Gálatas
3:28
Não há
judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.
Jesus disse aos Seus discípulos que, para segui-Lo, era preciso
que quisessem fazê-lo: “Se alguém quiser
acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus
16:24).
Uma vez que nos decidimos e passamos a querer, então tomamos o
Seu Caminho, que conduz à Vida e à Verdade em todas as instâncias. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.
Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6).
Aquele que assim faz, passa a ter milhares de irmãos e irmãs
espirituais, que tomaram a mesma decisão e seguem o mesmo Caminho, buscam a
mesma Verdade e querem a mesma Vida. Quem se decide por Cristo, quem quer
segui-Lo, vê, repentinamente, sua família aumentar exponencialmente.
Quando seguimos a Cristo em nosso tempo – nesse nosso século
XXI, por exemplo – não necessitamos “deixar” nada nem ninguém, diferentemente
do que muitas vezes era preciso fazer no tempo dos primeiros discípulos e do
início da Igreja. Por isso Pedro diz e pergunta: “Nós deixamos tudo para
seguir-te! Que será de nós?” (Mateus 19:27). Ao questionamento de Pedro,
Jesus responde: “Todos os que tiverem
deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por minha causa, receberão cem vezes mais e herdarão a vida
eterna” (Mateus 19:29).
Veja que Jesus falava de família e bens materiais também – não no
sentido cobiçoso de possuir bens materiais, mas no sentido fraterno de nunca se
sentir desamparado pela falta deles, pois não nos faltarão para que possamos
viver. Jesus mesmo não tinha posses “em seu nome”, mas nunca dormiu desamparado
ou desassistido, nem Seus discípulos. Sempre havia acolha, mesmo que fosse num
barco.
Para nosso tempo, entendo que também, ao seguirmos a Cristo,
teremos mais casas – a dos irmãos e irmãs, pois há mais lugares a visitar –,
teremos mais irmãos e irmãs e pais e mães e filhos – pois milhões de outros que
se decidiram por Cristo passam a fazer parte desta nossa “família”. Cada irmão
ou irmã em Cristo, é da minha
família; cada pai ou mãe ou filho de um irmão em Cristo, é da minha família. Passamos a ser uma família da fé, como ensina o apóstolo Paulo: E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se
não desanimarmos. Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos,
especialmente aos da família da fé
(Gálatas 6:9-10).
Esta família da fé não
é exclusiva nem exclusivista, uma vez que, em sendo verdadeira, mantém as suas “portas”
abertas a quem quiser entrar, e “sai” por suas “portas” ao encontro das
pessoas, como verdadeiramente deve ser a igreja
– os chamados para fora, que vão ao
encontro dos outros, assim como Cristo veio e vem ao nosso encontro.
A partir desta grande família
de discípulos de Cristo da qual formamos parte, mesmo que cada um de nós
mantenha a sua individualidade, já não diferimos um do outro, ou seja, passamos
a “ser um” entre nós e com Deus, dando-se isso por intermédio de Cristo.
É por isso que o apóstolo Paulo, ao escrever à comunidade cristã
localizada na Galácia, manifesta o que manifestou: que não há mais separações e
que todos somos um em Cristo Jesus. Mesmo
entre seres humanos tão diferentes entre si – judeus e gregos, escravos e
livres, homens e mulheres –, não havia mais diferenças no âmbito da alma, mas,
agora, reinava uma plena unidade – em Cristo, vale sempre frisar.
Somente em
Cristo existe verdadeira unidade!
Ele mesmo chegou a dizer claramente: “Eu e o Pai somos um”
(João 10:30). E depois, em oração, manifestou: “Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou
para ti. Pai santo, protege-os em teu nome, o nome que me deste, para que sejam um, assim como somos um”
(João 17:11). Notemos que na oração que Jesus faz e que é transcrita no
capítulo 17 do Evangelho de João, Jesus ora por Si, pelos Seus discípulos de
então, e por todos aqueles que viriam a crer n’Ele – seja em que
tempo/espaço/geografia for. Nesta oração estamos nós incluídos – eu que aqui
escrevo e você que aí lê. Nós todos fazemos parte deste “para que sejam um, assim como somos um”.
Nos tempos atuais há também muitos caminhos espirituais que
afirmam que “todos somos um” (e pensar que a Bíblia já falava isso em tempos
tão idos!). Há o chamado “novo pensamento”, a “nova era”, filosofias e
religiosidades baseadas em milenares conhecimentos orientais, etc. Respeito
cada uma destas abordagens, suas pessoas, aquilo que em seus preceitos seja bom
e proveitoso para o desenvolvimento humano – a tudo respeito e considero, desde
que se coadune com o ensinamento de Cristo. No entanto, mantenho meus pés
fincados na Rocha, ou seja, em Cristo.
Assim, por fé, sei que a verdadeira unidade se dá por e através
de Jesus Cristo, pois, sem Ele e fora d’Ele, nada podemos fazer.
“Permaneçam
em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se
não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não
permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer
em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer
coisa alguma” (João 15:4-5).
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem.
Saudações,
Kurt
Hilbert
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