Pesquisar neste blog

sexta-feira, 11 de julho de 2014

O Discípulo da Madrugada


Hoje, com a permissão do querido amigo e irmão Kurt, gostaria de usar este espaço para indicar uma leitura, que muito tem a ver com o nome deste blog. Trata-se do livro O Discípulo da Madrugada, do Pe. Fábio de Melo. Um livro dedicado "Aos que não se curvam à servidão da obediência cega. Aos que aceitam peregrinar os caminhos da fé sem nunca abrir mão das regras da inteligência".

Do prólogo:
... Na carta que São Paulo escreve aos Gálatas encontramos os desafios dessa busca. A comunidade da Galácia estava sofrendo com a presença de alguns cristãos judaizantes, homens e mulheres que queriam fazer a comunidade retroceder ao contexto das obrigações cegas da lei judaica. Temos nesse escrito, atribuído ao apóstolo Paulo, uma verdadeira apologia a liberdade. A carta é uma síntese impecável da ação redentora que Cristo realizou na humanidade, libertando-a de todas as amarras e condicionamentos, inclusive os religiosos.
Ser livre não é fácil. É tarefa que nunca termina. A liberdade interior é um dom que carece ser cultivado diariamente. E nem sempre os contextos religiosos favorecem essa liberdade. Por isso a carta aos Gálatas continua sendo um desafio aos dias de hoje. Ela propõe uma liberdade que está longe de ser libertina. A liberdade a que Paulo se refere e salienta é a que proporciona ao ser humano chegar ao coração da obediência, ao significado mais profundo do valor que ela condensa, e o leva a ser obediente sem sentir-se subjugado.
É no coração dessa questão que nosso personagem será inserido. Num determinado momento de sua vida, ao ouvir a pregação de Jesus, esse homem problematiza sua pertença religiosa. Ao tornar-se amigo de Jesus, sente ruir a estrutura que até então dava sentido a sua vida. Desalojado em si mesmo, inicia uma aventura encantadora pelos caminhos da liberdade interior.
Esse personagem tem um pouco de todos nós. Ou muito, não sei. Vamos observa-lo de perto. Pode ser que o conheçamos bem. Pode ser que não. Ou pode ser que a identificação seja tão profunda que, sem receios, possamos dizer; esse sou eu.

... A mais nociva de todas as crueldades é a religiosa. Nada pode ser mais pernicioso que colocar sobre o ódio um manto de santidade...

(do livro "O discípulo da madrugada" de Pe. Fabio de Melo - Editora Planeta)

Boa leitura...
Caleri
"Só iremos nos despojar da vaidosa pretensão de sermos melhores que outros quando sondarmos, sem escrúpulos, a nudez de nossa alma"

Nenhum comentário:

Postar um comentário