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domingo, 21 de agosto de 2016

Sacrifícios


          Salmo 51:17
          Os sacrifícios que agradam a Deus são um espirito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.

          Dia desses ouvi alguém dizer que, durante o período de um evento que estava promovendo, esta pessoa não comeria chocolates, que era uma espécie de propósito para que tudo corresse bem: “Temos que fazer algum sacrifício”, justificava.
          Como eu não tinha nenhum grau de maior intimidade com esta pessoa, nem tampouco o lugar e o tempo davam, deixei o assunto quieto e nem argumentei. Ainda, há de se respeitar as opiniões, crenças e crendices, mesmo que nos pareçam descabidas. Mas aqui, nestas linhas e no anonimato da pessoa em questão, posso tratar do assunto, levantando um contraponto que fundamenta a sua falta de profundidade.
          Alguém poderia dizer que a promessa feita descrita acima é bem “bobinha” e insignificante. É, também acho. Mas há outras que se fazem que são mais “sacrificantes”, despendendo considerável esforço físico, ou financeiro, ou de outra ordem qualquer. E é a estas que me refiro, muito mais do que àquela que descrevi acima, tendo-o feito apenas para ilustrar o quão ingênuo ainda se pode ser em se tratando deste tema.
          O que ocorre é que muitos acham que esse tipo de “sacrifício” a que se propõem comove Deus ou alguma “divindade” a atenderem os seus desejos. É uma forma muito primitiva a simplória de fé – simplória, não simples, que a fé tem que ser simples em sua essência.
          Essa forma de “pensar” a fé, numa troca de “sacrifícios” daqui versus “benefícios” de lá, é uma negociação e seria um querer barganhar com Deus, o que não funciona, pois não se pode barganhar com Ele. Tudo o que temos e recebemos é por graça e por Sua vontade – desde a vida em si, até as condições para buscarmos nosso sustento.
          Há ainda aqueles que se deixam manipular por estelionato “evangélico”, achando que as bênçãos recebidas dependem de seus “dízimos” e “ofertas”, como se Deus tivesse uma espécie de conta corrente bancária onde acumularíamos “créditos” ou “débitos” celestiais, dependendo do que sacrificamos ou deixamos de sacrificar, ou ofertamos ou deixamos de ofertar. É uma ingenuidade acreditar-se nesse tipo de manipulação cretina!
          Somente quando nos quebrantamos diante de Deus é que podemos estar oferecendo algum sacrifício. Quebrantar-se significa nos colocarmos com uma humildade tamanha que esteja claro a nós que temos total dependência de Deus.
          Quando chegamos diante de Deus, em nossas orações, com um coração contrito – apertado, submisso e dependente – é que manifestamos total transparência diante d’Ele.
          Quando podemos nos colocar numa condição de alma assim, nos mostramos como realmente somos, sem subterfúgios nem meandros, mas tão-somente desnudando nossa alma para nós mesmos – já que Deus sempre vê nossa alma desnudada.
          Desta forma mostramos total ligação com o Pai, como filhos amados que somos, e abrimos o caminho – em resposta ao Seu amor – para que a vida e sua plenitude fluam em nossas vidas.
          Aí, sim, Ele nos abraça e nos ampara.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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