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quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Gálatas


Chave desta epístola: a justificação é pela fé.
O apóstolo Paulo escreveu esta carta aos gálatas convertidos em alguma época situada entre os anos 48 e 53 de nossa era. Mestres judaico-cristãos haviam procurado predispor contra o apóstolo os gálatas convertidos, dizendo-lhes que, como gentios, deviam ser circuncidados (5:2-6; 6:12-15) e praticar o ritual da Lei (4:10) para que fossem salvos. Mediante uma carta, Paulo reivindica sua autoridade como expositor do evangelho, e condena a posição judaizante como legalismo anticristão.
Paulo sustenta que os crentes, tanto judeus como gentios, desfrutam de completa salvação em Cristo. São justificados (3:6-9), adotados (4:4-7), renovados (4:6; 6:15), e feitos herdeiros de Deus segundo a promessa do pacto com Abraão (3:15-18). Desse modo, a fé no Cristo do Calvário liberta-nos para sempre da necessidade de buscar a salvação pelas obras da Lei. De qualquer maneira, esta busca é impossível, uma vez que a Lei não salva, nem era esse seu propósito (3:19-24). Os crentes não devem, portanto, voltar ao princípio de guardar a Lei como base para a salvação, pois do contrário voltam à escravidão (5:1), privando-se da graça de Cristo (5:2-4). Devem, antes, apegar-se à liberdade que Cristo lhes deu, e servir a Deus e ao próximo no poder do Espírito, como homens livres (5:13-18), realizando com alegria a vontade de seu Salvador (6:2).
O argumento de Paulo demonstra que todas as versões legalistas do evangelho são corrupções deste, e que o gozo da liberdade cristã depende de ver que a salvação é somente pela graça, unicamente mediante Jesus Cristo, recebida exclusivamente pela fé.

James I. Packer

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