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domingo, 26 de janeiro de 2025

Aumenta a Nossa Fé!


 

Lucas 17:5

Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”

 

Jesus, certa feita, passou a noite inteirinha orando a Deus. Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou apóstolos (Lucas 6:12-13).

Ao designá-los “apóstolos”, Ele os enviava como “mensageiros” d’Ele e dos Seus ensinamentos.

Estes apóstolos – os originais e únicos dentro de todo o contexto cristão – tinham algumas características que os distinguiam dos demais – posteriores – irmãos cristãos.

A primeira característica é que Eles tinham visto Jesus pessoalmente e tinham sido Suas testemunhas oculares e presenciais. Foi assim, dentro deste princípio, que Matias foi escolhido para ocupar o lugar de Judas, segundo as palavras do apóstolo Pedro: “Porque”, prosseguiu Pedro, “está escrito no Livro de Salmos: ‘Fique deserto o seu lugar, e não haja ninguém que nele habite’; e ainda: ‘Que outro ocupe o seu lugar’. Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu entre nós, desde o batismo de João até o dia em que Jesus foi elevado dentre nós às alturas. É preciso que um deles seja conosco testemunha de sua ressurreição (Atos 1:21-22). Mesmo Paulo, que não era um daqueles a quem Jesus escolhera em Seu tempo humano, mas foi escolhido pelo próprio Jesus a posteriori, ele mesmo – Paulo – teve um encontro pessoal com Jesus ressuscitado na Sua aparição no caminho para Damasco: Em sua viagem, quando se aproximava de Damasco, de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você persegue. Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá o que você deve fazer” (Atos 9:3-6). E Paulo recebeu um encargo apostólico especial, para ser o “mensageiro” aos gentios, isto é, àqueles que não eram judeus: “Este homem é meu instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e seus reis, e perante o povo de Israel” (Atos 9:15).

A segunda característica é que os apóstolos originais – e únicos – carregavam em si algumas marcas: As marcas de um apóstolo – sinais, maravilhas e milagres – foram demonstradas entre vocês, com grande perseverança (2º Coríntios 12:12).

Por fim, a Bíblia se refere diretamente aos apóstolos de Jesus em sua quantidade específica: O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (Apocalipse 21:14). Assim, se hoje aparecer alguém ostentando o “título”, “cargo” ou “ministério” de apóstolo, saiba que é um engano. Eu sei, as pessoas podem estar sinceramente acreditando neste “apóstolo” – e, às vezes, o próprio acredita que é um, pois sua denominação eclesiástica assim o ensina –, mas isso não anula o fato de ser um engano, um equívoco.

É preciso dizer que existe o dom apostólico (significando aquele que leva a mensagem), assim como outros dons existem, como de profeta, evangelista, pastor e mestre, mas não o título/cargo/ministério de apóstolo, que foi único e intransferível. E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo (Efésios 4:11-13).

 Bem, fiz este preâmbulo todo falando da autenticidade de um apóstolo, mas não é este o assunto principal deste texto.

O assunto principal deste texto é outro: o aumento da nossa fé!

Percebemos, pela Palavra que uso como mote aqui, que foram os apóstolos que Jesus escolheu pessoalmente que fizeram a Ele um pedido especialíssimo: Aumenta a nossa fé!”

E que pedido maravilhoso, profundo e significativo eles fizeram!

São esses caras, que tiveram tamanha experiência presencial com Jesus, que fizeram um pedido destes! E vale dizer que eles fizeram muitíssimo bem em fazer este pedido!

Então, se esses caras fizeram um pedido destes, pedindo que sua fé fosse aumentada, que diremos nós?

Que direi eu diante disso?

Como está a minha fé?

De que “tamanho” ela é, para necessitar também ser aumentada?

Será que também estou incluído nesta observação de Jesus? “Homens de pequena fé” (Mateus 8:26). Sim, também estou incluído, pois sou de pequena fé.

Será que minha fé está pelo menos do tamanho de um grão de mostarda, este que é um grãozinho tão pequeno? Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível (Mateus 17:20). Sim, se a minha fé estiver do tamanho de um grão de mostarda já será enorme!

Mas posso – e devo – fazer o mesmo pedido dos apóstolos!

Pois, quantas vezes nos apanhamos achando que temos uma fé sólida, inquebrável, firme como uma rocha? Será mesmo que ela está assim? É bom pensar nisso...

Sim, posso e devo fazer o mesmo pedido, todos os dias, e todos os dias de novo, até o fim: “Senhor, aumenta a minha fé!”

Só Ele pode!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 19 de janeiro de 2025

162 – Os Profetas de Baal (1º Reis 18)


 

Depois1(versículo de 1º Reis 18) de um longo tempo, no terceiro ano I da seca, a palavra do SENHOR veio a Elias: “Vá apresentar-se a Acabe, pois enviarei chuva sobre a terra”.

Acabe16 foi ao encontro de Elias. Quando17 viu Elias, disse-lhe: “É você mesmo, perturbador de Israel?”

“Não18 tenho perturbado Israel”, Elias respondeu. “Mas você e a família do seu pai têm. Vocês abandonaram os mandamentos do SENHOR e seguiram os baalins II. Agora19 convoque todo o povo de Israel para encontrar-se comigo no monte Carmelo III. E traga os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas de Aserá, que comem à mesa de Jezabel IV”.

Acabe20 convocou então todo o Israel e reuniu os profetas no monte Carmelo. Elias21 dirigiu-se ao povo e disse: “Até quando vocês vão oscilar entre duas opiniões? Se o SENHOR é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no”.

O povo, porém, nada respondeu.

Então Elias desafiou os profetas de Baal, mandando que sacrificassem um novilho e pedissem ao deus deles que o queimasse.

Então26 pegaram o novilho que lhes foi dado e o prepararam.

E clamaram pelo nome de Baal desde a manhã até o meio-dia. “Ó Baal, responde-nos!”, gritavam. E dançavam em volta do altar que haviam feito. Mas não houve nenhuma resposta; ninguém respondeu.

Ao27 meio-dia Elias começou a zombar deles. “Gritem mais alto!”, dizia, “já que ele é um deus. Quem sabe está meditando, ou ocupado, ou viajando. Talvez esteja dormindo e precise ser despertado”. Então28 passaram a gritar ainda mais alto e a ferir-se com espadas e lanças, de acordo com o costume deles, até sangrarem. Passou29 o meio-dia, e eles continuaram profetizando em transe até a hora do sacrifício da tarde. Mas não houve resposta alguma; ninguém respondeu, ninguém deu atenção.

Então30 Elias disse a todo o povo: “Aproximem-se de mim”. O povo aproximou-se, e Elias reparou o altar do SENHOR, que estava em ruínas. Depois31 apanhou doze pedras, uma para cada tribo dos descendentes de Jacó, a quem a palavra do SENHOR tinha sido dirigida, e disse: “Seu nome será Israel”. Com32 as pedras construiu um altar em honra do nome do SENHOR, e cavou ao redor do altar uma valeta com capacidade de duas medidas(*) de semente. Depois33 arrumou a lenha, cortou o novilho em pedaços e o pôs sobre a lenha. Então lhes disse: “Encham de água quatro jarras grandes e derramem-na sobre o holocausto e sobre a lenha”.

Então38 o fogo do SENHOR caiu e queimou completamente o holocausto, a lenha, as pedras e o chão, e também secou totalmente a água na valeta.

Quando39 o povo viu isso, todos caíram prostrados e gritaram: “O SENHOR é Deus! O SENHOR é Deus!”

Então40 Elias ordenou-lhes: “Prendam os profetas de Baal. Não deixem nenhum escapar!” Eles os prenderam, e Elias os fez descer ao riacho de Quisom e lá os matou.

Enquanto45 isso, nuvens escuras apareceram no céu, começou a ventar e começou a chover forte, e Acabe partiu de carro para Jezreel. O46 poder do SENHOR veio sobre Elias, e este, prendendo a capa com o cinto, correu à frente de Acabe por todo o caminho até Jezreel V.

 

v     Para entender a história

Elias desafia os profetas de Baal para uma disputa entre Deus e Baal. O profeta de Deus, propositadamente, dá todas as vantagens aos adversários, que, apesar disso, são derrotados, e todo Israel testemunha uma demonstração do poder de Deus.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “No terceiro ano” – O reino do norte sofrera três anos sem chuva. Foi esse o castigo de Deus aos israelitas por cultuarem Baal.

                                   II.      Seguiram os baalins” – Havia muitos deuses de nome “Baal”. A palavra significa “amo” ou “possuidor”. Cada localidade dava um sobrenome à sua divindade. Acabe cultuava Baal-Melcarte, o deus de Sidom, a terra natal de sua esposa. Aserá, a consorte de Baal, era a deusa da fertilidade.

                                III.     “Monte Carmelo” – O Carmelo é uma cordilheira que se estende por 21 quilômetros para oeste, indo da região montanhosa de Samaria até a costa mediterrânea. O monte Carmelo domina a paisagem do mar, nas proximidades da moderna Haifa. Os cananeus ergueram na montanha altares ao deus do clima, e foi por isso que Elias escolheu o local para desafiar a autoridade de Baal.

                                IV.     “Que comem à mesa de Jezabel” – Essa posição de honra indica que os profetas de Baal eram conselheiros da corte, e que o culto a esse deus havia se tornado a religião do Estado.

                                   V.     “Jezreel” – Acabe construiu um palácio real em Jezreel, e Jezabel fez dele a sua residência permanente. A cidade fica ao pé do monte Gilboa, cerca de 40 quilômetros do monte Carmelo.

 

(*): “Duas medidas” ou “dois seás”. O “seá” era uma medida de capacidade para secos. As estimativas variam entre 7 e 14 litros.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 12 de janeiro de 2025

Apenas Uma Palavra!


 

Mateus 8:8

“Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado”.

 

Vou tratar de colocar no contexto a Palavra usada hoje como mote para este texto, que encontramos em Mateus 8:5-13, onde diz:

Entrando Jesus em Cafarnaum, dirigiu-se a ele um centurião, pedindo-lhe ajuda. E disse: “Senhor, meu servo está em casa, paralítico, em terrível sofrimento”. Jesus lhe disse: “Eu irei curá-lo”. Respondeu o centurião: “Senhor, não mereço receber-te debaixo do meu teto. Mas dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado. Pois eu também sou homem sujeito à autoridade, com soldados sob o meu comando. Digo a um: ‘Vá’, e ele vai; e a outro: ‘Venha’, e ele vem. Digo a meu servo: ‘Faça isto’, e ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus admirou-se e disse aos que o seguiam: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé. Eu lhes digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no Reino dos céus. Mas os súditos do Reino serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. Então Jesus disse ao centurião: “Vá! Como você creu, assim lhe acontecerá!” Na mesma hora o seu servo foi curado.

É sempre bom descrevermos a cena toda, para que haja uma melhor compreensão e não se usem pontos isolados de forma descontextualizada, para induzir ao engano.

Há muita coisa dita no texto que transcrevi, mas quero, hoje, me ater a um ponto em especial: a fé que o centurião demonstra, a ponto de dizer a Jesus que ele creria em “apenas uma palavra”.

Poderíamos comentar que, num primeiro momento, Jesus Se dispôs a ir junto com o centurião à casa dele, o que mostra como Jesus Se torna disponível e solidário.

Poderíamos comentar ainda que o centurião não se achava digno de receber debaixo do seu teto tão ilustre visita, demonstrando a consciência que ele tinha de si mesmo e de Jesus.

Também poderíamos comentar que o centurião argumenta com Jesus, explicando a Ele de que forma ele reconhecia o princípio de autoridade e, consequentemente, como via em Jesus uma autoridade superior a qualquer outra.

Ou ainda poderíamos comentar sobre o cargo e a patente de um centurião romano, comandante de uma guarnição de uma centena de homens.

Poderíamos comentar também sobre o fato de, naquele contexto histórico e geográfico no tempo/espaço, os romanos estarem dominando militarmente sobre Israel, entre outros países do Oriente Médio e das regiões mediterrâneas.

Ainda, se quiséssemos, poderíamos falar sobre o fato de a estratégia de conquista romana se dar pela iniciativa deles de manterem intactas as instituições políticas e religiosas das terras conquistadas, pois isso facilitava a não formação de revoltas, além de manterem um acordo tácito com os líderes políticos e religiosos de, em troca de favores e privilégios, manterem o povo sob controle. Era uma baita estratégia de domínio!

De tudo isso poderíamos falar. Mas não é esse o ponto aqui. O ponto aqui é a expressão e a convicção em fé expressa em “apenas uma palavra”.

Quero ressaltar, isto sim, a provável formação religiosa deste centurião romano. Ele não era um homem do judaísmo (seria pelos judeus chamado de “gentio”), nem tampouco – porque ainda nem existia esse conceito – era um homem do cristianismo (seria pelos cristãos chamado de “pagão”). Não. Esse centurião era um homem de formação religiosa em cima do panteão de divindades romanas, estas cópias e adaptações do panteão grego, ainda amalgamado pelas religiões sírias, fenícias, babilônicas e persas, todas elas absorvidas desde Alexandre “o Grande” e suas incursões e conquistas militares incomparáveis. Em outras palavras, este centurião, em termos religiosos, era um politeísta de carteirinha.

Nada disso, no entanto, importava para Jesus. Aliás, vale ressaltar que Jesus jamais lidou com religiões ou religiosidades; Jesus lidava com pessoas!

E agora quero ir ao ponto onde quero chegar: Para este centurião romano, “apenas uma palavra” de Jesus era suficiente para promover o milagre, para promover a transformação e a conversão de um estado de doença para um estado de perfeita saúde!

Esta atitude e posição de coração deste homem foram capazes de causar admiração em Jesus! Sim, ele causou admiração em Deus! Diante desta constatação, o Senhor exclama: “Digo-lhes a verdade: Não encontrei em Israel ninguém com tamanha fé”.

Quero enfatizar aqui: Deus Se admira e Se alegra com uma genuína demonstração de fé!

Dize apenas uma palavra, e o meu servo será curado”.

E o ponto ao qual quero chegar é especialmente este: Quantas vezes nós estamos diante de uma Palavra de Deus e não cremos?

Falo por mim, assim como creio que falo por você que aqui me dá a alegria de ler...

Quantas vezes eu oro e peço ao Senhor uma Palavra de orientação? Ou uma Palavra de fé? Ou uma Palavra de cura?

E aí, quando a recebo – pois há dezenas delas na Bíblia que me respondem à oração! – eu não creio!

E então digo a mim mesmo, como que dizendo a Deus: Senhor, OK, a resposta está aí, mas será que é isso mesmo?

Simplesmente não creio!

E me envergonho de não crer... Por isso, vale para mim tanto esta palavra de um pai que vai pedir a Jesus que ajude o seu filho: “Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!” (Marcos 9:24).

Quero que este centurião romano – nada judeu, nada cristão, nada coisa alguma, mas de uma fé admirável! – me sirva de inspiração a dizer: “Senhor, dize apenas uma palavra, que eu creio!”

Assim oro por mim!

Assim oro por você!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 5 de janeiro de 2025

161 – O Rei Acabe e Elias (1º Reis 16 – 17)


 

Acabe30(versículo de 1º Reis 16) filho de Onri, fez o que o SENHOR reprova, mais do que qualquer outro antes dele. Ele31 não apenas achou que não tinha importância cometer os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, mas também se casou com Jezabel I, filha de Etbaal, rei dos sidônios, e passou a prestar culto a Baal e adorá-lo. No32 templo de Baal II, que ele mesmo tinha construído em Samaria III, Acabe ergueu um altar para Baal.

Ora,1(versículo de 1º Reis 17) Elias, o tesbita da Tisbe de Gileade, disse a Acabe: “Juro pelo nome do SENHOR, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho IV nem chuva V nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra”.

Depois2 disso a palavra do SENHOR veio a Elias: “Saia3 daqui, vá para o leste e esconda-se perto do riacho de Querite, a leste do Jordão. Você4 beberá do riacho, e dei ordens aos corvos para o alimentarem lá”.

E5 ele fez o que o SENHOR lhe tinha dito. Foi para o riacho de Querite, a leste do Jordão, e ficou por lá. Os6 corvos lhe traziam pão e carne de manhã e de tarde, e ele bebia água do riacho.

Algum7 tempo depois, o riacho secou-se por falta de chuva. Então8 a palavra do SENHOR veio a Elias: “Vá9 imediatamente para a cidade de Sarepta de Sidom VI e fique por lá. Ordenei a uma viúva daquele lugar que lhe forneça comida”. E10 ele foi. Quando chegou à porta da cidade, encontrou uma viúva que estava colhendo gravetos.

Elias pediu-lhe pão e água. Ela disse que a sua família estava passando fome, e tudo o que tinha era um pouco de azeite e farinha. Elias pediu que assasse um bolo para ele e garantiu a ela que o azeite e a farinha durariam até a chuva chegar.

Ela15 foi e fez conforme Elias lhe dissera. E aconteceu que a comida durou todos os dias para Elias e para a mulher e sua família.

Algum17 tempo depois o filho da mulher, dona da casa, ficou doente, foi piorando e finalmente parou de respirar. E18 a mulher reclamou a Elias: “Que foi que eu te fiz, ó homem de Deus? Vieste para lembrar-me do meu pecado e matar o meu filho?”

“Dê-me19 o seu filho”, respondeu Elias. Ele o apanhou dos braços dela, levou-o para o quarto de cima onde estava hospedado, e o pôs em cima da cama. Então21 ele se deitou sobre o menino três vezes e clamou ao SENHOR: “Ó SENHOR, meu Deus, faze voltar a vida a este menino!”

O22 SENHOR ouviu o clamor de Elias, e a vida voltou ao menino, e ele viveu.

Então24 a mulher disse a Elias: “Agora sei que tu és um homem de Deus e que a palavra do SENHOR, vinda da tua boca, é a verdade”.

 

v     Para entender a história

Sob a influência de Jezabel, o rei Acabe faz a vida religiosa do reino do norte atingir um nível de degradação sem precedentes. Retendo as chuvas, Deus mostra a impotência de seus oponentes. Enquanto os israelitas sofrem por causa da falta de fé, uma sidônia é recompensada por ter confiado e acaba declarando a sua crença no Deus de Israel.

 

v     Curiosidades

                                      I.     “Casou com Jezabel” – O casamento de Acabe selou uma aliança política com o rei de Sidom, uma cidade-estado fenícia que ficava ao longo da costa do atual Líbano. Isso deu a Acabe um aliado nas fronteiras do noroeste do seu reino.

                                   II.      “Templo de Baal” – O “Baal” do reinado de Acabe era o deus fenício Melcarte. Acabe foi influenciado enormemente por Jezabel a adorar o seu deus. Ela tentou instituir a adoração a Baal como a religião de Israel. Matou profetas de Deus (1⁰ Reis 18:4) e os substituiu por sacerdotes sidônios de Baal.

                                III.     “Samaria” – Acabe construiu o templo de Baal no coração do reino do norte. Samaria foi oficializada como a capital de Israel pelo rei Onri, pai de Acabe. Este terminou e embelezou a cidade. Os restos de seu palácio revelam um prédio feito com pedras brancas revestidas de marfim (1⁰ Reis 22:39).

                                IV.     “Não cairá orvalho” – Em Israel, o orvalho era uma importante fonte de água, principalmente nas áreas em que pouco chovia. A umidade do Mediterrâneo esfriava durante a noite e caía em forma de orvalho. Em alguns lugares, o orvalho era responsável por um quarto do abastecimento de água.

                                   V.     “Nem chuva” – Essa foi uma demonstração da supremacia de Deus. Baal era um deus do clima, cujo emblema era um relâmpago. Ele era cultuado como o fornecedor da chuva para regar as plantações. Uma seca significava fome para Israel.

                                VI.     “Sidom” – Deus mandou Elias para a terra natal de Jezabel. Alimentando o seu profeta na terra-mãe de Baal, Deus provou a impotência dessa divindade pagã.

 

- O corvo: Um corvo foi a primeira ave que Noé soltou da arca. Deus utiliza esse carniceiro da natureza como um instrumento da graça divina. Ele sustenta Elias de forma miraculosa, lembrando a maneira pela qual sustentou os israelitas com maná, durante os anos em que vagaram pelo deserto.

- O profeta Elias: A idolatria era amplamente praticada durante o reinado de Acabe (874 – 853 a.C.). O povo de Deus fora desencaminhado por causa do mau exemplo dado pelo seu rei. Elias era o profeta de Deus. Dedicou a vida ao combate à idolatria de Baal. Sua mensagem era o total compromisso com Deus e seus mandamentos.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.