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domingo, 8 de junho de 2025

172 – Daniel na Babilônia (Daniel 1 – 2)


 

Nabucodonosor1(versículo de Daniel 1), rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou.

Então3 o rei ordenou que Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza; jovens4 sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir I no palácio do rei. Ele devia ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios.

Entre6 esses estavam alguns que vieram de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. O7 chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego.

A17 esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos.

No1(versículo de Daniel 2) segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos; sua mente ficou tão perturbada que ele não conseguia dormir. Por2 isso o rei convocou os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos para que lhe dissessem o que ele havia sonhado.

Então4 os astrólogos responderam em aramaico II ao rei: “Ó rei, vive para sempre! Conta o sonho aos teus servos, e nós o interpretaremos”.

O5 rei respondeu aos astrólogos: “Esta é a minha decisão: Se vocês não me disserem qual foi o meu sonho e não o interpretarem, farei que vocês sejam cortados em pedaços e que as suas casas se tornem montes de entulho. Mas6, se me revelarem o sonho e o interpretarem, eu lhes darei presentes e recompensas e grandes honrarias”.

Os10 astrólogos responderam ao rei: “Não há homem na terra que possa fazer o que o rei está pedindo!”

Isso12 deixou o rei tão irritado e furioso que ele ordenou a execução de todos os sábios da Babilônia. E13 assim foi emitido o decreto para que fossem mortos os sábios; os encarregados saíram à procura de Daniel e dos seus amigos, para que também fossem mortos.

Então19 o mistério foi revelado a Daniel de noite, numa visão.

Daniel24 foi falar com Arioque, a quem o rei tinha nomeado para executar os sábios da Babilônia, e lhe disse: “Não execute os sábios. Leve-me ao rei, e eu interpretarei para ele o sonho que teve”.

O26 rei perguntou a Daniel, também chamado Beltessazar: “Você é capaz de contar-me o que vi no meu sonho e interpretá-lo?”

Daniel27 respondeu: “Nenhum sábio, encantador, mago ou adivinho é capaz de revelar ao rei o mistério sobre o qual ele perguntou, mas28 existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Tu31 olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível. A32 cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, as33 pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. Enquanto34 estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. Então35 o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda. Foi36 esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. Tu37, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus te tem dado domínio, poder, força e glória; nas38 tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro. Depois39 de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará sobre toda a terra. Finalmente40, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro a tudo despedaça, também ele destruirá e quebrará todos os outros. Na44 época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos esses reinos e os exterminará, mas esse reino durará para sempre”.

Então46 o rei Nabucodonosor caiu prostrado diante de Daniel, prestou-lhe honra e ordenou que lhe fosse apresentada uma oferta de cereal e incenso. O47 rei disse a Daniel: “Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério”.

Então48 o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província. Além49 disso, a pedido de Daniel, o rei nomeou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego administradores da província da Babilônia, enquanto o próprio Daniel permanecia na corte do rei.

 

v     Para entender a história

Daniel, na Babilônia, lembra José no Egito. Ambos viveram no exílio sob as ordens de soberanos estrangeiros, e ambos permaneceram fieis ao Deus de Israel. Como José, Daniel interpreta os sonhos do rei e conquista um alto posto numa terra estrangeira. Nenhum dos dois procurou a grandeza, mas levou glória a Deus diante dos olhos de soberanos pagãos.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Capacitados para servir” – Nabucodonosor escolhe os jovens mais dotados das mais importantes famílias de Judá para serem funcionários da corte. Essa política eficaz eliminou a ameaça de um governante em potencial liderar uma revolução judaica.

                                   II.      Responderam em aramaico” O aramaico, uma língua próxima do hebraico, originou-se em Aram (Síria). Tornou-se a língua diplomática dos assírios, após eles conquistarem a Síria. Na época de Nabucodonosor, o aramaico era a língua comum do império babilônio.

 

- O portão da Babilônia: A imponente cidade da Babilônia foi construída por Ninrode, no rio Eufrates (Gênesis 10:10). Nabucodonosor a tornou a capital do seu império, construindo o maciço portão de Istar. Decorado com tijolos vitrificados, dava ingresso aos séquitos que se dirigiam à cidade.

- Novos nomes: Os nomes hebraicos de Daniel e de seus amigos continham todos a palavra “Deus”. Um deus babilônio diferente passou a fazer parte de cada um dos seus novos nomes. A troca de nomes e o treinamento especial foram uma tentativa de afastá-los de sua herança judaica.

- O sonho de Nabucodonosor: Tradicionalmente, os quatro reinos representados pela estátua são identificados como os da Babilônia (ouro), Pérsia (prata), Grécia (bronze) e Roma (ferro). A duração cada vez maior desses impérios é simbolizada pelo aumento da resistência dos metais. A pedra que cresceu até se tornar uma montanha representa o reino de Deus, que durará para sempre.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

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