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domingo, 7 de janeiro de 2024

137 – Sansão e Dalila (Juízes 16)


Depois4(versículo de Juízes 16) dessas coisas, ele [Sansão] se apaixonou por uma mulher do vale de Soreque, chamada Dalila I. Os5 líderes dos filisteus II foram dizer a ela: “Veja se você consegue induzi-lo a mostrar-lhe o segredo da sua grande força e como poderemos dominá-lo, para que o amarremos e o subjuguemos. Cada um de nós dará a você treze quilos de prata III”.

Disse6, pois, Dalila a Sansão: “Conte-me, por favor, de onde vem a sua grande força e como você pode ser amarrado e subjugado”.

Sansão brincou com ela, contando mentiras, e os filisteus tentaram capturá-lo três vezes, sem sucesso. Mas Dalila continuou importunando-o, dia após dia.

Por17 isso ele lhe contou o segredo: “Jamais se passou navalha em minha cabeça”, disse ele, “pois sou nazireu, desde o ventre materno. Se fosse rapado o cabelo da minha cabeça, a minha força se afastaria de mim, e eu ficaria tão fraco quanto qualquer outro homem”.

Quando18 Dalila viu que Sansão lhe tinha contado todo o segredo, enviou esta mensagem aos líderes dos filisteus: “Subam mais esta vez; pois ele me contou todo o segredo”. Os líderes dos filisteus voltaram a ela levando a prata. Fazendo-o19 dormir no seu colo, ela chamou um homem para cortar as sete tranças do cabelo dele, e assim começou a subjugá-lo. E a sua força o deixou.

Então20 ela chamou: “Sansão, os filisteus o estão atacando!” Ele acordou do sono e pensou: “Sairei como antes e me livrarei”. Mas não sabia que o SENHOR o tinha deixado IV.

Os21 filisteus o prenderam, furaram os seus olhos e o levaram para Gaza V. Prenderam-no com algemas de bronze, e o puseram a girar um moinho na prisão. Mas22, logo o cabelo da sua cabeça começou a crescer de novo.

Então23 os líderes dos filisteus se reuniram para oferecer um grande sacrifício a seu deus Dagom VI e para festejar, comemorando: “O nosso deus entregou o nosso inimigo Sansão em nossas mãos”.

Quando24 o povo o viu, louvou o seu deus: “O nosso deus nos entregou o nosso inimigo, o devastador da nossa terra, aquele que multiplicava os nossos mortos”.

Com25 o coração cheio de alegria, gritaram: “Tragam-nos Sansão para nos divertir!” E mandaram trazer Sansão da prisão, e ele os divertia.

O templo estava repleto, e cerca de três mil pessoas se apinhavam no terraço. Sansão pediu para ser guiado até as colunas que sustentavam o templo. Lá, orou a Deus para que a sua força voltasse mais uma vez.

“Ó28 Soberano SENHOR, lembra-te de mim! Ó Deus, eu te suplico, dá-me forças, mais uma vez, e faze com que eu me vingue dos filisteus por causa dos meus dois olhos VII!” Então29 Sansão forçou as duas colunas centrais sobre as quais o templo se firmava. Apoiando-se nelas, tendo a mão direita numa coluna e a esquerda na outra, disse30: “Que eu morra com os filisteus!” Então, ele as empurrou com toda a força, e o templo desabou sobre os líderes e sobre todo o povo que ali estava. Assim, na sua morte, Sansão matou mais homens do que em toda a sua vida.

Foram31 então os seus irmãos e toda a família do seu pai para buscá-lo. Trouxeram-no e o sepultaram entre Zorá e Estaol, no túmulo de Manoá, seu pai. Sansão liderou Israel durante vinte anos.

 

v      Para entender a história

Esta história mostra de que maneira Deus usa a fraqueza de Sansão para conseguir a libertação de Israel. Infringindo as suas obrigações como nazireu e indo atrás de mulheres estrangeiras, Sansão simboliza os israelitas, que abandonaram a Lei de Deus para adorar ídolos. Porém, como o povo que ele lidera, sabe quando voltar atrás num momento de necessidade, e Deus lhe mostra a sua compaixão.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Chamada Dalila – O nome Dalila significa “flerte” e ficou associado à traição. Também significa “delicada”. Em contraste, Sansão quer dizer “o do sol”, referindo-se à sua força e vitalidade.

                                   II.     Os líderes dos filisteus – A Filisteia era uma confederação de cidades prósperas, cada qual governada por um príncipe. Esses príncipes são chamados de “líderes”, no livro dos Juízes.

                                III.     “Treze quilos de prata” – Os filisteus (uma palavra que significa “tiranos”, em hebraico) pagaram uma fortuna para capturar Sansão – cerca de 275 vezes o preço de um escravo.

                                IV.     “O SENHOR o tinha deixado” – A verdadeira fonte da força de Sansão era Deus. As sete tranças de seu cabelo simbolizavam a presença de Deus. Sansão permitiu que uma mulher estrangeira lhe roubasse o sinal de sua consagração a Deus.

                                   V.     “Furaram os seus olhos e o levaram para Gaza” – Enfraquecido e humilhado, Sansão foi levado para a cidade de Gaza, um lugar onde, certa vez, demonstrara grande força. Ele conseguira fugir dos filisteus levantando com os ombros o portão de entrada da cidade.

                                VI.     “Um grande sacrifício a seu deus Dagom” – Dagom era um dos mais importantes deuses filisteus. Em hebraico, a palavra quer dizer “grão”; portanto, Dagom devia ser um deus da vegetação. O culto a Dagom teve início na Mesopotâmia e data de cerca de 2600 a.C. Chegou a ser reproduzido como metade homem e metade peixe, porque, em hebraico, o nome do deus tinha o som parecido com “dag”, que significa “peixe”.

                             VII.     “Faze com que eu me vingue dos filisteus por causa dos meus dois olhos” – O apelo final de Sansão é se vingar pela perda dos olhos. Durante toda a vida, ele combateu os filisteus por motivos pessoais. Entretanto, a Bíblia afirma que, fosse qual fosse o seu motivo, ele era um instrumento de Deus.

 

          - Templos filisteus: Até hoje, foi descoberto apenas um templo filisteu da época de Sansão. As colunas deste templo foram feitas de madeira. Sustentavam um teto plano, que tinha uma área coberta na qual as pessoas podiam se reunir. Essa estrutura de madeira não teria suportado o peso de três mil pessoas. O templo que Sansão derrubou devia, então, ter suas colunas de sustentação feitas de pedras. Como o mesmo caiu, não se acharam ruínas dele.

 

          Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS. 

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