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quarta-feira, 24 de julho de 2019

Malaquias



Como porta-voz de Deus, Malaquias se apresenta em uma das épocas mais decisivas da história. A terra tivera muitos profetas, mas o ambiente cultural que cercava o profeta não trazia as marcas da obra realizada por aqueles homens.
Os sacerdotes eram corruptos (1:6; 2:9), e o povo, salvo algumas exceções, não era melhor (2:10; 4:3). Deus, porém, ainda governava de Seu trono. Era soberano. Era o Pai (1:6), o Senhor (1:6), o Grande Rei (1:14), o Príncipe Celestial (implícito em 1:8), o Doador das alianças e dos mandamentos (2:5; 4:4). Como Deus do Juízo, Ele havia causado a desolação de Edom (1:3-4). Sua maldição recaía sobre os sacerdotes desleais (1:14; 2:2-3,9) e sobre os que O haviam roubado (3:9). Cortaria os que se haviam casado com pagãos (2:11-12). O juízo seria repentino (2:17; 3:5). O dia do Senhor consumiria os maus (4:1,3).
Entretanto, como Deus da graça, abençoaria o remanescente fiel, visto que uma história de graça respaldava Seu amor a Jacó (1:2), Sua aliança com Levi (2:4-5), Sua paciência para com os filhos de Jacó (3:6), Seu oferecimento aos que não haviam sido infiéis (3:10), o livro memorial (3:16), o nascimento do Sol da Justiça (4:2) e a prometida vinda de Elias (4:5-6). Vinha o dia do Senhor, diz-nos Malaquias. Seria um dia glorioso para os justos (3:16-17; 4:2), mas um dia de destruição para os iníquos (4:1,3). Contudo, podem-se ler nas entrelinhas as seguintes palavras: “Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos, pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ezequiel 33:11).
Não se sabe com certeza se Malaquias é o nome de uma pessoa, ou significa antes “meu mensageiro”, ou um missionário. Acredita-se, contudo, que se trata provavelmente do profeta que escreveu o livro. Malaquias foi, talvez, escrito em torno do ano de 425 a.C., visto como descreve as condições existentes na época da segunda chegada de Neemias a Jerusalém, no ano de 432 a.C.

Burton L. Goddard

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