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domingo, 23 de outubro de 2016

Palavras e Colheitas


          Provérbios 12:14
          Do fruto de sua boca o homem se beneficia, e o trabalho de suas mãos será recompensado.

          Cuidemos sempre com as palavras que proferimos.
          Em culturas orientais, há a crença que as palavras têm poder. Mas isso não é uma crença apenas oriental, ou de culturas religiosa-filosóficas budistas, hinduístas ou similares; é também um ensinamento judaico-cristão, presente em inúmeras citações no Velho Testamento.
          E no Novo Testamento o apóstolo Paulo também ensina sobre os cuidados com os pensamentos – que sempre antecedem as palavras, pois primeiro pensamos, depois falamos. Na carta aos Filipenses, no capítulo 4, versículo 8, ele fala: Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.
          A noção do poder das palavras, entretanto, não é uma ideia mágica ou esotérica. Palavras são vibrações que concretizam aquilo que está em nosso interior. Em outras palavras, nosso ser – corpo e alma – vibra na mesma onda daquilo que verbalizamos.
          Existe, dentro do gênese bíblico, a noção clara que Deus criou tudo pela Palavra – inclusive a nós, seres humanos, qualificados biblicamente como criados à Sua imagem e semelhança. Capacitados por essa imagem e semelhança, também temos a condição de interferirmos na vida – na nossa especialmente – por nossas palavras. Isso é corroborado na Bíblia, tanto nos escritos mais antigos quanto nos escritos evangélicos.
          A Bíblia nos chama a atenção para cuidarmos com nossas palavras, ou – em outra forma de dizer a mesma coisa – com a nossa língua.
          Tiago, o irmão de Jesus, convertido às Boas Novas de Cristo – o Evangelho – apenas depois da morte e ressurreição de Jesus, escreve em sua epístola – a epístola de Tiago no Novo Testamento – que a língua é um pequeno órgão do ser humano, mas muito difícil de ser domada. A língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! (Tiago 3:8-10). Claro que ele falava da língua como capacidade de falar, como órgão importante para a expressão de mensagens decodificadas em palavras. Era disso que falava. Mas falava com uma propriedade tal, que deixava claro a importância de cuidarmos do que sai da nossa boca.
          Jesus mesmo, em Seu tempo terráqueo, ensinava que pecado não é aquilo que entra pela boca, mas pode ser pecado aquilo que sai dela. “O que entra pela boca não torna o homem ‘impuro’; mas o que sai da boca, isso o torna ‘impuro’” (Mateus 15:11).
          Este Provérbio supracitado, que serve como base para o que aqui escrevo, nos ensina que do fruto da nossa boca, das nossas palavras, nos beneficiamos – ou nos maleficiamos, dependendo daquilo que falamos.
          Com nossas palavras influenciamos diretamente no ambiente em que estamos. Podemos transmitir paz, alegria, amor, harmonia e vida. Ou podemos transmitir tumulto, tristeza, medo, discórdia e morte. É assim, não tem jeito!
          Por nossas palavras guiamos nosso pensar e nosso sentir. De acordo com nossas emoções, regemos também a fisicalidade do nosso ser, o nosso corpo. Pessoas gratas à vida – e que demonstram isso no seu modo de falar – têm mais possibilidades de desfrutar saúde emocional e física. Pessoas pessimistas e descontentes tendem a somatizar doenças psíquicas e físicas. A medicina comprova essa tendência, não é invenção minha.
          Então, é preciso vigiar a nossa língua, e orar para que sejamos capazes de falar apenas o que traz bom proveito a nós e àqueles que nos ouvem.
          Nossas palavras brotam dos nossos pensamentos e sentimentos. O que pensamos, sentimos – ou vice-versa –, e isso falamos. Jesus ensinava que a boca fala daquilo que está cheio o coração! Simples assim, como simples Ele é.  E Ele deixa claro que isso tem relação direta com tudo. Veja isso: “Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração (Lucas 6:43-45).
          As palavras definem quem somos, e se refletem em nossas atitudes. É por isso que colheremos dos frutos de nossas mãos aquilo que semeamos pelas palavras da nossa boca.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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