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sábado, 17 de outubro de 2015

Conselhos Insensatos


          Provérbios 8:14
          “Meu é o conselho sensato; a mim pertencem o entendimento e o poder”.

          Nestes dias tenho lido muita coisa sobre a assim chamada Nova Era.
          Para quem não sabe, em poucas palavras, este é um movimento que se originou com mais ênfase na década de 1960 – mesmo que haja divergências quanto à precisão de datas – e, neste início de século XXI tem se intensificado. Não tem uma liderança central, mas tem vários líderes ou gurus espalhados mundo afora, com diferentes técnicas de ensino e diferentes abordagens. Muitos de seus livros são classificados nas livrarias como auto-ajuda, e trazem conselhos de como ter uma vida mais plena, feliz, realizada – e quem não quer isso? – e como alcançá-lo.
          Não vou me aprofundar aqui, até porque meu intento não é descrever a Nova Era, mas enfatizar a importância de permanecermos nos ensinamentos de Cristo. Sim, porque uma das premissas desse movimento é negar – mesmo que maquiada e mascaradamente – a Cristo. Dizem eles que não, mas entre o que dizem e o que deixam nas entrelinhas há uma diferença bem marcante – e perigosa!
          Falam ainda em uma espiritualidade de amplitude mundial, com o sincretismo de diversas formas de fé, formando uma só religiosidade – quase sem Deus. Sublimam o homem e diminuem a importância de Deus – mesmo que o façam de forma sutil. Há até quem diga que se trata de um movimento visando uma “nova ordem mundial”, onde todos seriam controlados e monitorados em tempo integral – mas aí já vai muito de “teoria da conspiração” e, pessoalmente, acho que muitos que vão até esses bordos estão “viajando na maionese”. Mas que há de se ter cuidado, isso sim.
          Agora, vamos falar do que eu realmente quero falar.
          Eu prefiro ficar como o mote de Jesus, quando ensinou a Seus discípulos, em João 8:31-32, dizendo-lhes: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará. Minha escolha é permanecer na palavra d’Ele, firme, sem ventar por aí. Isso não quer dizer que não leia outras coisas de cunho espiritual – até porque é preciso conhecer as espiritualidades que andam por aí – mas permanecer significa sempre escolher a Cristo. E, de posse do conhecimento sobre outras coisas, alertar para o perigo que possam oferecer. Há um ensinamento antigo que diz que é impossível que saiamos de um moinho sem levarmos um pouco de pó de farinha impregnada em nossas roupas. Verdade. Mas se, ao sairmos do moinho, limparmos nossas roupas, o pó de farinha ficará aí, não nos acompanhará. É isso que faço quando me deparo com ensinamentos diferentes dos de Cristo: deixo lá mesmo, não impregno minha alma com isso; mas agora saberei que existem.
          Permanecendo no mote de Jesus, quero olhar para a palavra que está no cabeçalho deste texto.
          “Meu é o conselho sensato. Isso diz tudo. Quando permanecemos em Cristo, nos impregnamos da sensatez da verdadeira doutrina de Deus. Porque a insensatez que diversas fontes nos vendem pode embaralhar nossa cabeça, e desviar-nos do caminho, que é Cristo. Pode nos tirar o foco da verdade, que é Cristo. E pode roubar-nos a vida, que também é Cristo. 
          Segue dizendo que “a mim pertencem o entendimento e o poder”. Esse “a mim”, é a Deus; não ao homem. Muitas doutrinas por aí vendem pseudo-entendimento. Mas, se não vem d’Ele, não é confiável. Pode parecer bonito, concatenado, simétrico, mas será ilusório. Essa é a verdade, e tenho que dizê-la, mesmo que alguns não gostem. Muitas falsas doutrinas vendem a ilusão que o “poder” está dentro do homem, que independe de Deus. De novo, falam isso de modo maquiado, bonitinho, mas falam. Ora, todo o poder vem do Senhor, nós apenas o podemos ter em nós se permanecemos n’Ele: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma (João 15:5).
          Com isso, modestamente, espero ter jogado um pouco de luz sobre a diferenciação entre Deus “de verdade” e as ilusões que nos vendem por aí, disfarçados de auto-ajuda e nova espiritualidade. Para encerrar, uma última palavrinha, para que possamos ficar de olho bem aberto quanto aos conselhos insensatos que borboleteiam por aí: Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (I Coríntios 3:11).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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