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sábado, 6 de abril de 2013

Vaidades e Rotinas

Eclesiastes 1:2-11
          “Que grande inutilidade!”, diz o mestre. “Que grande inutilidade! Nada faz sentido!” O que o homem ganha com todo o seu trabalho em que tanto se esforça debaixo do sol? Gerações vem e gerações vão, mas a terra permanece para sempre. O sol se levanta e o sol se põe, e depressa volta ao lugar de onde se levanta. O vento sopra para o sul e vira para o norte; dá voltas e voltas, seguindo sempre o seu curso. Todos os rios vão para o mar, contudo, o mar nunca se enche; ainda que sempre corram para lá, para lá voltam a correr. Todas as coisas trazem canseira. O homem não é capaz de descrevê-las; os olhos nunca se saciam de ver, nem os ouvidos de ouvir. O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada de novo debaixo do sol. Haverá algo de que se possa dizer: “Veja! Isto é novo!”? Não! Já existiu há muito tempo, bem antes da nossa época. Ninguém se lembra dos que viveram na antiguidade, e aqueles que ainda virão tampouco serão lembrados pelos que vierem depois. 

 
Vaidades, vaidades, tudo são vaidades!
Rotinas, rotinas, tudo são rotinas!
Tudo tão inútil!
Tudo tão sem sentido!
Afadigo-me sob e sol, e daí?
Vai geração, vem geração, tudo está aí!
... E fica!
Levantou-se o sol, pôs-se o sol... ontem!
Levanta-se o sol, põe-se o sol... hoje!
Levantar-se-á o sol, por-se-á o sol... amanhã!
... E sempre!
O vento vai para o sul!
O vento vai para o norte!
O vento, para onde irá?
Seu curso terá!
Eu, para o sul vou!
Eu, para o norte vou!
Eu, para onde irei?
Meu curso terei?
Para o mar vai o rio.
O mar, do rio não se enche.
Sempre volta e volta e volta o rio ao mar...
Para onde vou eu?
Da rotina já me enchi!
Sempre volto e volto e volto... e voltas e voltas e voltas...
A vida tem enfastias tais...
Que ninguém as pode exprimir.
O olho, não se farta de ver!
O ouvido, não se farta de ouvir!
O que foi, tornará a ser!
O que se fez, tornar-se-á a fazer!
Haverá algo de que se possa dizer:
“Veja! Isto é novo!”?
Não!
Nos séculos já foi, hora é, nos séculos será...
Dos que foram, ninguém se lembra!
Os que virão, esquecidos serão!
E de mim, lembrar-se-ão?
Acho que não!
Com licença, vou à rotina...
Resta-me a vaidade.


Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

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