Provérbios 8:14
“Meu é o conselho
sensato; a mim pertencem o
entendimento e o poder”.
Nestes dias tenho lido
muita coisa sobre a assim chamada Nova Era.
Para quem não sabe, em
poucas palavras, este é um movimento que se originou com mais ênfase na década
de 1960 – mesmo que haja divergências quanto à precisão de datas – e, neste
início de século XXI tem se intensificado. Não tem uma liderança central, mas tem
vários líderes ou gurus espalhados mundo afora, com diferentes técnicas de
ensino e diferentes abordagens. Muitos de seus livros são classificados nas
livrarias como auto-ajuda, e trazem conselhos de como ter uma vida mais plena,
feliz, realizada – e quem não quer isso? – e como alcançá-lo.
Não vou me aprofundar
aqui, até porque meu intento não é descrever a Nova Era, mas enfatizar a importância de permanecermos nos
ensinamentos de Cristo. Sim, porque uma das premissas desse movimento é
negar – mesmo que maquiada e mascaradamente – a Cristo. Dizem eles que não, mas
entre o que dizem e o que deixam nas entrelinhas há uma diferença bem marcante
– e perigosa!
Falam ainda em uma
espiritualidade de amplitude mundial, com o sincretismo de diversas formas de
fé, formando uma só religiosidade – quase
sem Deus. Sublimam o homem e diminuem a importância de Deus – mesmo que o façam
de forma sutil. Há até quem diga que se trata de um movimento visando uma “nova
ordem mundial”, onde todos seriam controlados e monitorados em tempo integral –
mas aí já vai muito de “teoria da conspiração” e, pessoalmente, acho que muitos
que vão até esses bordos estão “viajando na maionese”. Mas que há de se ter
cuidado, isso sim.
Agora, vamos falar do
que eu realmente quero falar.
Eu prefiro ficar como
o mote de Jesus, quando ensinou a Seus discípulos, em João 8:31-32,
dizendo-lhes: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão
meus discípulos. E conhecerão a verdade,
e a verdade os libertará”. Minha
escolha é permanecer na palavra d’Ele, firme, sem ventar por aí. Isso não quer
dizer que não leia outras coisas de cunho espiritual – até porque é preciso
conhecer as espiritualidades que andam por aí – mas permanecer significa sempre
escolher a Cristo. E, de posse do conhecimento sobre outras coisas, alertar
para o perigo que possam oferecer. Há um ensinamento antigo que diz que é
impossível que saiamos de um moinho sem levarmos um pouco de pó de farinha
impregnada em nossas roupas. Verdade. Mas se, ao sairmos do moinho, limparmos
nossas roupas, o pó de farinha ficará aí, não nos acompanhará. É isso que faço
quando me deparo com ensinamentos diferentes dos de Cristo: deixo lá mesmo, não
impregno minha alma com isso; mas agora saberei que existem.
Permanecendo no mote
de Jesus, quero olhar para a palavra que está no cabeçalho deste texto.
“Meu é o conselho
sensato”. Isso diz tudo.
Quando permanecemos em Cristo, nos impregnamos da sensatez da verdadeira
doutrina de Deus. Porque a insensatez que diversas fontes nos vendem pode
embaralhar nossa cabeça, e desviar-nos do caminho,
que é Cristo. Pode nos tirar o foco da verdade,
que é Cristo. E pode roubar-nos a vida,
que também é Cristo.
Segue dizendo que “a mim pertencem o entendimento e o poder”.
Esse “a mim”, é a Deus; não ao homem. Muitas doutrinas por aí vendem pseudo-entendimento.
Mas, se não vem d’Ele, não é confiável. Pode parecer bonito, concatenado,
simétrico, mas será ilusório. Essa é a verdade, e tenho que dizê-la, mesmo que
alguns não gostem. Muitas falsas doutrinas vendem a ilusão que o “poder” está
dentro do homem, que independe de Deus. De novo, falam isso de modo maquiado,
bonitinho, mas falam. Ora, todo o poder vem do Senhor, nós apenas o podemos ter
em nós se permanecemos n’Ele: “Eu sou a
videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer
em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15:5).
Com isso, modestamente, espero ter jogado um pouco
de luz sobre a diferenciação entre Deus “de verdade” e as ilusões que nos
vendem por aí, disfarçados de auto-ajuda e nova espiritualidade. Para encerrar,
uma última palavrinha, para que possamos ficar de olho bem aberto quanto aos
conselhos insensatos que borboleteiam por aí: Porque ninguém pode lançar outro fundamento,
além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (I Coríntios 3:11).
Por hora é isso,
pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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