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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Passo a Passo Para Fazer Acontecer

Marcos 11:22-24
          Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá”.

          Já escrevi que a Bíblia não é um manual pronto, onde basta apertar um ou dois botões e voilà. Não. Ela necessita do guia chamado Espírito Santo para nos fazer perceber seus passos. Mas, vez ou outra, ela nos indica claramente alguns passos de procedimento para realizarmos algo. E o Espírito nos fala tão claramente que ficamos boquiabertos e nos perguntamos como não vimos isso antes. Mas tudo o que o Senhor nos fala, Ele nos fala, por Sua Palavra, no momento certo.
          A passagem bíblica acima se dá no dia seguinte ao que Jesus havia “amaldiçoado uma figueira”. Aconteceu que Ele e seus discípulos passavam num certo lugar e, à beira do caminho, havia uma figueira. Jesus teve fome e pensou em comer alguns figos, mas, como não era época de figos, a figueira só continha folhas – nada de figos. Diante disso, Jesus falou à figueira que “ninguém mais comesse frutos dela”. Os discípulos ouviram aquilo. No dia seguinte, ao passarem por lá novamente, eis que a figueira estava seca. “Veja”, falaram ao Mestre, “a figueira que amaldiçoaste secou!”
          Façamos um parágrafo aparte aqui. Durante muito tempo fiquei encafifado com aquilo. Por qual motivo Jesus teria amaldiçoado a figueira, uma vez que não era tempo de figos? É claro que ela não poderia ter figos! Ele queria o quê? Coitada da figueira! A pobrezinha não tinha nada a ver com aquilo! Por que amaldiçoá-la? Mas, como Ele não dá ponto sem nó, depois de algum tempo entendi o porque. Simples: Ele queria ensinar aos seus pupilos uma lição ímpar, que eles levariam por toda a vida. E a figueirinha serviu de cobaia, por uma boa causa. Agora sim, eu havia entendido!
          Voltando, Jesus ensinou uma espécie de passo a passo para fazer as coisas acontecerem. Esse passo a passo está no versículo acima, e agora vamos destrinchá-lo.
          Primeiro passo: Ter fé em Deus. Tenham fé em Deus”. A fé é um dom do Espírito Santo, pelo qual devemos pedir em nossas orações; a fé é a certeza do que esperamos e a esperança do que ainda não vemos; sem fé é impossível agradar a Deus; a fé se dá por dar ouvidos à Palavra do Senhor; e a fé é uma prática, um exercício diário. Diário. Não anual, mensal ou semanal. Diário.
          Segundo passo: Dizer, determinar, usar a palavra. “Eu lhes asseguro que se alguém disser...” Esse é um grande “segredo”. Temos que dizer. Falar. Usar a palavra – a nossa palavra. Isaías fala que Deus executa a palavra de seus servos (Isaías 44:26). Então, temos que falar. Falar em oração. Falar a nossa oração. Jesus falou à figueira, lembra? Mas não é falar qualquer palavra. A palavra que falamos deve concordar com a Palavra de Deus. Não podemos esperar sucesso falando diferente do que é a Palavra do Senhor. Exemplo: não adianta querer falar, amaldiçoar algo ou alguém, visto que Jesus nos ensinou a nem mesmo amaldiçoar os inimigos, mas orar favoravelmente por eles. E, antes que alguém diga que Jesus amaldiçoou a pobre figueirinha, lembro que Ele teve uma intenção nobre por trás disso. Se Ele não a tivesse, não estaríamos lendo isso aqui hoje. Mas esse é o segundo passo: dizer, determinar, usar a palavra.
          Terceiro Passo: Não duvidar. “... e não duvidar em seu coração...” Dúvidas anulam o que desejamos, o que pedimos, o que falamos no segundo passo. Mas eu tenho dúvidas, alguém pode dizer. Eu também, respondo. Eu também as tenho. Mas temos que tratar de dissipá-las. Como? Pergunte-se: O que eu pedi em minhas orações, já aconteceu para alguém? Já aconteceu “na Bíblia”? Alguém já testemunhou que viveu essa experiência? O que eu pedi em minhas orações, já sucedeu para alguém em algum lugar do planeta, neste ano, neste mês, nesta semana? Se encontrarmos respostas positivas a essas perguntas, se nos dermos conta que sim, que o que pedimos já aconteceu em algum momento a alguém, então estamos começando a dissipar nossas dúvidas, percebendo que nossos pedidos podem ser possíveis para nós também. Sigamos argumentando conosco mesmos, mostrando a nós mesmos as possibilidades de concretização dos nossos pedidos. Agindo assim, sucessivamente nossas dúvidas vão desaparecendo. É um exercício. Haveria alguma coisa impossível para Deus?
          Quarto passo: Acreditar. Crer que acontecerá o que falamos nas orações. “... mas crer que acontecerá o que diz...” Feito o terceiro passo, trabalhar o quarto se torna mais fácil.  Esse passo está intimamente ligado ao quinto e último passo. Não se surpreenda com a forma como chamei o quinto passo. Você vai logo entender o porque.
          Quinto passo: Fazer de conta! Opa! Como assim, fazer de conta? Usar a imaginação? Sim. Explico: vejamos o que Jesus disse: “Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá”. Vou repetir a parte dessa citação que é a chave do quinto passo: ... já o receberam... O que é crer que já recebemos? Vamos supor que você recebeu uma boa grana. Ela não está ainda em sua conta, só cairá daqui a dois meses, mas você já tem a comprovação de que, dentro de dois meses, essa grana estará em sua conta, em suas mãos. Beleza. O que você faz? É prudente que você não saia por aí comprando antecipadamente, mas seguramente você se pegará várias vezes por dia pensando, fantasiando, imaginando as coisas que você estará fazendo daqui a dois meses. Vai dizer que não?! Mesmo que esses dois meses ainda estejam “no futuro”, na sua imaginação esse “futuro” já estará bem “presente”. É como se fosse agora! Você estará agindo mentalmente como se já o tivesse. É isso. Isso é o que Jesus dizia com “creiam que já o receberam”. E a promessa d’Ele: “E assim lhes sucederá”. Eu fico pensando aqui que Deus, antes de criar o Universo, “imaginou” como ele seria... e assim sucedeu!
          Outro parágrafo aparte. Desculpe ter usado o exemplo da “grana que você poderia receber”. Evidentemente, o ensinamento-mor de Jesus não é materialista. Jesus falava de coisas muito superiores às simples coisas materiais, ainda que Ele não excluísse as coisas materiais, afinal, usando a metáfora do monte – “... se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’...” – Ele se referia tanto a “montes” espirituais como a materiais. Jesus, nos dando esse ensinamento, nele incluía coisas de todas as ordens. Eu usei o exemplo da grana, pois certamente atiçaria mais facilmente a sua imaginação. Mas nós podemos – e devemos – incluir nas nossas orações primordialmente nossos pedidos por amor, paz, perdão, harmonia, fé, alegria, força, etc. Que tenhamos montes disto! E também por saúde, trabalho, prosperidade, afinal, não há nada de errado com isso também. Mas, por favor, tenhamos o cuidado que priorizar o que realmente é mais importante. Feito esse aparte, concluo.
          Vamos recapitular os passos: TER FÉ, FALAR, NÃO DUVIDAR, CRER, AGIR COMO SE JÁ TIVÉSSEMOS. Nossa oração deve conter esses elementos. Nossa vida deve conter esses elementos. Esse é o passo a passo para fazer acontecer.
          E, por favor, sempre agradeçamos por tudo. O agradecimento é a chave para o coração de Deus. Certa vez li nalgum lugar que, se tivéssemos verdadeira e íntima ligação com Deus, nem precisaríamos pedir nada, somente agradeceríamos pelo que sabemos que já temos... Talvez um dia cheguemos a esse nível. Por hora, façamos o passo a passo completo.
          Gostaria de colocar mais uma vez, no parágrafo final, a sentença completa que Jesus ensinou, que é para nos lembrarmos dela sempre.
          Tenham fé em Deus. Eu lhes asseguro que se alguém disser a este monte: ‘Levante-se e atire-se no mar’, e não duvidar em seu coração, mas crer que acontecerá o que diz, assim lhe será feito. Portanto, eu lhes digo: tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá”.

          Por hora é isso, pessoal. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem.

Saudações,
Kurt Hilbert

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