Atos 2:21
E todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo.
Invocar
o nome do Senhor não quer dizer apenas sair por aí falando “Senhor, Senhor...”.
Jesus mesmo disse que nem todo aquele que dissesse “Senhor, Senhor”, seria por
Ele reconhecido, mas, sim, aquele que fizesse a vontade do Pai, e que
obedecesse aos Seus mandamentos. “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor,
Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus
7:21).
Isso
é invocar o nome do Senhor!
Invocamos
o nome do Senhor quando nossas palavras, atitudes e comportamentos são
condizentes com os ensinamentos de Jesus. Ele não apenas fez sermões – como o
assim chamado “sermão da montanha” – mas, sobretudo, Suas palavras gritavam no
silêncio das Suas atitudes, no modo como Ele andava no chão da vida, como homem/Deus
e Deus/homem, relacionando-se com todos – desde prostitutas, ladrões, leprosos,
religiosos e críticos – de forma que todos pudessem ver n’Ele o Caminho, a
Verdade e a Vida. Em Seu caminho estava a verdade e a vida; em Sua verdade
estava a vida e o caminho; em Sua vida estava o caminho e a verdade. “Eu
sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim”
(João 14:6).
Invocamos
o nome do Senhor quando nos relacionamos com as pessoas à nossa volta – todas
elas – de forma a que este amor esteja manifestado no nosso modo de vida, no
nosso modo de ser. Ele nos dá em Si mesmo os ensinamentos e os exemplos –
sempre o fez assim. “Vão aprender o que
significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores” (Mateus 9:13). Durante uma refeição na casa de Levi, muitos
publicanos e “pecadores” estavam comendo com Jesus e seus discípulos, pois haviam muitos que o seguiam (Marcos
2:15). Jesus lhes disse: “Não são os que têm saúde que precisam de
médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores”
(Marcos 2:17). Todos os publicanos e
“pecadores” estavam se reunindo para ouvi-lo. Mas os fariseus e os mestres da lei o criticavam: “Este homem recebe
pecadores e come com eles” (Lucas 15:1-2).
Invocamos
o nome do Senhor quando nossas palavras e nossos atos forem semelhantes, quando
aquilo que falamos também é aquilo que fazemos e aquilo que somos. “Pois
a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12:34). “O que entra pela boca não torna o homem
‘impuro’; mas o que sai da boca,
isso o torna ‘impuro’” (Mateus 15:11). “Mas
as coisas que saem da boca vem do
coração, e são essas que tornam o homem ‘impuro’. Pois do coração saem os
maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os
roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Essas coisas tornam o homem
‘impuro’; mas o comer sem lavar as mãos não o torna ‘impuro’ (Mateus
15:18-20). “Nenhuma árvore boa dá fruto
ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. Toda
árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiros,
nem uvas de ervas daninhas. O homem bom tira coisas boas do bom tesouro que
está em seu coração, e o homem mau tira coisas más do mal que está em seu
coração, porque a sua boca fala do que está cheio o coração” (Lucas
6:43-45).
Então
invocamos o nome do Senhor em nosso respirar!
Então
seremos salvos!
Mas
de que seremos salvos? Seremos salvos da falta de amor, da mornidão com que as
pessoas se tratam mutuamente nos nossos dias, da dissimulação e dos jogos de
faz de conta, das aparências pelas aparências, das pretensas superioridades de
uns para com os outros, do fazermos de conta que não é conosco. “Um novo mandamento lhes dou: amem-se uns aos outros. Como eu os
amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos
outros” (João 13:34-35). “O SENHOR não vê como o homem: o homem
vê a aparência, mas o SENHOR vê o coração” (I Samuel 16:7). “Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será
exaltado” (Mateus 23:12).
Invocar
o nome do Senhor é sermos sal da terra e luz do mundo, como Ele ensinou que
seriamos. “O sal é bom, mas se deixar de
ser salgado, como restaurar o seu sabor? Tenham
sal em vocês mesmos e vivam em paz uns com os outros” (Marcos 9:50). “Vocês
são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um
monte. E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha.
Ao contrário, coloca-se no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que
estão na casa. Assim brilhe a luz de
vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao
Pai de vocês, que está nos céus” (Mateus 5:14-16). “Eu sou a luz do mundo. Quem
me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8:12).
Invocar
o nome do Senhor não é repetirmos de forma papagaiada “em nome de Jesus”, a
torto e a direito, pois isso seria usar Seu nome em vão.
Invocar
o nome do Senhor é, em suma, um ato de nossa vida, sabendo-nos agora vivendo
por e em Cristo. Assim, já não sou eu
quem vive, mas Cristo vive em mim. A
vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se
entregou por mim (Gálatas 2:20).
Vivendo
em Cristo seremos salvos, e invocá-Lo será algo natural em nós!
Agora,
sim, posso compreender claramente o que significa a passagem que aqui uso para
este texto: E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Por
hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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