Mateus
12:21
“Em
seu nome as nações porão sua esperança”.
A Palavra base aqui fala de Jesus, e refere-se a
uma citação do profeta Isaías que, centenas de anos antes, dizia assim: “Eis o
meu servo, a quem sustento, o meu escolhido, em quem tenho prazer. Porei nele o meu Espírito, e ele trará
justiça às nações. Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas. Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio fumegante. Com
fidelidade fará justiça; não mostrará fraqueza e nem se deixará ferir, até
que estabeleça a justiça na terra.
Em sua lei as ilhas porão sua esperança” (Isaías 42:1-4). Os
termos “lei” e “nome” tinham similaridade de significados, assim como “ilhas” e
“nações”.
Tanto no tempo de Isaías quanto no tempo de Jesus
de Nazaré, a noção de “mundo” era muito limitada. O que era o mundo no tempo de
Jesus, por exemplo? Era aquilo que podemos chamar de “mundo conhecido”. Regiões
do Oriente longínquo, por exemplo, eram desconhecidas, assim como a existência
das Américas era ignorada.
O que era o mundo, segundo a compreensão daquela
época? Era o Oriente Médio, a própria Palestina, pequenas nações vizinhas, o Egito e parte no
norte da África, a região da Ásia Menor e o sul da hoje Europa. E não passava
muito disso. E todo esse “mundo conhecido” era tomado pelas influências
greco-romanas. A influência grega se dava pela filosofia e conhecimentos
gerais, e a romana se dava pela imposição e domínio de suas forças armadas. A
Grécia dominava pela pena e Roma pela espada.
Essa era, em linhas gerais, a noção de “mundo”
naquele tempo.
Mas a Palavra aqui usada como base para estas
linhas aponta para mais longe. Quando fala de nações, dá uma ideia mais ampla,
significando a não limitação de alcance dos ensinamentos de Jesus.
Ele mesmo enviou Seus discípulos como apóstolos
(mensageiros enviados) a pregar o Evangelho a todas as nações: “Portanto, vão e façam
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei”
(Mateus 28:19-20).
E veja que interessantes são as profecias
anteriores a este tempo, anunciadas muitos anos antes deste envio de Jesus se
dar: O SENHOR desnudará seu santo braço à vista de todas as nações, e todos os confins da terra verão a
salvação de nosso Deus (Isaías 52:10). “E todas as nações se reunirão
para honrar o nome do SENHOR em Jerusalém”
(Jeremias 3:17).
Temos, no entanto, que
considerar mais isto: geográfica e historicamente, o envio que Jesus dá somente
se torna pleno em nosso tempo, pois, hoje, se tem acesso “a todas as nações”,
diferentemente daquela época, quando “todas as nações” eram somente aquelas
alcançáveis pelos meios limitados de que dispunham e aquelas que eram
conhecidas.
Pois bem. Havia também outra profecia nesta
Palavra, quando se dizia que “em seu nome as nações porão sua esperança”. Não
se trata, assim, somente de a Palavra chegar “a todas as nações”, mas estas,
diante da Palavra, porem em Seu Nome toda sua esperança.
Poderíamos nos perguntar: Nos dias de hoje, em
pleno século XXI, as nações de fato põem toda sua esperança em Jesus Cristo?
A resposta deve ser franca, sincera e direta: Não,
não põem!
Pessoas de dentre as nações fazem isso, mas uma
coletividade nacional toda, não.
O que dizer a respeito disso, de que as nações não
põem toda sua esperança no Nome do Senhor?
Por fé, digo que este tempo ainda está por vir.
Chegará o tempo em que se cumprirá também esta
profecia, assim como tantas outras já se cumpriram, e outras tantas também – ao
lado desta – se cumprirão.
Tenho que tomar em conta outra profecia do próprio
Cristo, que não pode nos passar despercebida, esta como um aviso: “Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês
serão odiados por todas as nações por
minha causa” (Mateus 24:9). Sim, também as dificuldades
extremas estão previstas, e o Senhor não as escondeu de ninguém. Muitas já se
cumpriram desde o início da Igreja, e outras ainda estão por vir. Saibamos que
nem sempre seremos amados por causa da nossa posição no Senhor. “Bem-aventurados
serão vocês quando, por minha causa,
os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande
é a sua recompensa nos céus, pois da
mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês” (Mateus
5:11-12). Tudo isso Jesus de Nazaré dizia aos Seus contemporâneos – e o diz a
nós também.
Tudo se cumprirá, enfim!
Até lá, quero continuar
mantendo-me fiel ao Senhor, ao Seu amor e a tudo o que isso representa,
buscando compartilhar a Sua Palavra que, em me fazendo bem, também pode fazer
bem aos outros.
E convido a você, que
aqui lê, a andarmos juntos, com toda nossa esperança no Senhor!
É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert