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domingo, 15 de março de 2020

6 – O Seu Nome é João (Lucas 1)



Quando57(versículo) chegou o tempo de Isabel ter seu filho, ela deu à luz um menino. Seus58 vizinhos e parentes souberam que o Senhor lhe mostrara sua grande bondade e se alegraram com ela. No59 oitavo dia, vieram circuncidar a criança e lhe iam dar o nome de seu pai, Zacarias, mas60 a mãe ergueu a voz e disse: “Não! Ele se chamará João”.
Disseram61 a ela: “Mas nenhum de teus parentes tem esse nome”. Então62 fizeram sinais ao pai para saber como ele queria chamar a criança. Ele63 pediu uma tabuinha I e, para espanto de todos, escreveu: “Seu nome é João II. De64 imediato, sua boca se abriu, sua língua se soltou e ele começou a falar, louvando a Deus. Os65 vizinhos ficaram pasmos, e por toda a região montanhosa da Judeia as pessoas falavam do acontecido. Os66 que ouviam se maravilhavam, perguntando: “Que virá a ser este menino?” É que a mão do Senhor estava com ele.
O67 pai Zacarias se encheu do Espírito Santo e profetizou III:
“Bendito68 seja o Senhor IV, Deus de Israel, porque ele veio e redimiu seu povo... E76 tu, meu filho, serás chamado profeta do Altíssimo; pois precederás o Senhor para lhe preparares o caminho, para77 dar a seu povo o conhecimento da salvação pela remissão dos pecados – graças78 ao misericordioso coração do nosso Deus, por quem o sol nascente nos virá do céu, a79 fim de iluminar os que estão nas trevas e na sombra da morte e guiar nossos pés no caminho da paz”.
E80 o menino cresceu e se fortaleceu em espírito; e viveu no deserto V até aparecer publicamente a Israel.

v     Para entender a história
Quando firmou sua aliança com Abraão, o antepassado dos israelitas, Deus lhe prometeu que, por meio dos seus descendentes, todas as nações seriam abençoadas. Tal promessa – várias vezes confirmada pelos profetas – seria cumprida na pregação de João. A missão de João na vida era preparar o caminho para o Cristo prometido.

v     Curiosidades
                                      I.     “Ele pediu uma tabuinha” – Por duvidar da mensagem do anjo, Zacarias ficou mudo durante a gravidez de Isabel. Ao que tudo indica, ele também ficou surdo, pois seus parentes tiveram que lhe fazer sinais para descobrir o nome desejado para o filho. Para escrever, aplicava-se um instrumento pontudo sobre tabuinhas de madeira revestidas de cera.
                                   II.     “Seu nome é João” – Os judeus seguiam o costume grego de dar ao primogênito o nome do pai. Mas, pelo teor e importância da sua futura missão, o filho de Zacarias recebeu outro nome. Em hebraico, o nome João significa “o SENHOR é bondoso”. Um menino primogênito pertencia a Deus. Essa tradição datava do tempo da fuga do Egito, quando Deus salvou os filhos primogênitos de Israel. Os pais podiam resgatar o seu filho pagando ao sacerdote cinco moedas de prata.
                                III.     “Zacarias se encheu do Espírito Santo e profetizou” – Profetizar não é só predizer o que vai acontecer; é proclamar a palavra de Deus. Quando pôde falar, Zacarias profetizou a missão do seu filho. Sem o Espírito Santo, isso não teria sido possível.
                                IV.      “Bendito seja o Senhor” – A profecia poética de Zacarias se tornou conhecida como Benedictus, porque a versão latina começa com essa palavra. É semelhante à canção de louvor em que Ana (I Samuel 2:1-10) prevê a vontade de Deus. Muitos líderes religiosos se chamaram Benedito (ou Bento), inclusive 17 papas católicos. Foi Bento (São Bento, para os católicos) que fundou o primeiro mosteiro na Itália, no ano 529 da era cristã. Os beneditinos são conhecidos pela sua valorização da arte e educação.
                                   V.      “E viveu no deserto” – Idosos quando do seu nascimento, provavelmente os pais de João terão morrido poucos anos depois. Ele cresceu no deserto da Judeia, situado entre Jerusalém e o Mar Morto. Embora despovoado, este deserto não era arenoso nem desprovido de água. Havia estepes e áreas de pastoreio. No tempo de João, viviam ali algumas comunidades religiosas, como os essênios, cujos escritos – os manuscritos do Mar Morto – foram descobertos em 1946.


Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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