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domingo, 4 de dezembro de 2016

Caminhos Puros


          Provérbios 16:2
          Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o SENHOR avalia o espírito.

          Vivemos num tempo em que há “caminhos espirituais” que ensinam que o que vale é o que sentimos e, se nos sentimos bem em relação a algo, então isso, de alguma forma, “deve” estar certo.
          Discordo disso, pois a Palavra do Senhor diz que “o coração do homem é enganoso” (Jeremias 19:11), ou seja, nosso coração pode estar sinceramente errado. Somos passíveis de engano, somos enganosos e enganáveis, e isso é algo que é assim mesmo, quer gostemos ou não – o não aceitar e admitir isso, por si só, já é auto-engano – o que prova a nossa natureza enganosa.
          Há uma tese na neurolinguística que diz que sempre fazemos o que nos parece, naquele momento, o melhor para nós. Todas as nossas decisões, diz a tese, no momento em que as tomamos, apontam para aquilo que julgamos – mesmo que no nosso nível inconsciente – como sendo a melhor solução naquele momento. Isso se dá especialmente nos momentos de aperto, nas dificuldades mais imediatas e ameaçadoras. Se fugirmos, essa terá sido a melhor solução, segundo o caso; se atacarmos, idem, segundo cada caso. Até mesmo o suicídio! Por que alguém comete esse ato extremo? Porque, naquele momento, a fuga absoluta da vida lhe parece a melhor saída! Situações extremas demandam atos extremos e, de alguma forma, o ato que tomamos nos perece, naquele instante, o melhor possível para aquele momento.
          Isso é uma tese da neurolinguística, como falei, mas com fundamentação na observação do comportamento humano. Podemos concordar ou discordar dela, mas não podemos ignorá-la.
          Bem, pessoalmente tendo a concordar com essa tese, mas com uma ressalva: o que nos “parece” melhor, obviamente, nem sempre “é” o melhor! Somos enganosos e enganáveis, lembremo-nos. E o maior engano á o auto-engano, aquele que cometemos com relação a nós mesmos, ainda quando achamos, de relance, que a atitude que tomamos é a melhor.
          A palavra deste Provérbio usado como base para estes escritos, nos diz que Deus “avalia o espírito” (o nosso e o do caminho que avaliamos em percorrer ou não). Só Deus tem a capacidade de ver o “todo”. Ele sabe, definitivamente, qual é o nosso melhor caminho, por onde andamos mais seguros e a salvos. Ele sabe.
          E, se Ele sabe, por que não perguntamos a Ele? Podemos fazê-lo em nossas orações, e ficarmos atentos à Sua Palavra, por ouvirmos o que nos é dito quando estamos reunidos “em nome d´Ele” – o que pode ser na igreja, ou numa reunião em casa, ou noutro lugar, mas que é feita “em nome de Jesus”. Ele mesmo ensinou que “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mateus 18:20).
          Voltando ao início: há muitos “caminhos espirituais”. Basearmos as nossas decisões em cima do que “sentimos” com relação a algo fatalmente pode nos levar ao engano. Alguém dirá: Mas quando segui meus sentimentos quanto a este ou aquele assunto, minha decisão mostrou-se acertada. Ok, mas essa não é a regra – as exceções não podem ser catapultadas à condição de regras. Via de regra, quando seguimos intuições ou impulsos, nos enganamos. É assim; tem que ser dito.
          Agora, quando levamos uma vida ativa em comunhão com Deus, através de nossas orações como hábito salutar de vida, através de ouvirmos e dar ouvidos à Sua Palavra, através da leitura da Bíblia em comunhão com o Espírito, a nos revelar a vontade do Pai, aí as coisas mudam de figura. Em outras palavras, quando nosso estado natural de alma, pensamentos e sentimentos estão vinculados aos ensinamentos e ao modo de Cristo, nossos “impulsos” e “insights” passam a ser seguros, pois estamos abertos a este contato com Deus. Mas isso não é magia ou esoterismo! Isso somente é verdadeiro se esses “impulsos” e “insights” correspondam à vontade de Deus – e esta vontade divina a encontramos em Sua Palavra.
          Então, mantenhamos uma vida de oração constante. O Senhor nos responde em Sua Palavra. Isso é um ato de fé, mas que é seguro.
          Não nos aventuremos a seguir simplesmente sensações, intuições ou qualquer coisa que esteja desvinculada de Deus e do Caminho proposto por Cristo.
          Qual o melhor caminho para nós?
          Fica a dica: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:6).

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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