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quarta-feira, 14 de março de 2012

A Boa Tribulação


Romanos 5:1-5
Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derrama seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu.

Quem já não passou por algum momento em que se sentiu atribulado? Tribulação é uma palavra recorrente na Bíblia e significa contrariedade, aflição, tormento. Quem já não se sentiu assim? Como é ficar contrariado com alguma coisa? Como é ficar aflito? E atormentado? Péssimo, não é?
Dizem que tudo na vida tem dois lados – pelo menos – e que sempre devemos olhar o lado bom. Mas há lado bom na contrariedade, na aflição, no tormento?
Na carta aos Romanos, Paulo fala que ele se gloria nas tribulações. Gloriar-se é ufanar-se, é sentir-se honrado. Primeiro ele fala em gloriar-se na esperança da glória de Deus. Até aí é compreensível, louvável, tranqüilo de entender. Mas gloriar-se nas tribulações? Qual é, Paulão?
A princípio, tribulação não é coisa boa nem aqui nem em Roma. Mas vamos seguir o raciocínio do apóstolo: veja que ele desencadeia um processo, um caminho. E um processo e um caminho, necessariamente devem levar a algum lugar. Quando encaramos a tribulação, a tendência humana é cair fora. Mas para quem está firme em Cristo, encarar a tribulação pode desencadear um processo glorioso.
Vejamos e que diz a Palavra: “... nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança...” Para qualquer que não se arraiga em Deus através de Cristo, a tribulação produz desistência! Desistimos, caímos fora, puxamos o bonde... Mas para quem está firme nas coisas divinas, a tribulação produz perseverança! Perseveramos, nos mantemos firmes, não largamos de mão... Parece difícil, mas o processo não termina aí; continua.
“A perseverança (produz) experiência”. Experiência. Segundo o dicionário, experiência significa conhecimento que se obtém na prática; prática de vida. Há traduções das Escrituras que, no lugar da palavra experiência, dizem um caráter aprovado. Podemos somar os dois termos: é uma experiência pela qual passamos e que nos aprova. Saímos aprovados da experiência.
Seguindo o processo: “e a experiência (produz) esperança”. Esperança. Voltando ao “pai de todos os burros” – o dicionário – esperança é o ato de se esperar o que se deseja; fé em conseguir o que se deseja; é uma das três virtudes teologais – as outras duas são a fé e o amor. Tudo isso é esperança. E a Bíblia nos cita também a esperança viva (I Pedro 1:3) e a esperança nas coisas que não vemos (Romanos 8:24). Uma esperança assim não é passiva, não espera de braços cruzados, mas é ativa, movimentada, vigilante, crente.
E o processo se conclui descobrindo-se que “a esperança não nos decepciona, porque Deus derrama seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu”. A esperança não decepciona, não traz confusão, pois Deus derrama seu amor em cada um de nós. Perceba que a palavra derrama sinaliza ato contínuo, ou seja, está acontecendo agora.
Não esqueçamos o prólogo deste processo que descrevemos: “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso pela fé a esta graça na qual agora estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus”. Temos que estar conscientes, full-time, que é preciso manter sempre a paz que temos com Deus. Na prática, mantemos a paz com Deus, mantendo a paz conosco mesmos e com nossos semelhantes, promovendo a paz em nosso habitat. E tudo isso só é possível se estivermos conscientes de que somos justificados – legitimados – pela fé em nosso Mestre Maior e Senhor: Jesus Cristo. Isso nos faz ficar firmes na graça de Deus.
Recapitulando o processo:
- Somos justificados pela fé através de Cristo, que nos dá acesso à graça divina;
- Temos paz com Deus e estamos firmes em Sua graça;
- Nos gloriamos (nos sentimos honrados) na glória de Deus;
(Até aqui vinha tudo tranqüilo; agora vamos ver quem está mesmo firme em Cristo:)
- Nos gloriamos nas tribulações;
- A tribulação produz perseverança;
- A perseverança produz experiência;
- A experiência produz esperança;
- A esperança faz com que nos demos conta do amor de Deus derramado em nossos corações.
Para quem tem Deus em sua vida, a tribulação desencadeia perseverança e suas conseqüências, culminando na percepção do amor de Deus. Para quem não tem, a tribulação desencadeia desistência.
E então? Quando surgirem tribulações, qual será a nossa escolha? Perseverar ou desistir? 

Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
UM LIVRE DISCÍPULO DE CRISTO

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