange à perenidade. Afinal, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ele nos dá a segurança que, em permanecendo n’Ele e no Evangelho, nossa vida é salva!
          É sempre uma questão de escolha nossa. Nem sempre nossa vida está bem como gostaríamos, mas estará bem se confiarmos no Senhor. É uma questão de a Quem submetemos o senhorio da vida.
          Não importa como estamos neste momento. O Senhor sabe tudo sobre nós: o que nos tem oprimido e feito errar, o que nos pesa no coração, e também o que nos tem trazido alívio no momento do cansaço e da opressão, o que nos tem feito olhar com o desejo de não errar mais, o que tem tornado nosso coração mais leve, etc.
          Ninguém jamais se arrependeu de ter “entregue” a sua vida aos cuidados de Deus por meio de Cristo!
          Na fé em Cristo, nos “realizaremos” por completo!
          Quando “perdemos” a nossa vida – no sentido puramente mundano e terráqueo – “ganhamos” a vida. A “ganhamos” ficando fieis a Jesus e ao Evangelho.
          Ou, o que o homem poderia dar em troca de sua alma? Ora, eu não quero trocar minha alma – minha vida – por nada, sabendo que, se e quando estou n’Ele, eu tenho tudo!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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