No meio cristão, em geral, existe a forma de amizade
mais pagã possível. E que forma de amizade é esta? É a daquele que ama
moralmente.
Amar moralmente significa amar enquanto a pessoa se
comporta como a gente. Se ela for diferente ou se tornar diferente, ou mesmo
tiver um comportamento diferente, mesmo que tal coisa seja apenas na área
particular e privada ou envolva apenas uma decisão de foro íntimo, nesse dia,
tal pessoa perderá todos os seus “amados”, pois era amada apenas moralmente.
Para esses, o irmão é o igual, e o próximo é apenas
aquele que lhe é semelhante.
Ora, Jesus mandou amar até o inimigo, quanto mais o
diferente!
Além disso, Ele disse que amar os que nos amam e tratar
bem os que nos tratam bem é apenas um comportamento pagão, posto que é assim
que qualquer pagão, minimamente, trata um ao outro.
Jesus disse que deveríamos buscar amar e ser amigos do
jeito do Pai Celeste, que é bom para com maus e bons, e derrama graça sobre
todos.
Acontece que entre os cristãos, em geral, não se alcança
nem mesmo o nível pagão. A sociedade pagã é capaz de aceitar e defender o
diferente, mas a “igreja” não é.
Desse modo, enquanto este “pequeno detalhe” for assim,
os cristãos não terão o respeito da humanidade, posto que até os bárbaros os
superam no trato de uns para com os outros.
O cristão, como é, não passa de ser o bebê da
humanidade.
No dia que o cristão amar a todos os homens e for
misericordioso para com todos os homens, e não se separar de outros cristãos
apenas porque eles se expressam de modo diferente – nesse dia a sociedade que
nos cerca verá a nossa luz, e glorificará o nosso Pai Celestial.
Mas jamais antes desse dia...
E, nisto, posso dizer que profetizo sobre a certeza das
certezas, pois é conforme a Palavra de Jesus.
Um texto de Caio Fabio D’Araújo Filho
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