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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Poder de Deus é Ilimitado

    Números 11:23

O SENHOR respondeu a Moisés: “Estará limitado o poder do SENHOR? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não”.

 
Esta passagem se dá no momento de uma das tantas murmurações do povo hebreu enquanto peregrinava do Egito em direção à terra de Canaã – a terra que lhes tinha sido prometida. Eta povinho resmungão, esse!

Vamos nos situar um pouco dentro do contexto histórico. Moisés havia conduzido o seu povo para fora da escravidão a que era submetido no Egito. Essa saída – ou êxodo – não foi moleza. Foi uma pedreira Moisés convencer o rei egípcio – o faraó – a libertar esse povo. Compreensível, pois, como escravos que eram, os hebreus serviam de “pau para toda obra” no Egito, fazendo de um tudo, inclusive fabricando tijolos para a construção civil – é notório o uso escravo de que os egípcios dispunham, especialmente na construção das pirâmides. Foi-se lá Moisés, por instrução divina, vindicar a liberdade do seu povo. E, óbvio, o faraó não iria liberá-los assim no más. Depois de dez pragas que assolaram a pátria egípcia, a última delas, enfim, fez com que o faraó capitulasse na sua teimosia. Depois da morte de todos os primogênitos egípcios, finalmente, o êxodo foi liberado. Logo de saída, o arrependimento do faraó por sua atitude abolicionista o fez ir com sua força armada atrás de mais de um milhão de hebreus. Encurralados entre o exército do faraó e o Mar Vermelho, este foi aberto pelo cajado mosaico e o povo atravessou o mar que, logo depois, cobriu e afogou a armada perseguidora. Depois, indo pelo deserto, o povo teve fome e sede. De um golpe numa rocha, Moisés fez brotar água para a turma toda, saciando a sede; caindo do céu durante a noite, Deus enviava o maná para alimentar o povo, saciando-lhe a fome. Tudo isso e otras cositas mas o povo hebreu via brotar à sua frente, mas, mesmo assim, consistentemente reclamava de Deus e de Moisés. “Temos saudades das cebolas e dos pepinos do Egito”, diziam. “Não agüentamos mais comer esse maná”, choramingavam – de barriga cheia, diga-se de passagem. Eta povinho resmungão, esse!

Devo dizer, minha consciência me força a isso, que nós mesmos, em tempos de século XXI, muitas vezes resmungamos de barriga cheia também, sentindo saudades de cebolas e pepinos de saudosos idos tempos, achando que o passado era melhor; ou ainda, assim como o povo hebreu, tememos o futuro e não confiamos na condução divina. Nós deste tempo aqui na nossa terrinha brasilis e os hebreus em seu tempo a caminho da terra em que manava leite e mel, não somos tão diferentes assim – muito antes pelo contrário. É por essas e outras que digo que a história do povo hebreu é um reflexo e um exemplo de todos os povos, em todas os locais e épocas neste nosso planetinha azul. Parágrafo aparte este, voltemos ao fio da meada sobre a qual falávamos.

Diante da reclamação popular – eles diziam que não agüentavam mais comer o maná, queriam porque queriam comer carne –, Moisés ficou um tanto quanto temeroso com relação ao futuro. Ele falou disso com Deus e Deus lhe apontou uma saída: disse que o povo, para aprender a não reclamar de barriga cheia, se fartaria de comer carne de forma que lhes saísse carne até pelo nariz! Duvida? Veja só: “Vocês não comerão carne apenas um dia, ou dois, ou cinco, ou dez ou vinte, mas um mês inteiro, até que lhes saia carne pelo nariz e vocês tenham nojo dela, porque rejeitaram o SENHOR, que está no meio de vocês, e se queixaram a ele, dizendo: ‘Por que saímos do Egito?’” (Números 11:19-20). Diante dessa resposta sui generis, cheia de um ácido humor divino – quem disse que Deus não tem senso de humor? – Moisés ficou ainda mais preocupado, pois dizia a Deus que, mesmo que muitas manadas de ruminantes fosse abatida ou mesmo que todos os peixes fossem pescados, não se teria carne suficiente para alimentar tanta gente. Humanamente falando, a preocupação mosaica procedia, mas Deus não está limitado à capacidade de raciocínio ou ação de um ser humano, muito antes pelo contrário. Daí a resposta acima, no cabeçalho deste texto: “Estará limitado o poder do SENHOR? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não”.

Seguindo-se a história, a Bíblia nos conta que Deus enviou uma imensa quantidade de codornizes, que caíam às pencas e aos borbotões, acumulando-se em volta dos sequiosos hebreus com desejos carnívoros, a ponto de cada um deles juntar dezenas de quilos. E, como era de se esperar, comeram até se fartarem, e até não agüentarem mais ver tanta codorniz à sua frente. Há estudos biológicos que nos mostram que, mesmo naquela época, haviam revoadas desses penosos bichinhos nas proximidades do Mar Vermelho – o que mostra que o “milagre” divino teve bases naturais. O que não foi “natural”, digamos assim, foi a quantidade. Tal qual como Jesus que, centenas de anos depois, multiplicou pães e peixes, Deus fizera naquele momento, promovendo uma verdadeira multiplicação de codornizes. Cumpriu-se, assim, a palavra do SENHOR!

E aí entra o ponto central desse texto: a ilimitação do poder divino e o cumprimento de Sua Palavra. Mesmo quando as condições a nosso redor não sejam nem um pouco propícias para que esperemos a atuação divina em nossa vida – assim como naquele caso particular na vida de Moisés –, Deus dá um jeitinho de fazer cumprir a Sua Palavra, as Suas promessas, o Seu amor. Tomara que Ele não nos encontre choramingosos com as situações da nossa vida – como no caso do povo hebreu naquele momento – mas nos encontre confiantes n’Ele e desejosos, isso sim, de vivermos a concretização da Sua Palavra em nossa vida e a experimentarmos o Seu ilimitado poder.

Para isso, é necessário que vivamos a Sua Palavra. É necessário que nos portemos e nos conduzamos segundo os Seus conselhos. Para isso, meu irmãozinho e minha irmãzinha, é necessário ler e estudar a Sua Palavra. Não tem jeito, essa é a nossa tarefa. E esta é uma tarefa boa, basta que demos o pontapé inicial. E poderemos comprovar, in loco, o cumprimento do que Ele disse: “Estará limitado o poder do SENHOR? Agora você verá se a minha palavra se cumprirá ou não”.

 
Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,

Kurt Hilbert
     UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

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