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domingo, 10 de março de 2024

Meu Amigo Jesus de Nazaré


João 15:14

“Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno”.

 

Jesus chamou Seus discípulos de amigos. Ainda que Ele fosse Senhor sobre eles, Ele agora preferia uma relação mais próxima, de amigos: Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido” (João 15:15).

Ele preferia Se aproximar muito mais deles, tendo mais que uma relação de um senhorio sobre sua vassalagem, ou um mestrado sobre seu discipulado – Ele preferia fazê-los amigos de Deus!

Alguns sinais claros disso Ele já dava em Sua conversa com eles, por declarações do tipo: “Como o Pai me amou, assim eu os amei; permaneçam no meu amor. Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço (João 15:9-10). “Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa (João 15:11) Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu nome (João 15:16).

Costumo dizer que, nas Escrituras, Deus vai Se apresentando de forma cada vez mais próxima do ser humano, conforme a consciência deste vai evoluindo: Ele Se apresenta como Deus, como Criador, como SENHOR, como Salvador, como Pai, como Irmão e como Amigo. Em Jesus de Nazaré, estas designações ganham seu significado mais amplo!

Mesmo em hierarquias humanas, onde existe uma distância de organograma entre superior e subordinado, quando há amizade entre eles, esta distância tende a diminuir consideravelmente e, em alguns casos, mesmo desaparecer. Permanece, sim, a subordinação e a obediência cabíveis, mas não há o “peso” do “maior” sobre o “menor”. Há, sim, uma paridade consentida do superior em relação ao subordinado.

Ora, se nas hierarquias humanas já pode ser assim, quanto mais será na “hierarquia” divina, onde só Cristo é o Senhor – e tem o senhorio –, e os demais são tão-somente irmãos!

E a iniciativa da paridade é d’Ele – e só poderia partir d’Ele!

Essa paridade classifica a nossa relação com Cristo como uma relação de amigos. Continuamos sabendo que Ele é o Senhor e o Mestre, e Ele sabe que nós somos os servos e os discípulos, mas nossa abordagem agora é de amigos: Ele é nosso amigo e nós somos amigos d’Ele! Isso é único!

Até nossa condição de discípulos é potencializada por esta relação agora tão próxima com o Mestre: “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor” (Mateus 10:24-25).

Note que, nesta Palavra, Jesus fala que o discípulo é “como” o seu mestre, e o servo é “como” o seu senhor. Ora, isso só pode partir de um Amigo!

Há, no entanto, uma condicional para sermos amigos de Jesus, há um “se”.

Veja: com relação ao amor que Deus tem para conosco, não há nenhuma condicional – pois Seu amor é incondicional – mas para termos uma “amizade” com Ele, há, sim, uma condicional, há, sim, um “se”.

Ele diz que seremos Seus amigos “se” fizermos o que Ele nos ordena, lembra? “Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno”.

E que ordenação é esta? Este é o meu mandamento: Amem-se uns aos outros (João 15:17).

Assim, a condição que Ele nos coloca para sermos Seus amigos é esta: o amor fraterno!

Somos Seus amigos se somos amigos dos demais irmãos humanos!

Para isso, claro, precisamos de disposição. Precisamos deixar de lado o orgulho. Precisamos de empatia, colocarmo-nos no lugar do outro. Precisamos de perdão: perdoar e aceitarmos perdão. Precisamos querer!

Em suma, é isso que precisamos: querer.

Lembro também do que Ele fala sobre o “querer”: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me (Lucas 9:23).

E aí? Você quer esta amizade?

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

 

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