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domingo, 25 de agosto de 2024

Falar Com Deus e Ouvir Sua Resposta


 

Salmo 119:26

A ti relatei os meus caminhos e tu me respondeste; ensina-me os teus decretos.

 

A título de curiosidade, o Salmo 119 é o mais longo Salmo, além de ser o mais longo capítulo da Bíblia; e localiza-se bem próximo do “meio” da Bíblia. Faça o teste: abra sua Bíblia bem no meio e veja se não cai no Salmo 119 – ou bem próximo dele. (Já falei disso em outros textos, mas, em assim sendo, não custa falar novamente).

Indo agora ao ponto, nesta passagem usada aqui como tema, o salmista conta que relatou seus caminhos a Deus, que lhe respondeu.

Poderíamos nos perguntar: De que forma se relata algo a Deus? Bem, primeiro, de forma absoluta não se tem necessidade de relatar nada a Ele, a título de informar-Lhe de algo, uma vez que Deus sabe de tudo. A forma de se relatar – ou contar algo, ou falar com Deus – é pela oração. E orar é necessário. Jesus insistiu muito nesse ponto, falando da importância de se orar a Deus! Assim, o ato de se relatar algo a Deus significa conversar com Ele, orar, seja em palavras audíveis ou em pensamentos. É a essa conversa que chamamos de oração. E relatar, falar, conversar com Deus através da oração serve também para que nós nos “ouçamos”, pensemos sobre nossas necessidades, desejos, anseios e agradecimentos. A oração também é terapêutica, isto é, é um exercício de autoconhecimento.

Jesus ensinou, volto a dizer, a pedido de Seus próprios discípulos, que devemos orar, que devemos conversar com Deus: Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo terminado, um dos seus discípulos lhe disse: “Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele” (Lucas 11:1). E Ele ensinou que devemos orar de preferência em local e de forma que tenhamos privacidade: “Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mateus 6:6). Quando Ele fala de orar no quarto, em secreto, Ele fala de privacidade e de não-interrupção principalmente. E ensinou a orar simples, sem formulismos: “E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos” (Mateus 6:7). E nos tranquilizou também sobre o fato de Deus já saber da nossa oração: O seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de o pedirem” (Mateus 6:8). Além disso, Ele ensinava a perseverança na oração: Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar (Lucas 18:1). E ensinou também a crer que somos ouvidos e atendidos: Tudo o que vocês pedirem em oração, creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá (Marcos 11:24). Mas para que isso aconteça, ensinava Ele, temos que perdoar: “E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados. Mas se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados” (Marcos 11:25-26).

Jesus mesmo, muitas vezes, Se isolava para orar: Jesus retirava-se para lugares solitários, e orava (Lucas 5:16).

O salmista segue dizendo que Deus lhe respondeu. O Senhor nos responde, sim. Como? Por Sua Palavra, que encontramos na Bíblia, pela pregação da Palavra que podemos ouvir quando nos reunimos em nome do Senhor, ou por outros meios, no dia a dia, tais como pessoas ou situações.

Seja como for, quando Deus nos responde, Ele nos faz perceber que é uma resposta Sua. Para que não façamos confusão, temos que saber que uma resposta divina somente é uma resposta divina se ela se coaduna com o que Sua Palavra diz. Dito de outra forma: Deus não nos diz nada diferente do que encontramos na Bíblia. Por isso é importante seguirmos o exemplo dos irmãos de Bereia: Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo (Atos 17:11). Sim, temos que checar nas Escrituras se é assim mesmo.

Ainda, é interessante perceber que o salmista diz que Deus lhe respondeu, mas não detalha qual resposta foi – até porque pode ter sido uma questão pessoal dele –, nem mesmo ele havia pedido esta ou aquela resposta em específico. Ele somente arremata dizendo que, em Deus lhe respondendo, ele – o salmista – pede apenas que Deus lhe ensine os Seus decretos. Isso é muito significativo! Aprendemos com isso que a resposta divina às nossas orações deve ser sempre dentro do que Ele julga melhor para nós, e para que possamos aprender com Ele.

“Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o SENHOR. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos (Isaías 55:8-9).

“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês”, diz o SENHOR, “planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar danos, planos de dar-lhes esperança e um futuro (Jeremias 29:11).

Alegrem-se sempre. Orem continuamente. Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus (1º Tessalonicenses 5:16-18).

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

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