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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

43 – Jesus Entra em Jerusalém (Mateus 21)


  

Quando1(versículo) eles se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes2: “Vão ao povoado que está adiante de vocês, e logo encontrarão uma jumenta amarrada, e um jumentinho com ela. Desamarrem-nos e tragam-nos para mim. Se3 alguém lhes perguntar algo, digam-lhe que o Senhor precisa deles e logo os enviará de volta”.

Isso4 aconteceu para cumprir o que fora dito através do profeta: “Digam5 à cidade de Sião: ‘Eis que o seu rei vem a você, humilde e montado num jumentinho I, cria de jumenta’”.

Os6 discípulos foram e fizeram o que Jesus lhes indicara. Trouxeram7 a jumenta e o jumentinho, colocaram os seus mantos sobre eles, e Jesus montou em cima.

Uma8 enorme multidão ia estendendo seus mantos II pelo caminho, enquanto outros cortavam ramos de árvores e cobriam a estrada. A9 multidão que ia adiante dele e os que o seguiam gritavam: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! III”.

Quando10 Jesus entrou em Jerusalém, a cidade inteira ficou alvoroçada e perguntava: “Quem é este?”

A11 multidão respondia: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia...”

Vieram14 ao seu encontro, no Templo, os cegos e os mancos, e ele os curou. Mas15 os principais sacerdotes e os escribas ficaram indignados quando viram as coisas maravilhosas que ele fazia e as crianças gritando no Templo: “Hosana ao Filho de Davi!”

“Você16 ouve o que estas crianças estão dizendo?”, perguntaram-lhe. “Sim”, respondeu Jesus, “vocês nunca leram: ‘Dos lábios das crianças IV e dos pequeninos obtiveste louvor’?”

E17 ele os deixou e saiu para a cidade de Betânia, onde passou a noite.

De18 manhã cedo, quando voltava à cidade, teve fome. Ao19 ver uma figueira à beira da estrada, foi até ela, mas nada encontrou, exceto folhas. Disse-lhe então: “Nunca mais dê frutos!” Imediatamente, a árvore secou V.

Ao20 verem isso, os discípulos se espantaram e perguntaram: “Como a figueira secou tão depressa?”

Jesus21 respondeu: “Eu lhes asseguro que, se vocês tiverem fé e não duvidarem, poderão fazer não somente o que foi feito à figueira, mas também dizer a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e assim será feito. E22 tudo o que pedirem em oração, se crerem, vocês receberão”.

 

v     Para entender a história

A entrada de Jesus em Jerusalém, montado num jumentinho, é um ato simbólico, e a multidão está em êxtase. Todas as suas expectativas estão colocadas no novo rei de Israel, que os libertaria da opressão romana. Elas reconhecem Jesus como o Messias prometido, mas ainda não compreendem a sua missão salvadora, que não era no sentido político-social, mas no sentido espiritual.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Eis que o seu rei vem a você, humilde e montado num jumentinho” – Essa profecia é de Zacarias 9:9-10, que prediz a vinda do Messias: “Ele proclamará paz às nações. Sua autoridade se estenderá... aos confins da terra”. Ao montar no jumentinho, Jesus confirma o cumprimento da profecia.

                                   II.     “Ia estendendo seus mantos” – A entrada de Jesus sobre um jumentinho era um pronunciamento claro, e os milhares de peregrinos a caminho de Jerusalém não tinham dúvida sobre seu significado: ele era o Messias anunciado. Os mantos e ramos na estrada equivaliam ao tapete vermelho de hoje. A multidão acolhia Jesus como o novo rei Davi.

                                III.     “Hosana nas alturas” – Hosana é a versão grega da expressão hebraica que significa “salva-nos” ou “Deus ouve” e vem de um salmo (Salmo 118:25). Ele era cantado durante uma festa de ação de graças, quando as pessoas acenavam com ramos e gritavam para que Deus as salvasse enviando o Messias.

                                IV.     “Dos lábios das crianças” – Jesus confirma sua divindade citando palavras de um salmo (Salmo 8:2) em que crianças louvam a Deus.

                                   V.     “Imediatamente, a árvore secou” – A figueira estava cheia de folhas, mas não produziu nenhum fruto. O evento é uma parábola visual acerca do culto no Templo. A despeito das aparências externas, as práticas toleradas pelos chefes religiosos eram tão infrutíferas como a árvore, e destinadas a secar e morrer. Também serve como uma metáfora a nós: não adianta aparentarmos devoção, se nossos atos não produzem frutos de amor.

 

- Páscoa judaica: As multidões que aclamaram Jesus estavam a caminho de Jerusalém para as celebrações da Páscoa, evento que rememorava a saída dos israelitas do Egito, nos tempos do Êxodo. O evento central era a festa de Páscoa, quando toda a família judaica se assentava para uma refeição especial, com iguarias como ervas amargas e pão sem fermento.

- Figueira: Árvore de crescimento lento, a figueira pode dar frutos em nove meses do ano.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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