Deuteronômio
4:2
“Nada acrescentem às palavras que eu
lhes ordeno e delas nada retirem,
mas obedeçam aos mandamentos do SENHOR, o seu Deus, que eu lhes ordeno”.
A palavra-base para
este texto foi dada no Antigo Testamento, mas, como se coaduna como o modo de
ser de Jesus – que é nossa chave de interpretação das Escrituras – é válida
também para hoje.
Esta mesma Palavra em
Deuteronômio encontra eco no final das Escrituras, no Novo Testamento: Declaro a todos os que ouvem as palavras da
profecia deste livro: Se alguém lhe
acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. Se
alguém tirar alguma palavra deste
livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade
santa, que são descritas neste livro (Apocalipse 22:18-19).
O apóstolo Paulo,
escrevendo ao seu pupilo Timóteo, fala da utilidade das Escrituras como base inspirada
para aprendizados e para nos preparar para a boa obra do Senhor: Toda
a Escritura é inspirada por Deus
e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na
justiça, para que o homem de Deus seja apto
e plenamente preparado para toda boa obra (2º Timóteo 3:16-17).
E ele aconselhava que
a prática da sua leitura seria salutar para a Igreja: Até a minha chegada, dedique-se
à leitura pública da Escritura,
à exortação e ao ensino (1º Timóteo 4:13).
E também, as
Escrituras eram deveras úteis – e são ainda – diante da exposição da pregação
da Palavra, pois servem de parâmetro para o que é e o que não é, como aconteceu
em Bereia: Os bereanos eram mais nobres do que os
tessalonicenses, pois receberam a
mensagem com grande interesse, examinando
todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo (Atos
17:11).
No meio cristão há,
frequentemente, o hábito de acréscimos e interpolações à Palavra, ou dela é
subtraído algo, ambos os casos por conveniências ou inconveniências. Quando
convém ou não convém, adita-se ou subtrai-se algo.
No entanto, a Palavra
é clara: não se deve acrescentar nem tirar, mas obedecer em amor e confiança!
Isso não é tirania
divina, nem algo para botar medo nas pessoas. Quando não se compreende o amor
de Deus, pode-se pensar em medo, mas quando se o compreende, sabe-se que o
Senhor colocou a Sua Palavra para nos ensinar, sob o ponto de vista da Sua
sabedoria, infinitamente maior que a nossa!
É agora, para nós, uma
questão de confiar em Deus. Mesmo que haja – e há – algo que não compreendo das
Escrituras, sei em Quem creio e n’Ele confio. No momento certo, o que ainda não
entendo, entenderei.
Veja o que Deus nos
fala sobre os Seus pensamentos e sobre os efeitos da Sua Palavra: “Pois os meus pensamentos não são os
pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o SENHOR. “Assim como os céus
são mais altos do que a terra,
também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que
os seus pensamentos. Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não
voltam para eles sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela
produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com
a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o
propósito para o qual a enviei” (Isaías 55:8-11).
Ainda, sobre os
pensamentos divinos, veja a divina inspiração que Ele nos transmite: “Se acatarem a minha repreensão, eu lhes
darei um espírito de sabedoria e lhes revelarei os meus pensamentos”
(Provérbios 1:23).
E sobre os
ensinamentos divinos e sobre se vir a conhecer a Deus: Meu filho, se você aceitar as
minhas palavras e guardar no coração
os meus mandamentos; se der ouvidos
à sabedoria e inclinar o coração
para o discernimento; se clamar por
entendimento e por discernimento
gritar bem alto; se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o SENHOR
e achará o conhecimento de Deus
(Provérbios 2:1-5).
Voltando a falar sobre
acrescentar ou tirar algo da Palavra do Senhor, estou tocando nesse ponto, pois
há práticas, especialmente das igrejas, sejam tradicionais ou novas, onde se
inventam coisas sem base bíblica, ou se isola determinado ponto ou passagem,
fora do seu contexto, para criar as mais malucas invencionices!
Para quem não tem o
hábito de frequentar igrejas, basta zapear na TV, em canais ou programas
religiosos, para se dar conta disso. Vejo coisas bizarras sendo apresentadas
sob a égide da igreja, mas que em nada refletem os ensinamentos de Jesus.
Jesus mesmo falou aos
religiosos do Seu tempo sobre invenções segundo tradições humanas, mas
destituídas da autoridade divina: “Bem profetizou Isaías acerca de vocês,
hipócritas; como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão
me adoram; seus ensinamentos não passam
de regras ensinadas por homens’. Vocês negligenciam
os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens” (Marcos
7:6-8).
Voltando a nós e ao
nosso tempo: Como evitar sermos enganados pelas invencionices, decorrentes de
se acrescentar ou tirar algo das Escrituras? Simples: Fazendo como os bereanos,
que citei acima, neste texto: examinando todos os dias as Escrituras.
Fazendo isso, saberemos o que é real e o que é invencionice.
O problema é que,
muitas vezes, temos preguiça de fazê-lo...
É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert
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