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sábado, 19 de novembro de 2016

Perfeitos?


          Mateus 5:48
          “Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês”.

          O Mestre faz aqui uma reflexão bastante aguçada. “Sejam perfeitos”, Ele diz, e o diz a Seus discípulos, que eram tão imperfeitos como imperfeitos eram os Seus contemporâneos, e o faz a nós, pessoas do século XXI, cuja imperfeição atravessou eras e chega a todos nós, e em todos nós. É também a nós que Jesus pede que sejamos perfeitos...
          Como seremos perfeitos? Se somos frutos da imperfeição que nos atinge a todos, como seremos perfeitos?
          A resposta a essa pergunta vem na sequência da própria declaração de Jesus: como perfeito é o Pai celestial de vocês”. Ele não diz aqui que o Pai celestial é o d´Ele (somente), mas o de todos nós.
          Ora, se somos filhos de Deus – e é Jesus quem diz que somos –, e se Deus é perfeito, então há em nós um DNA divino que nos capacita à perfeição. Passa, pois, de Pai para filhos.
          Esse DNA divino nos vem pela criação, uma vez que Ele nos criou à Sua imagem e semelhança. Mas perdemos esse vínculo perfeito, uma vez que pecamos. Então, em Jesus e por Jesus, o caminho à reconciliação nos vem, pois, como diz Sua Palavra “Deus reconciliou-se com o mundo por Cristo” (II Coríntios 5:17-19). Então, ao aceitarmos o pastoreio e o senhorio do único Pastor e Senhor – Jesus Cristo –, nos abrimos novamente à filiação divina, tendo restabelecido esse DNA em nosso âmago.
          Em novamente estando em condições filiais com Deus, podemos nos perguntar: Qual a característica mais intrínseca de Deus? João, o apóstolo, numa de suas cartas no Novo Testamento, nos dá a resposta, quando diz que “Deus é amor”. É esse “é” que diz tudo. “É” é a propriedade de “ser”, ou seja, o Ser de Deus tem o dom de “ser” amor. E só o amor é perfeito! Por conseguinte, Deus é perfeito! Por conseguinte ainda, nós, em estando n´Ele por Cristo, o podemos ser!
          Esse amor do ser-divino-que-podemos-ser é descrito pelo apóstolo Paulo em I Coríntios, capítulo 13. Segue aí, na íntegra:
          Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente.
          Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá.
          O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
          O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.
          Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.
          Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.
          Ao final, Paulo diz que o maior dom é o amor, e que este permanece para sempre, pois “nunca perece”!
          Então, quando “somos” amor – assim como Deus o é em Sua perfeição –, e o somos em nossas palavras, em nossas atitudes, em nosso modo de viver a vida, então estamos cumprindo esse ensinamento de Jesus, e estamos sendo “perfeitos”, como “perfeito é o nosso Pai”.
          Mas jamais sejamos presunçosos! Somente podemos ser assim se permanecermos em Cristo, pois Ele mesmo ensina: “Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15:5).
          É claro que ainda pecaremos, erraremos, falharemos, pois somos humanos e falhos, mas, se nossa vida for um ato de amor, então a perfeição pedida por Jesus será sempre possível - n´Ele e com Ele.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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