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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Nossa Páscoa



Sempre que chega esta chamada “semana santa”, faço uma releitura dos últimos dias do meu Senhor, Jesus de Nazaré, narrados nos evangelhos.
Mateus, Marcos, Lucas e João usam lentes diferentes para descrever os mesmos episódios, digo, as cenas secundárias do momento apoteótico da crucificação e, em seguida, da ressurreição do Senhor.
São muitos os detalhes, e cada um deles merece observações de acordo com a percepção de quem lê.
Já fiz estes exercícios muitas vezes ao longo destes anos que leio as Escrituras Sagradas, e tento usar lentes diferentes para observar e ganhar as percepções mais variadas sobre as circunstâncias daqueles últimos dias de Jesus, o Cristo de Deus.
 Impactam-me os títulos que são dados a Jesus, enquanto vamos lendo as narrativas dos evangelistas.
 Pensando nestes títulos e, claro, mais que os títulos, o que de fato é, emocionei-me imaginando os passos d’Ele ao lado dos amigos, discípulos e seguidores distantes.
Imaginei a Eternidade e um instante em que a Trindade Eterna conclui um acordo que implicava em: Um desceria e viraria gente e seria o Redentor da humanidade.
O Trio do Amor decidiu que o Filho, a Segunda Pessoa da Trindade Santa encarnaria, e isto se daria do modo mais comum, isto é, se contentaria em ser formado como homem a partir do útero de uma mulher.
Nascer, crescer, ser formado homem na companhia de uma família de humanos simples.
O Rei dos Reis crescendo numa carpintaria.
O Príncipe da Paz sendo levado pelas mãos ao templo e a todos os lugares onde seus pais O levavam.
O Amado do Céu sendo batizado pelo primo ermitão.
O Maravilhoso Conselheiro sendo inquirido, interrogado desde os primeiros dias do Seu ministério.
O Pai da Eternidade limitado ao corpo de um humano e ao espaço insignificante dos humanos.
O Justo sendo o tempo todo questionado e percebendo dúvidas até entre os Seus melhores amigos.
E, à medida que a plenitude do tempo chegou, a Verdade Eterna Se curva e lava os pés dos amigos que, a partir daquela noite, viveriam as piores complexidades de alma e se tornariam traidores, duvidosos, temerosos e carregados de pavor.
A Vida seria presa por soldados cruéis sob os olhares apáticos e medrosos dos amigos.
A Pedra de Esquina seria interrogada e julgada culpada.
A Água da Vida receberia cusparadas, murros e bofetões e vinagre para beber.
O Santo de Israel, o Pão da Vida, carregaria pelas ruas de Jerusalém a Cruz e levaria sobre Si o pecado de todo mundo.
O Alfa, o Ômega, o Cordeiro Eterno, o nosso Mediador, Se entregaria e, escandalosamente, morreria pendurado na Cruz.
O Verbo Divino seria sepultado e tido como morto definitivamente.
Ninguém, a não ser Ele, o Caminho, sabia que ressuscitaria.
E, para desgraça eterna do inferno e todos os seus moradores – mas para a nossa eterna felicidade –, Jesus, o Cristo de Deus, ressuscitou.
O Seu próprio poder fez com que saísse e deixasse o túmulo vazio para sempre.
Apareceu aos amigos e a muitos.
Subiu aos Céus e está assentado à destra do Pai.
E, como prometeu, virá outra vez e nós O celebraremos e, aí, cantaremos uma canção ou muitas canções.
Talvez uma delas será esta:
Em meu coração há uma canção
Que demonstra minha paixão
Para meu Rei e meu Senhor
Para Aquele que me amou
Formoso és, meu Senhor
Formoso és tu, amado Deus
Tu és a fonte da minha vida
E o desejo do meu coração
Graça, paz e bem a você, à sua família e aos seus queridos todos!
Feliz Páscoa!

Um texto de Carlos Bregantim

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