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domingo, 19 de julho de 2020

Já Está Feito!



2º Coríntios 1:21
Ora, é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo.

A vida traz questionamentos. Muitos, por vezes. Até mesmo naquilo que depositamos fé, podem nos suscitar questões. Na verdade, para quem está em Deus por e em Cristo, já não deveria haver mais nenhuma questão! Mas, por vezes, há.
E aí, diante das questões existenciais da fé – que são as mais penosas –, muitos buscam as respostas pelas informações bíblicas que supostamente não foram ainda interiorizadas, ou buscam em pregações, ou buscam por meio de conversas com outras pessoas – algumas delas também mergulhadas em questionamentos.
E há ainda o perigo psicológico/espiritual de buscar em outras literaturas ou fontes espirituais – muitas delas que não se coadunam com o Evangelho de Jesus Cristo, ou mesmo que o contradizem e negam. Neste campo em especial, há literaturas – especialmente as de autoajuda  revestidas de aparente piedade e “verdade”, que falam à nossa racionalidade, à nossa lógica linear simplista, ou aos nossos sentimentos, e travestem-se de “verdade”. Mas sentimentos, emoções e sensações podem ser enganosas, como o Senhor nos ensina: O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? (Jeremias 17:9). Sim, o coração é enganoso e enganável. Por isso, não vá atrás daquela frase de efeito que diz: “Siga o seu coração”. Muitos, por segui-lo, deram-se mal, lamento dizer! Eu digo: siga a Palavra!
Outro perigo é andarmos divididos, descontinuados, interrompidos, inconstantes.
A divisão e a inconstância são grandes perigos à fé. Sobre andarmos divididos, Jesus já ensinava, advertindo: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá (Mateus 12:25). Aqui Ele nos fala de pensamentos, de filosofias de vida, de doutrinas ou ideologias. Quando temos a Sua Palavra ao nosso lado, na verdade, já não deveriam existir olhos expectantes para outras coisas (falo aqui de coisas de cunho espiritual/psicológico, não de cultura, conhecimento e saberes intelectuais, que são sempre bem-vindos).
Para quem tem Cristo consigo, não deveria haver outros “mestres”. Deveria haver em nós a profunda convicção de Pedro, que dizia com segurança: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna (João 6:68).
Voltemos, agora, a olhar para a Palavra que uso aqui como mote para este texto, que diz que é Deus que faz que nós e vocês permaneçamos firmes em Cristo.
Simples! Já não é uma questão nossa, já não depende do nosso mérito, já as respostas aos questionamentos não dependem de nós – a ação de Deus não é meritocracia, é graça, favor imerecido! Não vem de nós, vem de Deus!
De mim vem a decisão de querer, como Jesus dizia: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Mateus 16:24). Assim, se quero permanecer firme em Cristo, tenho que, sim, querer, mas, uma vez querido da minha parte, não necessito me preocupar, pois Deus faz com que eu fique firme.
Tenho que, no entanto, concomitantemente buscar junto a Ele essa firmeza através da oração e da Palavra: Orem continuamente (1º Tessalonicenses 5:17). “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos” (João 8:31).
Lembro de uma concordância cíclica que Jesus ensinou, quando se tratava do relacionamento das pessoas com Ele, e de como esse relacionamento havia sido trazido à existência. Observe que curiosa concordância e complemento de uma coisa com a outra, quando primeiro Ele diz: “Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei” (João 6:37). E depois complementa isso: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim(João 14:6).
Assim, para irmos a Jesus Cristo, é o Pai Quem nos dá a Ele. Depois, só vamos ao Pai, por Ele, Jesus Cristo. Fecha-se, assim, um círculo hermético divino!
D’Ele nada nem ninguém me tira – salvo eu mesmo –, pois tenho essa garantia, pela Palavra: “Asseguro-lhes que aquele que crê tem a vida eterna” (João 6:47). E ainda: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar de minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai (João 10:27-29). E conclui definitivamente: Eu e o Pai somos um (João 10:30).
Podemos entender dessa forma: decido-me por Cristo (e Quem despertou em mim essa decisão foi o Pai); renovo conscientemente essa decisão todos os dias; fico em paz e descansado n’Ele, deixando todas as questões nas Suas mãos pela oração; e sigo, dia a dia, passo a passo, sabendo que n’Ele tudo já está feito por mim. A mim cabe perseverar! Sim, a mim cabe tão-somente perseverar até o fim!
Assim, já não me angustio mais por questões existenciais, posto que Ele já me tem alcançado todas as respostas – se a você não, releia o texto –, até mesmo para as perguntas que ainda não tenho. E, ainda que alguma resposta não me tenha chegado à consciência, sei que está a caminho, pois confio no remetente!

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert

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