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domingo, 4 de novembro de 2018

A Nova Humanidade em Cristo



          Lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios(*) por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão(**), feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo(***).
          Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro da inimizade, anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade. Ele veio e anunciou a paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto, pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito.
          Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito.

          (Texto de Efésios 2:11-22)

          (*) Gentios eram chamados aqueles que não eram judeus.
          (**) Circuncisão era o ato feito no menino ao oitavo dia de vida, cortando-se o prepúcio do pênis, ato este realizado desde os tempos de Abraão. Nos tempos desta carta aos efésios, significava que aquela pessoa agora era oficialmente judia. Quem desejasse entrar para a religião judaica, convertendo-se em judeu, teria que ser circuncidado, seja qual fosse a sua idade.
          (***) Pela fé em Cristo, para os cristãos, por óbvio, não é mais necessária a circuncisão, pois já passamos das práticas rudimentares da religião para a vida em Espírito. O sangue de Cristo, ou seja, Sua morte – e ressurreição – proporciona a todo aquele que crê n’Ele e orienta sua vida segundo Seus ensinamentos, uma nova humanidade justamente n’Ele, em Cristo Jesus.
          Devemos entender que os irmãos da igreja em Éfeso eram gentios de origem (portanto, não-judeus) e eram fustigados pelos legalistas judeus a seguirem os preceitos da Lei de Moisés. Paulo, em sua carta, lhes ensina que em Cristo a Lei foi cumprida e que, n’Ele, ela se anulara em seus preceitos de ritos e mandamentos de “pode/não pode”. Isso nos ensina que tudo aquilo que está no Antigo Testamento – visto que por Cristo se fez o novo Testamento – e que não se coaduna com o modo de ser de Jesus fica obsoleto, ou seja, tem validade histórica e informativa, mas já não tem validade espiritual. Aquilo que se coaduna com o modo de ser de Jesus, seja no Antigo Testamento ou onde estiver, fica com toda a validade espiritual garantida.
          Jesus é a Palavra e a Palavra é Jesus. Assim, é a partir de Jesus que podemos e devemos ler “toda” a Escritura Sagrada. Jesus é nossa chave interpretativa, é por Ele que nos orientamos em tudo na vida – inclusive na absorção da Bíblia. É isso que nos ensinam as leituras dos Evangelhos, dos atos e das cartas dos apóstolos constantes no Novo Testamento, bem como é para isto que apontam todas as profecias e descrições constantes no Antigo.
          Em Cristo somos aproximados de Deus e uns dos outros. Jesus, por Seus ensinamentos, Sua morte e ressurreição, desfez a barreira que nos separava de Deus – e que nos separa uns dos outros. Por e em Jesus somos renovados, temos “acesso” a Deus por meio d’Ele, fazemos parte de uma nova família – a dos filhos de Deus. Por e em Jesus, Deus faz morada em nós, por Seu Espírito. Somos a Sua Igreja, estejamos onde estivermos, desde que permaneçamos irmanados e unidos em fé, orientando nossa vida por e em Jesus.
          Somos, assim, uma nova humanidade em Cristo.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

Um comentário:

  1. verdade!!! cristo é, e sempre será a chave da interpretação Biblica.

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