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domingo, 20 de março de 2016

O Orgulho e o Self


          Provérbios 11:2
          Quando vem o orgulho, chega a desgraça, mas a sabedoria está com os humildes.

          O orgulho, aquele que é sinônimo da soberba, é um dos maiores auto-enganos das pessoas. Orgulho é diferente de autoconfiança, é preciso salientar. Autoconfiança é uma coisa boa, orgulho/soberba é nocivo a quem o ostenta e àqueles que cercam quem o ostenta.
          Jesus chamou a atenção para os auto-enganos, quando disse que quem quisesse segui-Lo teria que negar a si mesmo.
          Muitos acham, erroneamente, que esse “negar a si mesmo” é negar a sua essência, a sua autenticidade, negar quem se é. Mas é o contrário. Quando negamos a nós mesmos, negamos o auto-engano, as máscaras que vestimos para disfarçar, para dissuadir, para agradar, para sermos aceitos por grupos ou sociedades, ambos – grupos e sociedades – muitas vezes hipócritas.
          Durante nossa vida, vivemos muitos tipos de “eu”. Podemos ser um “eu” em casa, com nossa família e parentes, outro “eu” no trabalho e na nossa vida em sociedade, outro “eu” na igreja e com os que comungam da mesma fé que nós, ou, ainda, tantos diferentes “eu” quanto a vida nos pedir que interpretemos. No fundo, no fundo, nenhum é o “eu” mesmo, o verdadeiro “eu” que somos. Esse “eu” autêntico, muitas vezes, fica solapado e enterrado lá no fundo do ser, escondido e semimorto.
          Não poucas vezes sacrificamos nosso verdadeiro “eu” para que apareça um “eu” que agrade aos outros, que seja aceito, que não sofra rejeição. Vestimos um personagem e nos despimos de quem realmente somos. Nos amoldamos aos padrões dos outros para sermos aceitos, por conveniências, por aparentes vantagens que o ser assim nos proporciona, sacrificando, aí sim, a nossa autenticidade. Isso é suicídio espiritual e psicológico!
          O essencial é que sejamos um “eu” só, o Verdadeiro. E o Verdadeiro “eu” renasce quando nos amoldamos ao “Eu” de Cristo, segundo a Sua vontade.
          Mas é preciso despojar-se do orgulho – que é o “self”, o “si mesmo” e o falso “eu” que criamos para a sociedade – e revestir-nos da humildade que Jesus nos ensina. É voltar a ser aquele “eu” que fomos quando crianças – sem infantilismos, claro –, na autenticidade e na pureza que uma criança tem. Não foi por acaso que Jesus disse que “para entrarmos no Reino de Deus, só nos tornando como uma criança”.
          Quando negamos esse personagem que vestimos, esse “self”, esse “si mesmo”, é que começamos a abrir espaço para nosso verdadeiro “eu” – aquele que interessa a Cristo.
          Ressalvo: é preciso coragem para isso – e decisão!
          Quem se orgulha de “parecer ser”, sem de fato “ser” quem é, esse está fadado à queda; nalgum momento cairá. Se “cair em si”, menos mal, pois há esperança de “cura” psíquica. Mas, se cair sem esperança da Verdade, aí a queda é dolorosa. E acontece.
          Sejamos humildes para vivermos a sabedoria com a qual Deus nos brinda. Só isso é realmente Vida.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.
          Saudações,
          Kurt Hilbert

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