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domingo, 28 de abril de 2024

Mente Convicta



Romanos 14:5

Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente.

 

A igreja em Roma estava com algumas discussões internas sobre comportamentos, usos e costumes, influências de judeus agora convertidos a Cristo, enfim, tinham que trabalhar pontos de vista diferentes sobre vários temas.

O apóstolo Paulo lhes fala da importância de cada um estar convicto daquilo que entendia ser mais apropriado. Com isso, ensinava que pontos de vista diferentes sobre algum assunto podem ser normais, e devem ser tratados com um sentimento de irmandade.

Noutra carta, esta dirigida à igreja em Filipos, ele dava orientações neste sentido também: Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá. Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos (Filipenses 3:15-16).

Jesus, numa das tantas vezes em que parou para ensinar aos Seus discípulos e a quem mais O quisesse ouvir, disse que “todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mateus 12:25), usando comparações simples para falar da mente humana.

Em outras palavras, mas no mesmo sentido, podemos dizer que um grupo dividido não alcança seus objetivos. Um time de futebol, por exemplo, onde os jogadores querem derrubar o técnico ou onde houver crises de estrelismo, desanda, mesmo que “no papel” seja um grande time. Uma empresa onde os sócios e/ou os funcionários não se entendem, tende a quebrar. Uma família onde as brigas são constantes, tende a se desfazer. E um casal, então, idem – a separação é questão de tempo.

Tiago, irmão de Jesus, na mesma pegada, fala que o mesmo se dá com uma mente dividida, corroborando com o que diz o apóstolo Paulo: Pois tem mente dividida e é instável em tudo o que faz (Tiago 1:8). Sim, uma mente dividida traz instabilidade emocional e espiritual. Uma pessoa assim não consegue ter convicção e solidez psicológica.

Uma mente que não está convicta está dividida. Numa mente não convicta reina a insegurança, a desarmonia, a falta de paz, a falta de autoconfiança.

E mais do que isso: quando se trata de questões espirituais, numa mente não convicta reinará a morte! Exagero? Não! Reinará a morte porque o ser estará dividido, confuso, sem rumo, sem propósito e sem significado de vida, enfim, sem vida de verdade!

Por isso Jesus chama a atenção de Seus ouvintes de então, e aos ouvintes e leitores de hoje, sobre o perigo da divisão.

Assim como nos tempos terrenos de Jesus, hoje há muitos caminhos espirituais. Quem quiser andar por vários deles, ou como se diz popularmente, “acender uma vela para cada santo”, tende a se perder no rumo.

No início da Igreja, havia o cuidado de perseverarem em unidade e comunhão: Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum (Atos 2:42-44).

Eles, por assim dizer, permaneciam no Caminho, mesmo quando, antes da sua conversão, Saulo – que depois foi chamado de Paulo – os perseguia, como está relatado: Enquanto isso, Saulo ainda respirava ameaças de morte contra os discípulos do Senhor. Dirigindo-se ao sumo sacerdote, pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, de maneira que, caso encontrasse ali homens ou mulheres que pertencessem ao Caminho, pudesse levá-los presos para Jerusalém (Atos 9:1-2).

A Igreja, como um organismo vivo, não se desviava, não se dividia no modo de ser e de pensar, estava convicta em sua mente, estava decidida pela permanência no Caminho, que sabemos Quem É: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6).

Como falei em parágrafos acima, hoje há muitos caminhos espirituais. Tenho que escolher um, e estar convicto nele, sem mente dividida nem desvios.

Sei da minha escolha, e estou convicto dela.

Aliás, se for analisar bem, a escolha e a convicção, por um lado, sim, são minhas, mas, em instância ainda mais profunda e superior, é d’Ele por mim!

Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome (João 15:16).

Mas este já é um assunto para outro momento...

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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