I Coríntios 3:11
Ninguém pode colocar outro
alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.
Deixei grifado todo o
versículo acima em negrito, de propósito, pois é um dos versículos e ensinamentos
bíblicos mais aplicáveis e necessários aos nossos tempos, posto que, em nenhum
outro tempo da História desde que Jesus de Nazaré andou pessoalmente neste
nosso planetinha azul, houve a tentativa, por parte dos homens, de colocarem
tantos outros alicerces à fé.
Jesus Cristo, que é a
Palavra encarnada, o Emanuel – Deus conosco! –, que é a chave de interpretação
de toda a Escritura, o centro de toda a manifestação divina, e para quem toda a
Bíblia aponta, Ele – e só Ele! – deve ser o alicerce da nossa fé, que
professamos sermos cristãos.
Há de se ter uma
certa radicalidade para ser cristão. Aqui, neste contexto, ser radical não é o
mesmo que ser intolerante – ao contrário! –, significa ser raiz, e não nutela. A
palavra radical e radicalidade derivam de raiz. Esta radicalidade que falo é a
mesma que Jesus tinha, carregada de compreensão, compaixão, empatia e amor
fraternal. É preciso ter muito bom-senso para ser radical ao estilo de Jesus!
Vivemos num tempo de
várias e variadas doutrinas.
Nesta passagem
bíblica, o apóstolo Paulo explica aos coríntios sobre o verdadeiro alicerce da
doutrina à qual eles estavam seguindo, ou seja, Jesus Cristo – Ele próprio,
mais do que um personagem histórico, representava o ser
religioso/espiritual/vívido encarnado como “a” salvação e “o” alicerce!
Nos dias atuais,
muitos usam esse texto bíblico para denegrirem outras formas de crenças
religiosas, outras doutrinas ou filosofias espirituais. Isso é um equívoco! Paulo
– o apóstolo – não apontava para outras formas religiosas – ele apontava para o
seu próprio umbigo: os cristãos!
Quando Paulo escrevia
esta carta, ele alertava aos seus irmãos não sobre o perigo de doutrinas
estranhas ao hoje chamado cristianismo, mas ele chamava a atenção sobre as
deturpações que estavam sendo feitas dentro
da igreja, introduzindo dentro da comunidade alterações de fundamento sobre
a própria sã doutrina cristã. Este
era o perigo.
Hoje, o que vemos em
muitos núcleos cristãos é exatamente o mesmo que acontecia naquele tempo: a
deturpação da verdadeira mensagem do Evangelho.
Há doutrinas
estranhas sendo ensinadas no seio de muitas das assim chamadas
igrejas/denominações. Estão colocando outro alicerce, diverso e estranho ao
alicerce chamado Jesus Cristo. Usam o nome JESUS, como uma logomarca, uma
grife, sob a qual buscam legitimar toda sorte de criações suas em busca de
dinheiro e fama – deles próprios.
Há teologias de
prosperidade, promulgação de milagres como demonstração de poder de pseudo-curandeiros
evangélicos, testemunhos de pessoas que ontem não tinham bens materiais e hoje
os têm, e por aí vai.
Alguns tentam
justificar pregadores de prosperidade e milagres, alegando que eles e suas
denominações fazem coisas boas e altruístas também. Em alguns casos, sim, mas,
o fato de eu ser bonzinho com você hoje e roubá-lo e enganá-lo amanhã não
atenua meu mau-caratismo. É o mesmo que o agafanhador agafanhar o seu automóvel
hoje e, amanhã, vendo-o na chuva no meio da rua, lhe oferecer uma carona.
O alicerce chamado
Jesus Cristo nunca teve nada a ver com materialidade, status social, vida
vitoriosa no sentido terreno – caramba! – nada disso.
O verdadeiro alicerce
da doutrina de Cristo é o amor, a fraternidade e o altruísmo – e a salvação!
O resto é resto.
Por hora é isso,
pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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