Marcos
5:36
“Não tenha medo; tão-somente creia”.
Do ponto de vista
físico, o medo é um estado emocional que surge como resposta do cérebro diante
de uma situação de ameaça, seja ela real ou imaginária. Podemos sentir medo
diante de um cachorro bravo vindo em nossa direção na rua – situação real – ou
em uma cena de filme de terror – situação imaginária. A ideia de que algo nos
causa ameaça, faz com que o cérebro ative, involuntariamente, uma série de
compostos químicos que provocam reações que ativam o medo.
De acordo com Freud, o
medo pode ter a fase da angústia. Ao ignorar o medo, fingindo que ele não
existe, não observando as causas que o deflagram, podemos ser levados a outros
distúrbios emocionais, como a depressão. O medo é, desta forma, algo negativo.
O
medo também pode ser um mecanismo de preservação, segundo a Psicologia. É
quando, diante de uma ameaça inesperada, dispara-se um gatilho emocional que
nos impele à fuga, quando esta é possível, ou à agressão/defesa, quando estamos
encurralados. Isso acontece à espécie animal em larga escala, e também à
espécie humana. O medo é, sob este prisma, um preservador da vida e, portanto, algo
positivo.
Jesus nos fala para
que não tenhamos medo. Ele não falava, obviamente, do mecanismo de proteção à
vida que o medo assume, sendo, assim, algo bom, mas do medo psicológico
angustiante e impeditivo da fluidez natural da vida, que é algo ruim.
Medo, portanto, é
diferente de cautela. Jesus jamais nos chamou à inconsequência, ao desvario, a
sermos tresloucados e faltos de juízo. Jesus nos chamava à confiança, confiança
n’Ele e autoconfiança. A cautela faz com que avaliemos os riscos, os passos,
aquilo que fazemos ou deixamos de fazer. Aquele pequeno temor que nos toma de
vez em quando, ligando uma luz amarela de atenção às coisas, fazendo com que
nosso sentido de proteção desperte é, pois, salutar.
O medo não é cautela.
Medo em estado
patológico é nocivo à saúde mental e emocional, pois está afastado do amor. O
medo deste tipo é, em mais alta instância, a ausência do amor. É disso que fala
o apóstolo João, nos chamando a atenção para que avaliemos em que pé está nosso
estado de amor/confiança em Deus. Diz ele: No amor não há medo; ao contrário, o perfeito amor expulsa o
medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado
no amor (1º João 4:18). O amor divino nos infunde um sentido/sentimento
de segurança, o que faz com que não mais temamos.
Não tememos, mas
mantemos a atenção, o estado de vigilância. Vigiar e orar, como Jesus ensinou,
é aquele estado desperto e consciente em que estamos conectados com Deus
através de nossas palavras (oração) e pensamentos (meditação), e que nos faz
não dormirmos ao andarmos pela vida. Vigiar e orar impede que andemos em estado
zumbificado, como grande parte da humanidade anda hoje em dia, especialmente
absorta pelas distrações eletrônicas/midiáticas. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação”, dizia Jesus em
Mateus 26:41. Sim, a “tentação” da distração das mídias é uma realidade do
nosso tempo.
Não tenhamos mais
medos psicológicos/emocionais oriundos da falta de fé/confiança/amor!
O medo só pode ser
lançado fora quando nos largamos na confiança em Deus, e esta cresce cada vez
mais de acordo com o empenho com que nos dedicamos a Ele, por direcionarmos
nosso modo de vida na direção do modo de vida ensinado e vivido por nosso
Mestre.
Tão-somente creiamos.
Crer é uma decisão.
Decido crer quando
decido dar razão ao Evangelho, a Deus.
Decido viver minha
vida segundo o significado que Jesus propõe como sendo vida.
Quando me entrego
deliberadamente ao ensinamento de Cristo, passo a viver a Sua essência: o Seu
amor.
O amor liberta; o medo
prende.
O amor doa; o medo
retém.
O amor expande; o medo
retrai.
O amor ilumina; o medo
escurece.
O amor doa a vida; o
medo tira.
O amor é Deus; o medo
não é.
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o
amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
Tenho medo é inevitável mas,o medo não me tem pois,tenho o poder pra não permitir q me domine!
ResponderExcluir