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domingo, 18 de novembro de 2018

Encontro com Deus



Questão:
Não consigo entender o que é ter um encontro com Deus. Eu só conheço a Deus de ouvir falar; aliás, já de muito tempo que ouço falar de Deus; ouço testemunho de irmãos que, com tão pouco tempo de convertidos, contam encontros com Deus cinematográficos. Eu fico tão frustrado, pois não sei o que faço. Sinceramente, gostaria de conhecer Deus realmente, de ter uma vida em comunhão com Ele. Quando converso com algumas pessoas, elas dizem para que eu O busque de todo o coração. Acho que não sei como buscar a Deus. Às vezes, acho que Deus não me quer ou que eu não sirvo para Ele. Estou em uma aflição danada.

Resposta:
Muitos cristãos sofrem do seu mal. Sabe qual é? A comparação.
Você já ouviu histórias de amor? Já percebeu que todas elas são diferentes? O que há em comum é apenas o encontro entre os seres. Mas até as manifestações de amor são diferentes. Uns explodem de paixão! Outros sentem o crescimento de algo sólido, inabalável. Outros precisam pensar que “perderam” um amor, a fim de encontrar outro. Há também aqueles que pensam que ainda não haviam achado, até que realizam que haviam sim, só não o sabiam por terem tido “outras referências” a fim de, equivocadamente, balizarem aquilo que não tem parâmetros exteriores: o amor. Esses são os que só descobrem que amavam mesmo, depois que não podem mais voltar, pois, já foram.
Encontrar a Deus não é exatamente assim. É parecido com isto, só que com uma diferença: ninguém se entrega para ser enganado; e muito menos para se enganar. Ninguém se encontra “enganada-mente” com Deus.
Encontrar com Deus é como encontrar a verdade do amor. Vem de muitas formas diferentes, mas realiza o mesmo bem. O problema é que há uma indústria de encontros com Deus, e que toma “referências pessoais”, e tenta fazê-las bens de consumo para todas as almas humanas.
O encontro com Deus não tem seus aferidores do lado de fora. O encontro acontece nos ambientes do coração. E não há parâmetros. Lembra de C. S. Lewis? Ele descreve seu encontro com Deus como algo sem qualquer pirotecnia. Terá sido um encontro inferior ao de Paulo? É claro que não! Quantas pessoas tiveram ou têm, na História da Fé, a mesma experiência de Paulo para contar? Os apóstolos, à exceção de Paulo, foram se convertendo sem sentir.
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus. Esse é o problema, pois a fé não necessariamente se faz acompanhar de grandes terremotos ou expressões exteriores. Se assim fosse, não seria fé. Andamos não conforme vemos, mas conforme não vemos. A fé caminha sobre o nada, vê o invisível, e crê naquilo que nunca poderia ser possível para nós mesmos como já sendo nosso. É maravilhoso quando vemos coisas. Quem não gosta? Mas pobre daquele que basear a sua fé em emoções, impulsos, sinais milagrosos, ou qualquer coisa extraordinária!
A palavra-chave é Confiança! Confiança é a fé que se entrega à fidelidade de Deus. Enquanto você chamar para você o estabelecimento da relação com Deus, você apenas sofrerá. Se você andar na Confiança, saberá que a responsabilidade é de Deus. Ele é Aquele que justifica ao que nada fez, mas que creu no amor que justifica aquele que, mesmo não tendo feito por merecer, apareceu para “receber” na hora da Boa Paga, em razão de crer no coração gracioso d’Aquele que tem o que dar a quem não fez por merecer. Afinal, todos não merecem e, por isso, todos precisam da graça de Deus.
Quem entende isso e assim crê, não tem mais essa crise de conhecer ou não a Deus. Eu amo a Deus em Segundo porque Ele me amou em Primeiro. Ele é o Pole Position! Então, relaxe, ande em fé, deixe tudo com Deus, confie, e não se compare com ninguém.
A fé que tu tens, tem-na para ti mesmo! E essa Palavra não está longe. Não está no céu, para que ninguém diga: como farei para trazer Deus à terra? Não está no abismo, para que ninguém diga: como farei para trazer o Salvador dentre os mortos? Pelo contrário, a Palavra está aí, na tua boca e no teu coração! Pois, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e no teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, tu serás salvo, porquanto com o coração se crê para a justificação, e com a boca se confessa acerca dessa já tão nossa salvação!
Quanto ao mais, apenas ande... com Deus!

Um texto de Caio Fábio D’Araujo Filho

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