João
1:1-3
No
princípio era aquele que é a Palavra.
Ele estava com Deus, e era Deus. Ele
estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele;
sem ele, nada do que existe teria sido feito.
O Evangelho segundo
João nos traz muita luz sobre Quem É Jesus, o Cristo, logo no seu primeiro
capítulo.
Separando aqui, como
base para este texto, apenas os seus três primeiros versículos, temos a
centralidade do Cristo em tudo!
Começa se dizendo que
o Cristo é a Palavra. Ora, isto é de um fundamento absoluto, uma vez
que, em o Cristo se tornando humano em Jesus de Nazaré, a Palavra de Deus se
torna andante no meio dos homens, torna-se um homem e convive (vive com) os
homens!
Segue o apóstolo João
dizendo que o Cristo/a Palavra era Deus. Não só era como É, uma vez
que “céus e terra passarão”, mas Ele não passa, isto é, É absoluto e
permanentemente eterno!
Em se dizendo que Ele estava com Deus no princípio, afirma-se
a Sua unidade com Deus – o Pai – e a Sua santa simbiose, uma vez que Ele mesmo dizia
“eu
e o Pai somos um” (João 10:30).
Se todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, isto significa que Ele É o agente que torna o que não era no que é, a
Palavra em concretude, o projeto em objeto, o propósito em vida!
Segue se dizendo que sem ele, nada do que existe teria sido feito.
Em outras palavras: sem o Cristo desde sempre e, depois, tornado Jesus de
Nazaré, nada – absolutamente nada! – haveria. Nem eu, nem você, nem coisa
alguma!
Parando nestes três
primeiros versículos – poderíamos ir muito adiante! – já temos a base das
bases, a noção de tudo o que há para se ter, para início de conversa, e para
chegarmos a uma revelação total/final/absoluta: Jesus é o centro de tudo!
Dito isto, vamos
àquilo que quero falar aqui neste texto: a centralidade de Jesus na leitura – e
interpretação/revelação – da Bíblia.
Quando leio a Bíblia,
ato diariamente salutar para uma boa alimentação da alma, devo ter esta noção
bem clara: Jesus é a chave hermenêutica – de interpretação – do que leio.
Começo por ler os
quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Ali me está contado de Jesus
tudo o que sobre Jesus preciso saber. Ali tenho noção clara de Quem Jesus era,
como Ele pensava, como Ele agia com as pessoas e com a vida, e o que Ele
ensinava, por palavras, ações e exemplos. Ali Jesus me é dado a conhecer.
Conhecendo a Jesus, leio
os princípios da Igreja nos Atos dos Apóstolos, bem como a doutrina dos
apóstolos, descrita nas cartas, desde Romanos até o Apocalipse. Tendo lido o
Novo Testamento, tenho base e estofo para ler o Antigo.
Tendo agora base e
estofo para ler o Antigo Testamento, e tendo, como disse acima, Jesus como
chave de interpretação, fico seguro para prosseguir. Do Antigo Testamento,
aquilo que se coaduna e parece com Jesus, é Palavra eterna; o que difere d’Ele,
é apenas informação de contexto, útil para a compreensão do todo. Assim, fica
gravado em minha mente/alma/ser aquilo que É Jesus nos antigos escritos.
Jesus é o centro. Em
volta d’Ele, orbitam os apóstolos e os Seus ensinos no Novo Testamento. Em
volta do Novo Testamento, orbita tudo o que consta no Antigo Testamento.
Desta forma, partindo
de “fora para dentro”, daquilo que consta no Antigo Testamento, tudo o que se
coaduna com Jesus permanece; o que não se coaduna, se desprende e vai.
Inclusive no Novo Testamento, da doutrina dos apóstolos: o que é segundo Jesus,
Seus ensinamentos e exemplos, permanece; o que eventualmente não é, se desprende e vai. E,
por fim, no centro, Jesus, o Cristo de Deus, a chave para a interpretação da
Bíblia – e de toda a vida!
Da minha parte posso,
aqui, corroborar o apóstolo Paulo, que diz: “Sejam fortalecidos em seu coração, estejam unidos em amor e alcancem
toda a riqueza do pleno entendimento,
a fim de conhecerem plenamente o
mistério de Deus, a saber, Cristo.
Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria
e do conhecimento (Colossenses
2:2-3).
É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert
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