1º
Pedro 2:15
Pois
é da vontade de Deus que, praticando o
bem, vocês silenciem a ignorância
dos insensatos.
É de conhecimento geral
que o Estado do Rio Grande do Sul ainda se recupera das consequências das
severidades climáticas que se abateram sobre a região Sul do Brasil nestes
últimos dias.
É de conhecimento geral
também que o País inteiro – e tantos e tantos de fora do Brasil também – se
mobilizou para ajudar como era possível. Que grande demonstração de empatia,
solidariedade e amor ao próximo houve!
Todavia, a “ignorância
dos insensatos” também esteve presente, infelizmente! Diante de uma notícia de
que alguém midiático efetuava uma doação, vinham críticas dizendo que, por
divulgar essa atitude, tal pessoa estava querendo “se promover”. Ainda, em
contrapartida, se não vinham notícias que outra pessoa midiática fizera uma
doação, a mesma era criticada por, aparentemente, não fazer nada. Se, diante
disso, tal pessoa se manifestasse – e provasse – dizendo que doara sim, que
fizera sim, mas que o fizera em segredo, também era criticada por agora divulgar.
Parece surreal isso, mas isso rolou nas redes sociais em profusão! Quer alguém
fizesse algo, quer não fizesse, era igualmente alvo de críticas!
Foram tantos os casos em
que coisas assim aconteceram!
De fato, falações sempre
existiram, o que acontecia era que as pessoas não tinham redes sociais virtuais
em outros tempos...
As vociferações nos dias
de hoje são especialmente notáveis! E são vociferações notáveis não pela sua
importância ou relevância, mas pelo barulho que fazem!
Com um notebook à sua
frente, ou com um smartphone, com um celular ou por sinal de fumaça, cada qual
se sente na “obrigação” de emitir opiniões sobre tudo. Bons tempos em que Raul
Seixas podia cantar “prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela
mesma opinião formada sobre tudo”. Hoje
o Raulzito seria chamado de “isentão”, “omisso”, sofreria lacração e seria
cancelado!
Fato é que há muita
ignorância e insensatez nas manifestações, tanto virtualmente quanto – se bem
que menos – presencialmente. Para cada colocação sensata que se vê, se vê outra
– no mínimo – dotada do oposto. Há manifestações ferinas à solta!
Na carta que o apóstolo
Pedro escreve às igrejas do seu tempo, ele indica uma maneira de silenciar
vociferações nefastas, manifestações estas emitidas por aqueles que ignoram e
são desprovidos de sensatez. E ele diz que esta dica que ele dá “é da vontade
de Deus”, significando dizer que não vem dele, Pedro, mas do Espírito Santo a
inspirá-lo a escrever.
E a maneira que ele
indica não é o debate ou o rebater a declaração percebida ou recebida, mas “a
prática do bem”. Não precisamos falar – ou teclar – nada; basta que nos
foquemos em fazer o bem – e em silêncio, de preferência!
Fazer o bem deve ser a
nossa natureza!
Fazemos o bem não pelos
outros necessariamente, não pelos seus supostos méritos ou merecimentos, não
pelo que ou por quem são, mas por quem nós somos.
Assim, a dispensação do
bem feito não é direcionada a pessoas específicas, mas a todas as que cruzam a
nossa existência, sem predileções nem acepções. É o popular “fazer o bem sem
olhar a quem”.
Foi assim que Jesus agiu
e disse que o Pai age. Veja como Ele resume isso: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu
inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus
inimigos e orem por aqueles que os
perseguem, para que vocês venham a
ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o
seu sol sobre maus e bons e derrama
chuva sobre justos e injustos. Se
vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão? Até os
publicanos fazem isso! Portanto, sejam
perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” (Mateus 5:43-48).
Quando Ele fala que o
Pai “faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos”, Ele está indicando que Deus dá a
todos oportunidades e situações similares.
Assim, a vida tem coisas
boas e ruins, cabendo a nós decidir como agimos e reagimos diante delas.
Agindo bem, fazendo o
bem, calamos os críticos mordazes. Eles podem até continuar vociferando, mas o
efeito dessa vociferação já não nos toca, pois teremos boa consciência de que
estamos fazendo o certo!
É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert