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domingo, 6 de dezembro de 2020

Aflições e Aprendizados

 

Salmo 119:71

Foi bom para mim ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.

 

Há traduções bíblicas que, ao invés de dizerem “ter passado pela aflição”, dizem “ter sido castigado”. O significado, dentro do contexto, vem a ser o mesmo.

Pode ser que você – assim como eu – já tenha ouvido a seguinte frase: “Ou vamos a Deus pelo amor ou pela dor”. Não, não é uma frase bíblica, mas é da assim chamada “sabedoria popular”. Não concordo muito com essa frase, pois a graça de Deus alcança a todos; mas também não ouso discordar dela por completo, pois já se mostrou verídica nalguns casos.

O que devemos reconhecer é que o amor de Deus é um amor paterno/materno, pois Ele tem conosco uma relação de filhos. O próprio Espírito testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus (Romanos 8:16). Somos Seus filhos, podemos crer nisso!

“Quem ama, educa”, já dizia o educador Içami Tiba. E já dizia Deus também! Ele nos ama e, sempre que necessário, nos educa. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados (Hebreus 12:7-11).

Quando reconhecemos que Ele nos educa, podemos, de alma, concordar com a Palavra que diz que, nesses momentos, foi bom ter passado pela aflição. Foi bom, sim! E foi bom porque a aflição, quando bem compreendida, nos faz refletir e nos faz voltar os passos para o caminho do Senhor. Refleti em meus caminhos e voltei os meus passos para os teus testemunhos (Salmo 119:59).

Quando assim reconhecemos, aprendemos os decretos de Deus. E Seus decretos – contidos nas Escrituras –, como Jesus ensinava, sempre passam pelo amor. Jesus dizia que do amor dependem “toda a Lei e os Profetas”, atestando, assim, que toda a Escritura deve ser lida sob o enfoque do amor de Cristo, tendo Jesus como chave hermenêutica/interpretativa, e que tudo o destoa deste amor não provém de Deus. Veja só: “‘Ame o SENHOR, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas (Mateus 22:37-40).

Quando reconhecemos que Deus nos ama e Se importa conosco, podemos também reconhecer que todos os Seus atos e permissões para conosco servem para o nosso bem, mesmo que, num primeiro momento, não entendamos como isso pode ser assim. Mas pode. E é. Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito (Romanos 8:28).

Que a sabedoria do Senhor sempre nos abra os olhos!

Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os juízos e inescrutáveis os seus caminhos! “Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?” “Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?” Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém (Romanos 11:33-36).

 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert

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