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domingo, 4 de outubro de 2015

Uma Data Importante


          Uma data importante. Pelo menos para quem escreve estas linhas. O dia 06 de outubro marca o início de uma atividade instituída em função da destituição de outra. Explico logo mais, mas, antes, quero falar sobre uma definição, a definição de uma palavra: evangelista.
          Segundo uma pesquisa bem simplesinha, destas retiradas da internet, evangelista é aquele que proclama as Boas Novas – o Evangelho. Fala ainda que evangelista é aquele que, obedecendo a ordem de Jesus Cristo, anuncia a Palavra de Deus, apresentando o Caminho para a salvação eterna. É aquele que, como Timóteo, aceita as instruções que dizem para que se “...faça o trabalho de um evangelista...” (II Timóteo 4:5).
          Portanto, um evangelista não é um cargo, mas um dom e um chamado. O que faz um evangelista ser um evangelista não é uma instituição formal feita por um cargo supostamente superior, mas um chamado do Senhor que é ouvido e aceito. Ainda: ninguém pode instituir ou destituir um evangelista, a não ser o Senhor. Ou ainda: ser um evangelista é um dom – não uma condição superior de quem recebe – mas um dom de graça e dado por graça. E mais ainda: “... os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Romanos 11:29). Em suma: é um evangelista quem é um evangelista. Ponto.
          Feita essa definição da palavra e das atribuições de um evangelista, quero agora falar daquilo que quero falar desde o início: da especialidade que há na data de 06 de outubro – como disse antes, pelo menos para quem escreve estas linhas.
          Este dia, há 4 anos, marcou o início de uma atividade: compartilhar o Evangelho do Senhor usando meios virtuais, como um blog e um e-mail. Assim, foi criado um blog chamado Livres Discípulos de Cristo, onde são publicados textos que versam sobre a Palavra do Senhor; e iniciou-se a distribuição destes – e outros textos – usando-se o e-mail como veículo.
          Hoje, amplia-se o âmbito, não apenas como uma ferramenta virtual para evangelizar – que é o que faz um evangelista, ele evangeliza –, mas criando-se um conceito segundo o qual “não somos uma igreja – no sentido de instituição formal –, um clube, uma religião ou uma filosofia; ser um livre discípulo de Cristo é um modo de vida”. E este “modo de vida” é compartilhado a cada e-mail que é lido, ou a cada clique que o blog recebe. Ainda, saímos da virtualidade para a concretude, pois os frutos desta atividade podem ser percebidos presencialmente, nos encontros de e com pessoas e nas palavras que trocamos.
          O que se quer é simples. Quer-se viver o cerne da doutrina de Cristo: o amor a Deus e ao próximo como a si mesmo (Mateus 22:37-40). Quer-se permanecer firme na Palavra de Cristo, sendo um discípulo livre por conhecer a Verdade e por ela ser sempre liberto (João 8:31-32). Quer-se ler, estudar e divulgar a Palavra (Mateus 22:29; Provérbios 2:1-5). Quer-se praticar a oração, como Ele ensinou e viveu em Seu dia a dia (Lucas 6:12; I Tessalonicenses 5:17). Quer-se demonstrar no dia a dia, com quem quer que seja, o fruto do Espírito Santo (Gálatas 5:22-23). Quer-se desenvolver os dons do Espírito (I Coríntios 12:7-10). Quer-se produzir obras da fé (I Coríntios 15:58; Tiago 2:26). Quer-se incentivar as pessoas a congregarem na igreja a qual pertencem (Hebreus 10:25). Quer-se promover a integração das pessoas, independentemente da denominação eclesiástica (Romanos 12:4-5). Quer-se, sempre, respeitar as diferenças de pensamento em todos os assuntos (Filipenses 3:15-16). Pode até parecer muita coisa, mas, em essência, é simples e leve.
          Foi dito lá em cima, no primeiro parágrafo, que esta atividade foi instituída em função da destituição de outra. Explico agora: iniciou-se esse movimento porque quem aqui escreve exercia o assim chamado cargo – ou ministério – de evangelista – de forma voluntária – numa instituição/igreja formal, mas que, por questões de discordâncias administrativas/doutrinárias foi desabilitado – essa foi a palavra utilizada por quem o fez – do ministério. Algum tempo depois, recebeu-se o convite insistente para que houvesse o retorno à formalidade do cargo, mas o mesmo já se tornara inviável porque a discordância permanecia – ainda que latente e sempre respeitosa.
          Aqui é importante que uma coisa fique bem clara: apesar da mágoa e da dor inicial, com o passar do tempo ficou claro a quem aqui escreve que todo esse processo foi uma bênção, pois, só assim, foi possível crescer na percepção da verdade e do Evangelho em si. Só por meio desse processo, foi possível deixar de ser um “cumpridor de agenda eclesiástica” para passar a ser um evangelista na essência.
          Ainda mais uma coisa que é importante frisar: todos os envolvidos nesse processo de ruptura estão perdoados – perdoamos e fomos perdoados –, são amados e presentes nas orações, pois, afinal, somos todos irmãos em Cristo a caminho da mesma meta: a eternidade com Deus, já desde aqui e agora e para sempre!
          Pois bem. Contado um bocadinho da história, fica aqui o agradecimento a você, que tem recebido os e-mails ou clicado em nosso blog, que tem dado a alegria de trocar impressões sobre o Evangelho e compartilhar sentimentos e pensamentos, a você que, mesmo que não saiba, tornou-se um irmão ou uma irmã em Cristo, a você que permite caminharmos juntos nesse caminho. Muito obrigado!
          Há 4 anos que compartilhamos o que é ser um evangelista, o que é ser um irmão na imensidão da humanidade, o que é ser um livre discípulo de Cristo, muito além de denominações eclesiásticas ou teologias religiosas, muito além de formalidades, agendas ou o que quer que seja.
          Andamos juntos na existência, às vezes tropeçamos, caímos, levantamos e seguimos, pois assim é a vida. Lembremos: Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito” (Romanos 8:28).
          De novo e sempre: Obrigado a você que nos lê! Obrigado a Deus por isso e por tudo! De novo! E sempre! Amém!

          Kurt Hilbert

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