Provérbios 16:2
Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o
SENHOR avalia o espírito.
Vivemos num tempo em
que há “caminhos espirituais” que ensinam que o que vale é o que sentimos e, se
nos sentimos bem em relação a algo, então isso, de alguma forma, “deve” estar
certo.
Discordo disso, pois a
Palavra do Senhor diz que “o coração do homem é enganoso” (Jeremias 19:11), ou
seja, nosso coração pode estar sinceramente errado. Somos passíveis de engano,
somos enganosos e enganáveis, e isso é algo que é assim mesmo, quer gostemos ou
não – o não aceitar e admitir isso, por si só, já é auto-engano – o que prova a
nossa natureza enganosa.
Há uma tese na neurolinguística
que diz que sempre fazemos o que nos parece, naquele momento, o melhor para
nós. Todas as nossas decisões, diz a tese, no momento em que as tomamos,
apontam para aquilo que julgamos – mesmo que no nosso nível inconsciente – como
sendo a melhor solução naquele momento. Isso se dá especialmente nos momentos
de aperto, nas dificuldades mais imediatas e ameaçadoras. Se fugirmos, essa
terá sido a melhor solução, segundo o caso; se atacarmos, idem, segundo cada
caso. Até mesmo o suicídio! Por que alguém comete esse ato extremo? Porque,
naquele momento, a fuga absoluta da vida lhe parece a melhor saída! Situações
extremas demandam atos extremos e, de alguma forma, o ato que tomamos nos
perece, naquele instante, o melhor possível para aquele momento.
Isso é uma tese da
neurolinguística, como falei, mas com fundamentação na observação do
comportamento humano. Podemos concordar ou discordar dela, mas não podemos
ignorá-la.
Bem, pessoalmente tendo a concordar
com essa tese, mas com uma ressalva: o que nos “parece” melhor, obviamente, nem
sempre “é” o melhor! Somos enganosos e enganáveis, lembremo-nos. E o maior
engano á o auto-engano, aquele que cometemos com relação a nós mesmos, ainda
quando achamos, de relance, que a atitude que tomamos é a melhor.
A palavra deste
Provérbio usado como base para estes escritos, nos diz que Deus “avalia o espírito” (o nosso e o do caminho que
avaliamos em percorrer ou não). Só Deus tem a capacidade de ver o “todo”. Ele
sabe, definitivamente, qual é o nosso melhor caminho, por onde andamos mais
seguros e a salvos. Ele sabe.
E, se Ele sabe, por
que não perguntamos a Ele? Podemos fazê-lo em nossas orações, e ficarmos
atentos à Sua Palavra, por ouvirmos o que nos é dito quando estamos reunidos
“em nome d´Ele” – o que pode ser na igreja, ou numa reunião em casa, ou noutro
lugar, mas que é feita “em nome de Jesus”. Ele mesmo ensinou que “onde dois ou
três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” (Mateus 18:20).
Voltando ao início: há
muitos “caminhos espirituais”. Basearmos as nossas decisões em cima do que
“sentimos” com relação a algo fatalmente pode nos levar ao engano. Alguém dirá:
Mas quando segui meus sentimentos quanto a este ou aquele assunto, minha
decisão mostrou-se acertada. Ok, mas essa não é a regra – as exceções não podem
ser catapultadas à condição de regras. Via de regra, quando seguimos intuições ou impulsos,
nos enganamos. É assim; tem que ser dito.
Agora, quando levamos
uma vida ativa em comunhão com Deus, através de nossas orações como hábito
salutar de vida, através de ouvirmos e dar ouvidos à Sua Palavra, através da
leitura da Bíblia em comunhão com o Espírito, a nos revelar a vontade do Pai,
aí as coisas mudam de figura. Em outras palavras, quando nosso estado natural
de alma, pensamentos e sentimentos estão vinculados aos ensinamentos e ao modo
de Cristo, nossos “impulsos” e “insights” passam a ser seguros, pois estamos
abertos a este contato com Deus. Mas isso não é magia ou esoterismo! Isso
somente é verdadeiro se esses “impulsos” e “insights” correspondam à
vontade de Deus – e esta vontade divina a encontramos em Sua Palavra.
Então, mantenhamos uma
vida de oração constante. O Senhor nos responde em Sua Palavra. Isso é um ato
de fé, mas que é seguro.
Não nos aventuremos a
seguir simplesmente sensações, intuições ou qualquer coisa que esteja
desvinculada de Deus e do Caminho proposto por Cristo.
Qual o melhor caminho
para nós?
Fica a dica: Eu sou o caminho, a verdade e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14:6).
Por hora é isso, pessoal.
Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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