Provérbios 11:2
Quando vem o orgulho,
chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes.
O
orgulho, aquele que é sinônimo da soberba, é um dos maiores auto-enganos das
pessoas. Orgulho é diferente de autoconfiança, é preciso salientar.
Autoconfiança é uma coisa boa, orgulho/soberba é nocivo a quem o ostenta e
àqueles que cercam quem o ostenta.
Jesus
chamou a atenção para os auto-enganos, quando disse que quem quisesse segui-Lo
teria que negar a si mesmo.
Muitos
acham, erroneamente, que esse “negar a si mesmo” é negar a sua essência, a sua
autenticidade, negar quem se é. Mas é o contrário. Quando negamos a nós mesmos,
negamos o auto-engano, as máscaras que vestimos para disfarçar, para dissuadir,
para agradar, para sermos aceitos por grupos ou sociedades, ambos – grupos e
sociedades – muitas vezes hipócritas.
Durante
nossa vida, vivemos muitos tipos de “eu”. Podemos ser um “eu” em casa, com
nossa família e parentes, outro “eu” no trabalho e na nossa vida em sociedade,
outro “eu” na igreja e com os que comungam da mesma fé que nós, ou, ainda,
tantos diferentes “eu” quanto a vida nos pedir que interpretemos. No fundo, no
fundo, nenhum é o “eu” mesmo, o verdadeiro “eu” que somos. Esse “eu” autêntico,
muitas vezes, fica solapado e enterrado lá no fundo do ser, escondido e
semimorto.
Não
poucas vezes sacrificamos nosso verdadeiro “eu” para que apareça um “eu” que
agrade aos outros, que seja aceito, que não sofra rejeição. Vestimos um
personagem e nos despimos de quem realmente somos. Nos amoldamos aos padrões
dos outros para sermos aceitos, por conveniências, por aparentes vantagens que
o ser assim nos proporciona, sacrificando, aí sim, a nossa autenticidade. Isso
é suicídio espiritual e psicológico!
O
essencial é que sejamos um “eu” só, o Verdadeiro. E o Verdadeiro “eu” renasce
quando nos amoldamos ao “Eu” de Cristo, segundo a Sua vontade.
Mas
é preciso despojar-se do orgulho – que é o “self”, o “si mesmo” e o falso “eu”
que criamos para a sociedade – e revestir-nos da humildade que Jesus nos
ensina. É voltar a ser aquele “eu” que fomos quando crianças – sem
infantilismos, claro –, na autenticidade e na pureza que uma criança tem. Não
foi por acaso que Jesus disse que “para entrarmos no Reino de Deus, só nos
tornando como uma criança”.
Quando
negamos esse personagem que vestimos, esse “self”, esse “si mesmo”, é que
começamos a abrir espaço para nosso verdadeiro “eu” – aquele que interessa a
Cristo.
Ressalvo:
é preciso coragem para isso – e decisão!
Quem
se orgulha de “parecer ser”, sem de fato “ser” quem é, esse está fadado à
queda; nalgum momento cairá. Se “cair em si”, menos mal, pois há esperança de
“cura” psíquica. Mas, se cair sem esperança da Verdade, aí a queda é dolorosa.
E acontece.
Sejamos
humildes para vivermos a sabedoria com a qual Deus nos brinda. Só isso é
realmente Vida.
Por
hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
Saudações,
Kurt Hilbert
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