João
6:37
“Todo
aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei”.
Nesta declaração, Jesus mostra Sua
interatividade com o Pai. Existe um trabalho conjunto e uma sinergia entre o
Pai e o Filho – o Emanuel, o Deus conosco, a emanação divina entre os seres
humanos.
Jesus mostra, tal qual revela várias vezes no
Evangelho, a unicidade que existe entre Ele, como homem, e Deus, como Pai, o
Criador de tudo o que é em Cristo. Ele já dizia, com todas as palavras e todos
os significados: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30).
Ele mostra que o resultado de tudo depende da
interação entre Jesus, o Cristo, e Deus, o Pai e enviador. Jesus vai adiante,
propondo uma unicidade mais ampla, quando ora: “Rogo também por
aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em
mim e eu em ti. Que eles também estejam
em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me
deste, para que eles sejam um, assim
como nós somos um: eu neles e tu em mim.
Que eles sejam levados à plena unidade,
para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste”
(João 17:20-23).
Ainda, Ele nos ensina que, para que demos frutos
de vida na vida, dependemos desta interação indispensável: Deus/Cristo/ser
humano/Cristo/Deus, onde o ser humano não é o centro, mas onde Deus é tudo em
todos! Neste sentido, veja este ensinamento, nas palavras de Jesus: “Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se
alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”
(João 15:5). E também este outro ensinamento, nas palavras do apóstolo Paulo: Porque ele “tudo sujeitou debaixo de seus
pés”. Ora, quando se diz que “tudo” lhe foi sujeito, fica claro que isso não
inclui o próprio Deus, que tudo submeteu a Cristo. Quando, porém, tudo lhe
estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas
lhe sujeitou, a fim de que Deus seja
tudo em todos (1º Coríntios 15:27-28). A fim de que Deus seja tudo em
todos!
Somos ensinados, na
Palavra usada aqui como mote para este texto, e de forma inequívoca, clara e
lúcida, que somente podemos crer em Cristo, viver por e em Cristo, obedecer e
amar a Cristo, se Deus assim, por graça, nos impulsionar a tal. É Deus Quem nos
acrescenta à Igreja, tal qual era nos primórdios da mesma: E o Senhor lhes acrescentava
diariamente os que iam sendo salvos
(Atos 2:47).
E somos ensinados também que, quando assim
acontece, em Cristo jamais somos rejeitados, mas acolhidos com amor imerecido.
Isso se chama graça de Deus!
Jesus, falando de Si, dizia que ninguém vem ao Pai senão por Ele, e que ninguém vem a Ele senão pelo Pai: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6). “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; [...] Todos os que ouvem o Pai e dele aprendem vêm a mim” (João 6:44-45). Novamente, Ele enfatiza a interação Deus/Cristo/ser humano.
Dentro da Sua mensagem, sempre há o apontamento
para o ser humano, enfatizando que amamos a Deus quando amamos o ser humano, e
que encontramos a Ele no ser humano
mais próximo de nós, e que somente no
ser humano é que podemos demonstrar e compartilhar o que temos recebido de
Deus, assim como Ele – Jesus – fez o tempo todo.
Veja que revelador este ensinamento: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a alguns dos meus menores
irmãos, a mim o fizeram”
(Mateus 25:40). “Digo-lhes a verdade: o
que vocês deixaram de fazer a alguns
destes mais pequeninos, também a mim
deixaram de fazê-lo” (Mateus 25:45).
O apóstolo João ensina
algo complementar a estas palavras de Jesus: Se alguém afirmar: “Eu amo a Deus”, mas odiar seu irmão, é mentiroso,
pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem
não vê (1º João 4:20). Aqui é enfatizado que não podemos permanecer na
teoria, mas que temos que ir dela à prática, fazermos o caminho do invisível
para o visível.
Sempre – e de novo – o
Senhor nos mostra que a vida é interatividade total!
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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