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domingo, 16 de abril de 2023

119 – A Passagem e a Última Praga (Êxodo 11 – 12)


Disse1(versículo de Êxodo 11) então o SENHOR a Moisés: “Enviarei ainda mais uma praga I sobre o faraó e sobre o Egito. Somente depois desta ele os deixará sair daqui e até os expulsará totalmente”.

O1(versículo de Êxodo 12) SENHOR disse a Moisés e a Arão, no Egito: “Este2 deverá ser o primeiro mês do ano para vocês II. Digam3 a toda a comunidade de Israel que no décimo dia deste mês todo homem deverá separar um cordeiro ou um cabrito, para a sua família, um para cada casa. O5 animal escolhido será macho de um ano, sem defeito, e pode ser cordeiro ou cabrito. Guardem-no6 até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr-do-sol. Passem7, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal. Naquela8 mesma noite comerão a carne assada no fogo, juntamente com ervas amargas e pão sem fermento III. Ao11 comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão IV. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do SENHOR”.

“Naquela12 mesma noite passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito V. Eu sou o SENHOR! O13 sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito”.

“Este14 dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao SENHOR. Celebrem-no como decreto perpétuo”.

Então21 Moisés convocou todas as autoridades de Israel e lhes disse: “Escolham um cordeiro ou um cabrito para cada família. Sacrifiquem-no para celebrar a Páscoa!”

“Obedeçam24 a estas instruções como decreto perpétuo para vocês e para os seus descendentes. Quando25 entrarem na terra que o SENHOR prometeu lhes dar, celebrem essa cerimônia. Quando26 os seus filhos lhes perguntarem: ‘O que significa esta cerimônia?’, respondam-lhes27: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou sobre as casas dos israelitas no Egito e poupou nossas casas quando matou os egípcios”. Então o povo curvou-se em adoração. Depois28 os israelitas se retiraram e fizeram conforme o SENHOR tinha ordenado a Moisés e a Arão.

Então29, à meia-noite, o SENHOR matou todos os primogênitos do Egito, desde o filho mais velho do faraó, herdeiro do trono, até o filho mais velho do prisioneiro que estava no calabouço, e também todas as primeiras crias do gado. No30 meio da noite o faraó, todos os seus conselheiros e todos os egípcios se levantaram. E houve grande pranto no Egito, pois não havia casa que não houvesse um morto.

Naquela31 mesma noite o faraó mandou chamar Moisés e Arão e lhes disse: “Saiam imediatamente do meio do meu povo, vocês e os israelitas! Vão prestar culto ao SENHOR, como vocês pediram. Levem os seus rebanhos, como tinham dito, e abençoem a mim também”.

 

v     Para entender a história

Os egípcios não podem mais duvidar do poder supremo de Deus. Os mágicos da corte do faraó foram derrotados, e nada há na natureza que possa ser comparado a esse evento devastador. O ato final de julgamento de Deus dobra a vontade do faraó. Este liberta os israelitas e, humildemente, pede a bênção de Deus.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Enviarei ainda mais uma praga – Este foi o castigo final de Deus para os egípcios e a mais devastadora manifestação do seu poder.

                                   II.     “Este deverá ser o primeiro mês do ano para vocês” – Esta passagem estabelece o calendário religioso do antigo Israel. O Ano Novo será celebrado para recordar a saída de Israel do Egito. O ano religioso coincide com o antigo calendário agrícola hebraico, que se inicia na primavera. O primeiro mês (março/abril) era “abib”, um termo cananeu que significava “amadurecendo o grão”. Posteriormente, foi chamado de “nisan”.

                                III.     “Ervas amargas e pão sem fermento” – O gosto de ervas pretendia lembrar aos israelitas a amargura da sua escravidão. O pão não fermentado simbolizava a pressa com que o povo teve de partir do Egito. Não houve tempo suficiente para o pão crescer.

                                IV.     “Cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão” – Ao fazer isso, eles estariam prontos a sair a qualquer momento. Em geral, os homens dobravam e enfiavam o manto no cinto da túnica, enquanto trabalhavam, para que suas pernas ficassem livres de qualquer impedimento.

                                   V.     “Executarei juízo sobre todos os deuses do Egito” – Os egípcios acreditavam que muitos deuses viviam na terra como animais, e os seus deuses costumavam ter a forma de bichos. A morte dos animais primogênitos demonstrou que os deuses egípcios eram impotentes para proteger os seus adoradores.

 

- Ervas amargas: As ervas amargas originais, provavelmente, eram verduras de salada com sabor amargo, tais como azeda, dente-de-leão, chicórias e alfaces. Hoje em dia, para representar as ervas amargas, em geral se usa rábano.

- A Passagem: Esta festa chama-se Passagem (traduzida também por Páscoa) porque o Senhor “passou sobre” as casas dos israelitas, poupando-os do destino reservado aos egípcios. A ceia da Passagem é servida para lembrar a última noite dos israelitas no Egito, e só começa após escurecer.

- Comemorando a Passagem: Famílias judaicas continuam a observar as tradições da ceia da Passagem. Antes de a comida ser ingerida, a criança mais nova pergunta: “Por que esta noite é diferente das outras?” Então, o membro mais velho da família conta a história da Passagem.


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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