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domingo, 6 de novembro de 2016

Paz e Ciência


          Provérbios 19:11
          A sabedoria do homem lhe dá paciência; sua glória é ignorar as ofensas.

          Paciência. Podemos fazer a seguinte brincadeira com essa palavra: podemos dividi-la em duas e, assim, dissecá-la a fim de a compreendermos melhor. Assim, ó: paz-ciência.
          A paciência só é paciente quando inicia pela paz. Não necessariamente a paz do ambiente em que nos encontramos fisicamente, mas a paz no ambiente de nossa alma. Quando nossa alma, nosso ser interior, está em paz e pacificado pelo amor de Cristo, então torna-se bem mais fácil sermos pacientes com quem quer que seja.
          A paciência também só é paciente quando contemplada pela ciência, que é o caráter de se saber. Quando temos ciência – quando sabemos – que Deus é paciente conosco, que Ele nos ama e que mostra esse amor personalizado em Cristo, quando sabemos que Ele nos perdoou e que, assim, em Cristo, estamos reconciliados em amor com Ele, então fica muito mais fácil sermos pacientes com quem quer que seja.
          E fica mais fácil tolerarmos a não-paz e o não-saber do próximo.
          Fica infinitamente mais fácil perdoar, porque temos paz e ciência em nós suficientes para sabermos que, muitas vezes, os outros são como são, porque não sabem o que fazem... e perdoamos!
          E seguimos pacificados!
          Isso tudo nos traz sabedoria!
          A sabedoria de saber ser. A sabedoria que vem do alto, da Fonte de toda sabedoria.
          Somente podemos nos sentir ofendidos por alguém, quando não nos conhecemos a nós mesmos. Somente a falta de autoconhecimento pode me fazer aceitar as ofensas.
          Se tenho conhecimento de mim mesmo, e quando sei quem sou em Cristo, nada pode me ofender, pois sei quem sou, e sei que Deus sabe quem eu sou. Isso me traz segurança, e uma segurança tal que me torna impenetrável à ofensa.
          Perguntemo-nos: Quando O ridicularizaram e insultaram, Cristo Se sentiu ofendido? Ele nunca deu o menor sinal disso! E por quê? Porque Ele sabia Quem era. Ele era o Filho de Deus e o Filho do homem, sem que nisso residisse a menor contradição, ao contrário, residia complementariedade, posto que era divino e humano concomitantemente. Apenas Quem sabe bem Quem é pode afirmar de Si isso, como Ele afirmou! E nada que dissessem d´Ele Lhe tiraria a paz.
          Quando me falta conhecimento de mim mesmo, posso me sentir ofendido com algo que digam de mim. Se me xingam de alguma coisa, apenas se não tenho certeza de mim mesmo, eu me ofendo, e necessito me defender, posto que, pelo desconhecimento de quem sou, sinto minha reputação atingida. Mas se me conheço, mantenho-me pacificado, uma vez que sei quem sou – e quem não sou!
          Ainda: quando decido realmente me tornar um seguidor de Cristo, um discípulo d´Ele, já nem dou mais importância às reputações, pois já neguei a mim mesmo – que é uma condição do discipulado e do seguimento. Mas não nego minha essência; nego aquilo que não sou de fato, mas que o mundo rebocou em mim me dizendo que era assim que eu era. É dessa negação que Jesus fala. O nega-te a ti mesmo não tem a ver com nossa essência, mas com os nossos auto-enganos e falsas projeções que os outros e nós mesmos fazemos de nós. Somente quando nego aquilo que não sou – mas que achava que era – é que posso ser eu mesmo em Cristo, naquilo que Deus chama de vida em abundância, ou vida de verdade e na Verdade.
          Isso tudo nos traz força para ignorarmos os insultos, a falta de paz, de ciência e de sabedoria dos outros.
          Isso tudo nos traz paz e ciência – paciência.
          E nos faz orar por todos, sempre, pois isso também é amar.
          E essa é a nossa glória, segundo Deus e Sua Palavra!

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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