Pesquisar neste blog

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

HOSPINATAL


 

Finalizei o mês de novembro e estou passando dezembro no hospital, acompanhando a internação do meu pai no Arcanjo São Miguel, aqui em Gramado.

Revezo-me com minha irmã nestes cuidados, e sempre aparece uma mãozinha pra ajudar aqui e ali, nalguma coisa.

Hoje, quando posto este texto aqui no Blog, meu pai segue internado, já com perspectiva de alta para os próximos dias.

Mas não somos os únicos a viverem esta situação neste ambiente de recuperação da saúde. Outros também seguem internados, ou acompanham familiares internados. Ou, ainda, são profissionais da área de saúde que passam as comemorações de Natal e Ano Novo cercados pelas paredes hospitalares, rodeados de equipamentos médicos, colegas de trabalho, internados e seus acompanhantes.

Na nossa cidade, já desde há muito, festeja-se o Natal num período de quase três meses, de finais de outubro a meados de janeiro: é o Natal Luz. A cidade toda se ilumina e se enfeita, promove eventos e festividades com motivos natalinos, é uma atmosfera que envolve grande parte da comunidade e turistas – e é um show business também, não há como não mencionar.

O Hospital Arcanjo São Miguel está incrustado numa colina, entre as árvores, e proporciona uma vista de parte do centro da cidade, onde cintilam as luzes natalinas. Vendo isso, me tocou especialmente a situação daqueles que passam os dias no nosocômio, sejam enfermos, familiares ou profissionais – equipe médica, de enfermagem, equipe de limpeza, copa/cozinha, manutenção, administração.

Todos lá estão com suas particularidades, sejam profissionais, sejam pela convalescença direta ou indireta. Além dos profissionais da área, que podem estar com seus familiares, se não nos dias da festividade, mas em suas vésperas ou logo após, há especialmente os doentes, muitos deles que ficam lá por longos dias, buscando sua recuperação. Há aqueles que têm ao seu lado a esposa, o marido, um filho, uma filha, irmãos ou netos, ou amigos e vizinhos, mas há aqueles que estão lá sozinhos, tendo por companhia seus “colegas” de camas e os que os atendem; mas nada nem ninguém têm de familiares, às vezes nem mesmo um amigo que os visite. São corações especialmente solitários e frágeis nesta época, e que necessitam ainda de mais cuidados e carinhos emocionais.

Se não pudermos nos fazer presentes em ambientes hospitalares nestes dias de festas, que ao menos possamos elevar uma prece por todos eles e cada um e uma, pois o Senhor dá Seu jeitinho de tocar as almas mais carentes, e o anúncio do Natal de Seu Filho pode chegar de modos incompreensíveis a nós e tocar o sentimento de cada humano enfermo ou cuidador de quem enfermo está.

Lembro de uma frase tocante de Jesus: “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” (Mateus 9:12).

Que o Médico dos médicos visite cada um que necessita do Seu toque curador, e que um Feliz Natal possa se tornar realidade a todos!

Que 2022 venha repleto de saúde e bênçãos, é o meu pedido de Natal!

 

Kurt Hilbert

Nenhum comentário:

Postar um comentário