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domingo, 24 de março de 2024

Os Ramos


João 12:12-13

No dia seguinte, a grande multidão que tinha vindo para a festa ouviu falar que Jesus estava chegando a Jerusalém. Pegaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, gritando: “Hosana!” “Bendito é o que vem em nome do Senhor!” “Bendito é o Rei de Israel!”

 

A cena é esta: Jesus estava entrando em Jerusalém, montado em um jumentinho, e aquela seria a última semana de Sua vida como mortal na terra.

A população havia ouvido a respeito da ressurreição de Lázaro, que Ele promovera, bem como acerca de outros milagres d’Ele, e estava muito curiosa com tudo isso, ansiando vê-Lo.

Muitos judeus se reuniam naquela semana em Jerusalém, vindos de várias regiões, e mesmo de outras nações, onde residiam, pois era a semana que antecedia a comemoração da Páscoa judaica – onde o povo relembrava da saída/êxodo do Egito, conduzidos que foram por Moisés. Esta era uma tradição de séculos já, e era celebrada todos os anos.

Pois bem. Lá estava Jesus, entrando na cidade, acompanhado de Seus discípulos e mais uma multidão de gente. Na antiguidade, no Oriente Médio, quando um rei adentrava uma cidade, era costume ele ser recebido com honrarias especiais, e estenderem-se ramos e mantos pelo chão do caminho que trilhava era uma dessas honrarias. Dá para imaginar o alvoroço que isso tudo causou, especialmente entre os religiosos do Templo, sempre zelosos pelas tradições.

E o povo, além destas honrarias, também prestava saudações.

“Hosana!”, gritavam eles, uma expressão hebraica de louvor que significa “Salve!”, relembrando o Salmo 118:25.

“Bendito é o que vem em nome do Senhor!”, era outro grito da multidão, relembrando a expressão também constante no Salmo 118:26.

Ainda, o povo dava a Jesus de Nazaré uma saudação dedicada à realeza: “Bendito é o Rei de Israel!”

De forma simbólica, aquele pregador de Nazaré estava sendo recebido em Jerusalém como se fosse um rei.

Pois é. Durma-se com um barulho desses! – especialmente na mente dos religiosos, que já tramavam formas de se livrarem desse incômodo “mestre popular”.

Bem, depois conhecemos a história e o desenrolar daquela semana, que culminaria com a crucificação e a ressurreição.

Hoje, quero me ater a esta entrada triunfal de Jesus de Nazaré em Jerusalém, e me ocorrem algumas perguntas: Qual o motivo daquela agitação popular toda? Eles de fato sabiam Quem Ele era? O que eles esperavam d’Ele? Mais milagres? Surpresas? Que Ele promovesse a libertação de Israel das mãos dos romanos?

Das seis perguntas acima, tenho minhas percepções a respeito, a saber: Para a primeira, a resposta é “variada”, pois uma agitação popular quase nunca tem um motivo único. Para a segunda, creio que “não sabiam” de fato. Para a terceira, também há “várias possibilidades” de expectativa, pois sobre Ele ouviram muitas histórias. Para a quarta, “sim”, seguramente os milagres eram também uma grande expectativa. Para a quinta pergunta, a resposta é “sim” também, pois Jesus costumava surpreender por Seus ensinamentos e Suas atitudes. A para a última pergunta, creio que “sim” também é a resposta, pois muitos esperavam d’Ele algum ato sobrenatural que corresse com os romanos dali – inclusive creio que Judas, o discípulo que O traiu, esperava isso também.

E, agora, chegamos a nós, a mim que escrevo este texto e a você que o lê.

Em Jesus adentrando nossas vidas diariamente, o que esperamos d’Ele? Como O recebemos? Ficamos “agitados” com a Sua presença ou ela passa despercebida? Sabemos de fato Quem Ele É? O que esperamos d’Ele? Milagres? Surpresas? O que esperamos que Ele promova em nossa vida?

Tenho cá minhas respostas pessoais.

E convido a você a pensar sobre as suas.

Vamos refletir nisso nesta semana, uma semana que traz recordações tão importantes a quem tem em Jesus o seu Mestre e Senhor!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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