Os três primeiros capítulos da profecia de Miqueias declaram os juízos
de Deus contra Israel e Judá, e o desastre iminente que está à espera dessas
nações.
Os capítulos 4 e 5 oferecem consolo e esperança em face do que
acontecerá no futuro, quando a casa do Senhor for estabelecida sobre os
fundamentos de uma paz duradoura; um remanescente voltará para Sião, resgatado
do cativeiro na Babilônia; um Libertador procedente de Belém fará que Seu
remanescente justo se constitua em bênção para a terra; e a terra será
purificada da idolatria e da opressão.
Os capítulos 6 e 7 declaram o caminho da salvação mediante uma analogia
de um pleito ou contenda judicial; o Senhor é o reclamante, Israel o reclamado.
Lembrando a Seu povo o livramento do Egito, e falando-lhe da natureza da
verdadeira adoração, Deus deplora Seus tesouros de impiedade e de opressão.
Esta declaração se faz seguir pela confissão de culpa da parte de Israel e pela
oração, pedindo ao Senhor que volte e pastoreie Seu rebanho como o fez no
passado. Miqueias termina com uma pergunta: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti?”
Somente Ele pode perdoar e demonstrar compaixão ao povo de Sua aliança.
Miqueias era natural de Moresete, aldeia localizada perto de Gate, na
região setentrional da Filístia, a trinta e cinco quilômetros ao sudoeste de
Jerusalém. Provavelmente era agricultor. Seu ministério de profeta abrange o
reinado de três reis, desde o ano de 738 até 698 a.C., aproximadamente. Não se
menciona o nome de seu pai, razão por que os estudiosos concluem que sua
família era de condição humilde. Miqueias é mestre consumado no emprego da
poesia clássica hebraica. Defende a causa dos camponeses oprimidos e se põe
contra os ricos arrogantes. Seus apelos em favor da verdadeira religião são
igualados somente por Tiago (compare 6:6-8 com Tiago 1:27).
Ross
E. Price
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