João
15:12
“O
meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei.
É bem possível que já tenhamos ouvido essa máxima
muitas vezes: “O centro do ensino de Jesus é o amor”.
Ou então: “Jesus ensinou o amor ao próximo”.
Ou ainda: “Devemos fazer aos outros aquilo que
desejamos que façam a nós”.
Tudo isso é verdadeiro, e Jesus o ensinou.
Na Palavra que serve de base aqui essa noção
está novamente presente. “Amem-se uns aos
outros como eu os amei”, diz o Mestre.
Um ponto me chama mais ainda a atenção nesta
frase, e não é o “amem-se uns aos outros”, mas o “como eu os amei”.
Dá para perceber algo? Jesus não somente manda
que nos amemos uns aos outros, como Ele acrescenta uma referência, dizendo qual
deve ser o nosso parâmetro de amor: Ele mesmo. Sim, Jesus deve ser o nosso
parâmetro, nossa referência, nosso objetivo a ser atingido!
Esse parâmetro é inatingível por nosso esforço!
Simplesmente não conseguimos por nós mesmos!
Eu posso amar do jeito que eu posso amar, mas
não posso amar como Ele amou!
Reconheço isso!
E como Ele amou?
Ele amou vindo ao nosso encontro na terra, no
tempo/espaço/geografia/história, humanizando-Se, mesmo sendo Deus: No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram
feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.
Nele estava a vida, e esta era a luz dos
homens. A luz brilha nas trevas,
e as trevas não a derrotaram (João 1:1-5). Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como
do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade (João 1:14).
Ele amou esvaziando-Se
da magnitude de Ser Deus, para andar como um homem: Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia
apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo,
vindo a ser servo, tornando-se semelhante
aos homens (Filipenses 2:5-7).
Ele amou ensinando os
mais sublimes mandamentos: “‘Ame o
Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a
ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes
dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).
Ele amou sendo perseguido, humilhado e... morto:
“Ele foi levado como
ovelha para o matadouro, e como cordeiro mudo diante do tosquiador, ele não
abriu a sua boca. Em sua humilhação foi
privado de justiça. Quem pode falar dos seus descendentes? Pois a sua vida foi tirada da terra”
(Atos 8:32-33).
Ele amou não pecando e, por não pecar, pôde
ressuscitar dentre os mortos: Portanto,
visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou aos céus, Jesus, o Filho
de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos
um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo
tipo de tentação, porém, sem pecado
(Hebreus 4:14-15). “Jesus de Nazaré foi aprovado por Deus diante de vocês por meio de
milagres, maravilhas e sinais que Deus fez entre vocês por intermédio dele,
como vocês mesmos sabem. Este homem lhes
foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês,
com a ajuda de homens perversos, o
mataram, pregando-o na cruz. Mas Deus o
ressuscitou dos mortos, rompendo os laços da morte, porque era impossível que a morte o retivesse”
(Atos 2:22-24).
E Ele amou nos
deixando a Ele mesmo, como o Caminho, a Verdade e a Vida, sendo o elo de
ligação entre o humano e o divino: “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”
(João 14:6).
Ele amou dando a Sua vida: “Ninguém
tem maior amor do que aquele que dá a
sua vida pelos seus amigos” (João 15:13).
E é desse modo que Ele manda que eu ame: “Como eu os amei”.
Como fazê-lo?
Fazendo-o por Ele, n’Ele, com as forças advindas
d’Ele!
Não por mim mesmo, mas só em Cristo, posso amar como Ele amou, fazendo como Ele fez: “Digo-lhes a verdade: aquele que crê em mim fará também as obras que tenho
realizado. Fará coisas ainda maiores
do que estas, porque eu estou indo
para o Pai. E eu farei o que vocês
pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês
pedirem em meu nome, eu farei” (João 14:12-14).
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert