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domingo, 13 de dezembro de 2020

Quem Ama Não Tropeça


  

Salmo 119:165

Os que amam a tua lei desfrutam paz, e nada há que os faça tropeçar.

 

Trago sempre o significado de Lei do Antigo Testamento para Evangelho no Novo Testamento – neste que estamos contidos. Assim, “os que amam o Teu Evangelho desfrutam paz”. Tenho essa liberalidade, pois Jesus a teve, quando ressignificou por Si e em Si, não só a Lei e os Profetas, mas todo o relacionamento humano com Deus.

Antes de entrar no desenvolvimento deste texto propriamente dito, vamos tratar de harmonizar uma aparente contradição: a deste Salmo citado acima, com o que Tiago nos ensina. Enquanto o Salmo diz que nada há que nos faça tropeçar, Tiago diz que todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de dominar todo o seu corpo (Tiago 3:2).

Vamos lá: diante da possibilidade de tropeçarmos de muitas maneiras, diz Tiago, alcançamos a perfeição quando não tropeçamos no falar. Dito de outra forma: não tropeçar ao falar, impede que tropecemos de muitas maneiras.

E agora vem a pergunta: Como não tropeçar ao falar?

Resposta 1: Pegando emprestado e nos apropriando da Palavra de outro Salmo: Ó SENHOR, dá palavras aos meus lábios, e a minha boca anunciará o teu louvor (Salmo 51:15). Aqui há o ensino/pedido para que Deus coloque em nossos lábios as – Suas – palavras apropriadas, para que tenhamos o hábito/impulso de as falarmos com freqüência e verdade.

Resposta 2: Lembrando de um dos mais belos ensinamentos de Jesus, quando diz: “Pois a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12:34). Aqui Ele nos ensina que é um impulso/hábito transformarmos em palavras os nossos sentimentos.

Harmonizada esta – aparente – contradição entre o Salmo do texto de hoje e Tiago, desejo prosseguir para o que realmente quero dizer neste espaço.

Jesus disse certa vez: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá” (João 14:27). Paz: uma pequena palavra com um grande significado! A diferença entre a paz de Jesus – esta que Ele nos dá – e a paz do mundo, é que a paz do mundo geralmente é imposta do mais forte sobre o mais fraco. É uma paz compulsória. A paz de Jesus, ao contrário, se submete em humildade, significando que o mais forte se abre à aceitação do outro. É uma paz inclusória.

Há tão poucas pessoas que desfrutam da paz de Jesus!

A Palavra do salmista, base deste escrito, diz que “os que amam a lei do Senhor desfrutam a paz”. Ora, a lei do Senhor é o amor! Portanto, o amor é o cumprimento da Lei (Romanos 13:10).

E o que é o amor? Uma das definições mais belas do amor encontramos no capítulo 13 de 1º Coríntios. Leia. Vale a pena! Outra definição, profunda e simples, Jesus mesmo nos dá: “‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22:37-40).

Quem cumpre isso cumpre a lei do Senhor.

E cumprimos isso? Cada um de nós tem a resposta a ser dada a si mesmo.

Quem ama não tropeça, pois o amor decidido e praticado remove os percalços que poderiam nos causar tropeço. Todos os tropeços na vida são causados pela falta de amor a Deus, ou ao próximo, ou a nós mesmos!

Ame e não tropece. Não ame, e o tropeço vem.

Quem ama refugia-se em Deus, e de Deus tem amparo e proteção nas adversidades, como tão lindamente nos é ensinado: Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos; com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra (Salmo 91:11-12).

Lembremos, no entanto: andemos em amor, mas andemos também atentos, pois é sempre bom olharmos onde pisamos. Não devemos nos negligenciar, pois isso seria tentar a Deus, como Jesus mesmo ensinou, quando foi tentado a Se jogar do pináculo do Templo, sob a citação deste mesmo Salmo – leia sobre isso em Mateus 4:1-11.

Ainda: se quisermos andar sem tropeços, como andar em amor, olhemos para Jesus; olhemos como Ele andou quando esteve junto aos humanos como uma pessoa, no tempo, na geografia e na história – na Palestina há dois mil anos. E onde encontramos as referências disso? Na Bíblia, nos Evangelhos. Leia lá. Sempre é bom!

                                    

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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