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domingo, 30 de junho de 2024

O Antídoto Contra a Insensatez


 

1º Pedro 2:15

Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos.

 

É de conhecimento geral que o Estado do Rio Grande do Sul ainda se recupera das consequências das severidades climáticas que se abateram sobre a região Sul do Brasil nestes últimos dias.

É de conhecimento geral também que o País inteiro – e tantos e tantos de fora do Brasil também – se mobilizou para ajudar como era possível. Que grande demonstração de empatia, solidariedade e amor ao próximo houve!

Todavia, a “ignorância dos insensatos” também esteve presente, infelizmente! Diante de uma notícia de que alguém midiático efetuava uma doação, vinham críticas dizendo que, por divulgar essa atitude, tal pessoa estava querendo “se promover”. Ainda, em contrapartida, se não vinham notícias que outra pessoa midiática fizera uma doação, a mesma era criticada por, aparentemente, não fazer nada. Se, diante disso, tal pessoa se manifestasse – e provasse – dizendo que doara sim, que fizera sim, mas que o fizera em segredo, também era criticada por agora divulgar. Parece surreal isso, mas isso rolou nas redes sociais em profusão! Quer alguém fizesse algo, quer não fizesse, era igualmente alvo de críticas!

Foram tantos os casos em que coisas assim aconteceram!

De fato, falações sempre existiram, o que acontecia era que as pessoas não tinham redes sociais virtuais em outros tempos...

As vociferações nos dias de hoje são especialmente notáveis! E são vociferações notáveis não pela sua importância ou relevância, mas pelo barulho que fazem!

Com um notebook à sua frente, ou com um smartphone, com um celular ou por sinal de fumaça, cada qual se sente na “obrigação” de emitir opiniões sobre tudo. Bons tempos em que Raul Seixas podia cantar “prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela mesma opinião formada sobre tudo”.  Hoje o Raulzito seria chamado de “isentão”, “omisso”, sofreria lacração e seria cancelado!

Fato é que há muita ignorância e insensatez nas manifestações, tanto virtualmente quanto – se bem que menos – presencialmente. Para cada colocação sensata que se vê, se vê outra – no mínimo – dotada do oposto. Há manifestações ferinas à solta!

Na carta que o apóstolo Pedro escreve às igrejas do seu tempo, ele indica uma maneira de silenciar vociferações nefastas, manifestações estas emitidas por aqueles que ignoram e são desprovidos de sensatez. E ele diz que esta dica que ele dá “é da vontade de Deus”, significando dizer que não vem dele, Pedro, mas do Espírito Santo a inspirá-lo a escrever.

E a maneira que ele indica não é o debate ou o rebater a declaração percebida ou recebida, mas “a prática do bem”. Não precisamos falar – ou teclar – nada; basta que nos foquemos em fazer o bem – e em silêncio, de preferência!

Fazer o bem deve ser a nossa natureza!

Fazemos o bem não pelos outros necessariamente, não pelos seus supostos méritos ou merecimentos, não pelo que ou por quem são, mas por quem nós somos.

Assim, a dispensação do bem feito não é direcionada a pessoas específicas, mas a todas as que cruzam a nossa existência, sem predileções nem acepções. É o popular “fazer o bem sem olhar a quem”.

Foi assim que Jesus agiu e disse que o Pai age. Veja como Ele resume isso: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mateus 5:43-48).

Quando Ele fala que o Pai “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos, Ele está indicando que Deus dá a todos oportunidades e situações similares.

Assim, a vida tem coisas boas e ruins, cabendo a nós decidir como agimos e reagimos diante delas.

Agindo bem, fazendo o bem, calamos os críticos mordazes. Eles podem até continuar vociferando, mas o efeito dessa vociferação já não nos toca, pois teremos boa consciência de que estamos fazendo o certo!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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