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domingo, 1 de junho de 2025

A Manifestação do Espírito


1º Coríntios 12:7

A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.

 

Neste capítulo da primeira carta à igreja em Corinto, o apóstolo Paulo cita os dons do Espírito Santo e, nesta passagem, também os chama de “manifestação do Espírito”, pois cada dom é também uma manifestação pontual.

Na íntegra, esta passagem diz assim: A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, , pelo mesmo Espírito; a outro, dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer (1º Coríntios 12:7-11).

Quero ressaltar, uma vez mais, quais são estes dons/manifestações, citados nesta passagem: palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, poder para operar milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedades de línguas e interpretação de línguas.

Há teólogos que defendem que estes dons cessaram – são os chamados “cessacionistas”. E há teólogos que defendem que estes dons não cessaram – são os chamados “continuístas”. E há ainda um “grupo do meio”, que são teólogos que defendem a ideia de que os dons não cessaram totalmente, mas que desvaneceram com o passar do tempo.

Bem, como eu não surfo na onda da Teologia, vou pela posição bíblica, e esta não nos diz em parte alguma que os dons e as manifestações do Espírito cessariam. Ao contrário, o apóstolo Pedro, em sua pregação no início da formação da Igreja, nos dá seguras indicações sobre isso: “Isto é o que foi predito pelo profeta Joel: ‘Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão. Mostrarei maravilhas em cima, no céu, e sinais em baixo, na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça. O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo!’” (Atos 2:16-21). Ora, como o sol ainda não se tornou em trevas, nem a lua em sangue, e o grande e glorioso dia do Senhor – a Sua volta – ainda não se deu, os dons e as manifestações do Espírito continuam válidos e operantes.

Mas não é este o ponto central deste texto – até porque ele pode suscitar, para muitos, mais discussões do que conclusões.

O ponto central deste texto é justamente a validade e a atualidade da manifestação do Espírito, tanto em revelação para compreender a Palavra, como em inspiração para pregar a Palavra e também em atuação para os efeitos da Palavra em nós. Sobre isto, temos a fala de Jesus: Não se preocupem quanto ao que dizer, ou como dizê-lo. Naquela hora lhes será dado o que dizer, pois não serão vocês que estarão falando, mas o Espírito do Pai de vocês falará por intermédio de vocês” (Mateus 10:19-20). Assim, se aqui, neste espaço, podemos escrever, ler e compreender sobre a Palavra e suas implicações, isto nos é dado a dizer e a entender pela atuação do Espírito em nós.

Se, dentre os dons/manifestações do Espírito, temos a “palavra de sabedoria” e a “palavra de conhecimento”, esta sabedoria e conhecimento vêm do Senhor, por Seu Espírito, manifesto em nós. Sim, manifesto em nós!

O apóstolo Paulo ainda fala que cada um destes dons se manifesta conforme a vontade divina, para a edificação da Igreja: Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja (1º Coríntios 14:26). E ele fala ainda que o Espírito dá estes dons e estas manifestações conforme Ele quer: Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer (1º Coríntios 12:11).

Ou seja, tanto os dons como a manifestação destes dons não são méritos nossos nem dependem diretamente de nós, mas são méritos de Deus. Nós somos apenas ferramentas usadas nestes processos.

Outra coisa muito importante: os dons do Espírito, uma vez manifestados nalguma pessoa, não passam a ser propriedade nem característica distintiva daquela pessoa. Por exemplo, se através da oração de um pessoa, alguém alcança a cura, o dom de cura, naquele momento manifestado, não passa a ser uma distinção da pessoa que orou. Esta pessoa não passará, a partir daquele momento, a curar indistintamente as pessoas orando sobre elas, mas foi uma manifestação pontual. Pode ocorrer noutro momento, sim, mas não será regra pétrea. Afinal, o Espírito distribui individualmente, a cada um, como quer – e quando quer e onde quer. Ninguém, por ter orado sobre alguém e este alguém ser curado, tornou-se um “curandeiro evangélico ou espiritual”. Tudo é pontual e circunstancial.

Desta forma acontece nos demais casos também, pois as manifestações dos dons do Espírito se dão visando ao bem comum.

 Assim, quando é a vontade de Deus que se manifeste em nós uma palavra de sabedoria ou uma palavra de conhecimento, estas são para aquelas pessoas com quem estamos em contato naquele momento, para que elas e nós possamos usufruir deste benefício.

Da mesma forma acontece com a , pois Jesus mesmo diz que ninguém pode vir a Ele se o Pai não operar esta atração: Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair (João 6:44). A fé, no entanto, junto com o amor e a esperança, permanece continuamente: Assim, permanecem agora estes três: a , a esperança e o amor (1º Coríntios 13:13).

Portanto, se você estiver em dúvida com relação à sua fé, relaxe! A fé é um dom que você recebe, não é um mérito seu nem é por esforço próprio! Se você está lendo aqui com sincero interesse, por exemplo, saiba que a fé já está incutida em você. Você pode ainda ser um homem – ou uma mulher – de pequena fé, mas já tem fé, ainda que a mesma seja do tamanho de um grão de mostarda!

Agora, o que “fazer” com a fé que lampeja em você é com você, é uma decisão sua. Você pode dizer “sim” a Deus e seguir a Jesus, dia a dia, reafirmando a sua fé... ou não, deixando tudo isso para lá. Qual sua resposta?

 

Por ora é isso.

Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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