Pesquisar neste blog

domingo, 28 de julho de 2024

Perdoar é a Nossa Natureza


 

Mateus 6:14-15

“Se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.

 

Esta fala de Jesus se dá logo após o Senhor ensinar como se deve orar, no que ficou popularmente conhecido como “a oração do Pai Nosso”:

“Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém” (Mateus 6:9-13).

É interessante perceber que na sequência Ele fala de perdão, como se este estivesse diretamente vinculado ao “efeito” da oração ensinada – e está!

Assim, Ele ensina que o perdão deve ser a natureza de um discípulo Seu.

Jesus ensina uma consequência direta do perdão e do não-perdão: se perdoarmos, seremos perdoados; se não perdoarmos, não seremos perdoados.

Creio que a maioria se esquece – ou nunca percebeu – esta regra de causa/efeito!

Ainda que na oração Ele ensinasse o nosso pedido ao Pai “perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, logo depois Ele enfatiza esse significado novamente: Se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.

Espero que não nos esqueçamos mais disso!

Esse ato-perdão pode e deve ser no chão da vida real, a cada dia e, de forma contínua, durante a vida toda. Quando nos dispomos a perdoar a cada dia aquilo que nos acomete, causado por pessoas ou mesmo por circunstâncias, vamos dormir em paz.

Importante lembrar: devemos perdoar pessoas e devemos também perdoar circunstâncias e situações da vida.

Quando não conseguimos perdoar pessoas e situações do dia a dia, vamos dormir com esse peso, e ele se impregna em nosso sono. Já não aconteceu de termos um sono conturbado e, depois, nos lembrarmos que fomos dormir profundamente contrariados pelo que houve no dia?

Quando Jesus diz que, segundo agimos com nosso próximo, o Pai nos perdoa ou não nos perdoa, Ele ensina que a vida será assim. Uma vida permeada por perdão é muito mais leve!

Quando podemos perdoar aos outros – e nos perdoar a nós mesmos – a leveza da alma se fará sentir, tanto pelos outros como por nós mesmos.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos da igreja em Éfeso, citando o Salmo 4:4, diz: “Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apazíguem a sua ira antes que o sol se ponha. Assim, ele ensina que nenhum assunto rancoroso deve ser deixado para resolver amanhã – que o resolvamos hoje, e durmamos em paz!

A vida nos tratará assim como tratamos a vida.

Lembremos sempre: perdoamos, porque Deus já nos tem perdoado; amamos, pois Deus, já de antemão, nos tem amado!

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 21 de julho de 2024

150 – Davi Rei de Israel (2º Samuel 2 – 5)


 

Passado1(versículo de 2º Samuel 2) algum tempo, Davi perguntou ao SENHOR: “Devo ir para uma das cidades de Judá?” O SENHOR respondeu que sim, e Davi perguntou para qual delas.

“Para Hebrom I, respondeu o SENHOR.

Então2 Davi foi para Hebrom com suas duas mulheres, Ainoã, de Jezreel e Abigail, viúva de Nabal, o carmelita. Davi3 também levou os homens que o acompanhavam, cada um com sua família, e estabeleceram-se em Hebrom e nos povoados vizinhos. Então4 os homens de Judá foram a Hebrom e ali ungiram Davi rei da tribo de Judá.

Enquanto8 isso, Abner, filho de Ner II, comandante do exército de Saul, levou Is-Bosete, filho de Saul, a Maanaim, onde9 o proclamou rei sobre Gileade, Assuri, Jezreel, Efraim, Benjamim e sobre todo o Israel.

Is-Bosete10, filho de Saul, tinha quarenta anos de idade quando começou a reinar em Israel, e reinou dois anos. A tribo de Judá, entretanto, seguia Davi, que11 a governou por sete anos e seis meses, em Hebrom.

Seguiu-se uma longa guerra civil. Mas a oposição a Davi esfacelou-se depois que Abner e Is-Bosete foram assassinados. Davi condenou publicamente esses crimes.

Representantes1(versículo de 2º Samuel 5) de todas as tribos de Israel foram dizer a Davi, em Hebrom: “Somos sangue do teu sangue. No2 passado, mesmo quando Saul era rei, eras tu quem liderava Israel em suas batalhas. E o SENHOR te disse: ‘Você pastoreará o meu povo Israel, e será o seu governante’”.

Então3 todas as autoridades de Israel foram ao encontro do rei Davi em Hebrom, e ele fez um acordo com eles em Hebrom perante o SENHOR, e eles ungiram Davi rei de Israel.

O6 rei e seus soldados marcharam para Jerusalém para atacar os jebuseus que viviam lá. E os jebuseus disseram a Davi: “Você não entrará aqui! Até os cegos e os aleijados podem se defender de você”. Eles achavam que Davi não conseguiria entrar, mas7 Davi conquistou a fortaleza de Sião III, que veio a ser a cidade de Davi.

Naquele8 dia disse Davi: “Quem quiser vencer os jebuseus terá que utilizar a passagem de água para chegar àqueles cegos e aleijados, inimigos de Davi”. É por isso que dizem: “Os ‘cegos e aleijados’ não entrarão no palácio”.

Davi9 passou a morar na fortaleza e chamou-a cidade de Davi. Construiu defesas na parte interna da cidade desde os muros de arrimo. E10 foi se tornando cada vez mais poderoso, pois o SENHOR Deus dos Exércitos estava com ele.

Pouco11 depois Hirão, rei de Tiro, enviou a Davi uma delegação, que trouxe toras de cedro, e também carpinteiros e pedreiros que construíram um palácio para Davi. Então12 Davi teve certeza de que o SENHOR o confirmara como rei de Israel e que seu reino estava prosperando por amor de seu povo Israel.

Depois13 de mudar-se de Hebrom para Jerusalém, Davi tomou mais concubinas e esposas IV, e gerou mais filhos e filhas.

 

v     Para entender a história

Apesar de os assassinatos de Abner e Is-Bosete terem ocorrido sem o conhecimento de Davi, a morte dos dois limpou o caminho para que ele se tornasse rei. Davi monta o alicerce de uma nova dinastia. A conquista de Jerusalém é o primeiro passo para a instalação de uma duradoura capital política e religiosa para Israel.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Para Hebrom – Hebrom foi uma boa opção para a volta de Davi a Israel. Ficava estrategicamente bem situada – no alto das colinas de Judá, a terra natal de Davi – e o povo de Hebrom tinha ajudado Davi durante os seus anos como proscrito. Foi em Hebrom que Abraão comprou, dos hititas, a caverna de Macpela para ser o túmulo da família.

                                   II.      Abner, filho de Ner – Abner era sobrinho de Saul e apoiou Is-Bosete como o sucessor dele. Posteriormente, os dois brigaram, e Abner mudou de lado. Mas Joabe, o comandante do exército de Davi, não confiou nos motivos de Abner e o assassinou.

                                III.     “A fortaleza de Sião” – Esta é a primeira menção à palavra Sião e refere-se à cidadela fortificada à época da conquista de Davi. O uso da palavra foi se expandindo, com o tempo, e incluiu o monte do Templo construído por Salomão, Jerusalém, como capital religiosa, a terra de Judá e, finalmente, toda a nação israelita.

                                IV.     “Davi tomou mais concubinas e esposas” – As negociações de Davi com Abner incluíram a volta de Mical, sua primeira esposa, que Saul tinha dado a um outro homem. Como filha de Saul, Mical reforçava a pretensão de Davi ao trono. Durante o exílio, Davi tomou mais duas esposas, Abigail e Ainoã. As esposas de um rei refletiam a sua posição. Entretanto, Deus havia proibido expressamente um rei de Israel de ter muitas esposas “ou o seu coração ficará desviado” (Deuteronômio 17:17).

 

- Hebrom: A moderna cidade de Haram El-Khalil fica atualmente sobre o local onde, segundo a tradição, está o túmulo de Abraão. O nome significa “terra sagrada do amigo”, porque Abraão era “o amigo de Deus”.

- A conquista de Jerusalém: A cidade que Davi tornou sua era um território neutro entre as tribos do norte e do sul. Tratava-se de uma antiga cidade cananeia chamada Jebus. A localização da cidade, num planalto cercado de profundos desfiladeiros, frustrou várias tentativas de conquistá-la feitas pelos israelitas. Por esse motivo, os jebuseus se vangloriaram dizendo que até “cegos e aleijados” podiam defender a cidade. Davi teve acesso à cidade pela galeria que trazia água de uma fonte em Giom, localizada no vale.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.

domingo, 14 de julho de 2024

Nem Acrescentar Nem Tirar


 

Deuteronômio 4:2

Nada acrescentem às palavras que eu lhes ordeno e delas nada retirem, mas obedeçam aos mandamentos do SENHOR, o seu Deus, que eu lhes ordeno”.

 

A palavra-base para este texto foi dada no Antigo Testamento, mas, como se coaduna como o modo de ser de Jesus – que é nossa chave de interpretação das Escrituras – é válida também para hoje.

Esta mesma Palavra em Deuteronômio encontra eco no final das Escrituras, no Novo Testamento: Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. Se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida e na cidade santa, que são descritas neste livro (Apocalipse 22:18-19).

O apóstolo Paulo, escrevendo ao seu pupilo Timóteo, fala da utilidade das Escrituras como base inspirada para aprendizados e para nos preparar para a boa obra do Senhor: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2º Timóteo 3:16-17).

E ele aconselhava que a prática da sua leitura seria salutar para a Igreja: Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino (1º Timóteo 4:13).

E também, as Escrituras eram deveras úteis – e são ainda – diante da exposição da pregação da Palavra, pois servem de parâmetro para o que é e o que não é, como aconteceu em Bereia: Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo (Atos 17:11).

No meio cristão há, frequentemente, o hábito de acréscimos e interpolações à Palavra, ou dela é subtraído algo, ambos os casos por conveniências ou inconveniências. Quando convém ou não convém, adita-se ou subtrai-se algo.

No entanto, a Palavra é clara: não se deve acrescentar nem tirar, mas obedecer em amor e confiança!

Isso não é tirania divina, nem algo para botar medo nas pessoas. Quando não se compreende o amor de Deus, pode-se pensar em medo, mas quando se o compreende, sabe-se que o Senhor colocou a Sua Palavra para nos ensinar, sob o ponto de vista da Sua sabedoria, infinitamente maior que a nossa!

É agora, para nós, uma questão de confiar em Deus. Mesmo que haja – e há – algo que não compreendo das Escrituras, sei em Quem creio e n’Ele confio. No momento certo, o que ainda não entendo, entenderei.

Veja o que Deus nos fala sobre os Seus pensamentos e sobre os efeitos da Sua Palavra: “Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”, declara o SENHOR. “Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos. Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para eles sem regarem a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei (Isaías 55:8-11).

Ainda, sobre os pensamentos divinos, veja a divina inspiração que Ele nos transmite: “Se acatarem a minha repreensão, eu lhes darei um espírito de sabedoria e lhes revelarei os meus pensamentos (Provérbios 1:23).

E sobre os ensinamentos divinos e sobre se vir a conhecer a Deus: Meu filho, se você aceitar as minhas palavras e guardar no coração os meus mandamentos; se der ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento; se clamar por entendimento e por discernimento gritar bem alto; se procurar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o SENHOR e achará o conhecimento de Deus (Provérbios 2:1-5).

Voltando a falar sobre acrescentar ou tirar algo da Palavra do Senhor, estou tocando nesse ponto, pois há práticas, especialmente das igrejas, sejam tradicionais ou novas, onde se inventam coisas sem base bíblica, ou se isola determinado ponto ou passagem, fora do seu contexto, para criar as mais malucas invencionices!

Para quem não tem o hábito de frequentar igrejas, basta zapear na TV, em canais ou programas religiosos, para se dar conta disso. Vejo coisas bizarras sendo apresentadas sob a égide da igreja, mas que em nada refletem os ensinamentos de Jesus.

Jesus mesmo falou aos religiosos do Seu tempo sobre invenções segundo tradições humanas, mas destituídas da autoridade divina: “Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: ‘Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens’. Vocês negligenciam os mandamentos de Deus e se apegam às tradições dos homens (Marcos 7:6-8).

Voltando a nós e ao nosso tempo: Como evitar sermos enganados pelas invencionices, decorrentes de se acrescentar ou tirar algo das Escrituras? Simples: Fazendo como os bereanos, que citei acima, neste texto: examinando todos os dias as Escrituras. Fazendo isso, saberemos o que é real e o que é invencionice.

O problema é que, muitas vezes, temos preguiça de fazê-lo...

 

É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos acompanhem!

Saudações,

Kurt Hilbert

domingo, 7 de julho de 2024

149 – Saul e a Médium de En-Dor (1º Samuel 28 – 31)


 

Samuel3(versículo de 1º Samuel 28) já havia morrido, e todo o Israel o havia pranteado I e sepultado em Ramá, sua cidade natal. Saul havia expulsado do país os médiuns e os que consultavam os espíritos II.

Depois4 que os filisteus se reuniram, vieram e acamparam em Suném, enquanto Saul reunia todos os israelitas e acampava em Gilboa. Quando5 Saul viu o acampamento filisteu, teve medo; ficou apavorado. Ele6 consultou o SENHOR, mas este não lhe respondeu nem por sonhos nem por Urim III nem por profetas. Então7 Saul disse aos seus auxiliares: “Procurem uma mulher que invoca espíritos, para que eu a consulte”.

Eles disseram: “Existe uma em En-Dor IV”.

Saul8 então se disfarçou, vestindo outras roupas, e foi à noite, com dois homens, até a casa da mulher. Ele disse a ela: “Invoque um espírito para mim, fazendo subir aquele cujo nome eu disser”.

A9 mulher, porém, lhe disse: “Certamente você sabe o que Saul fez. Ele eliminou os médiuns e os que consultam os espíritos da terra de Israel. Por que você está preparando uma armadilha contra mim que me levará à morte?”

Saul10 jurou-lhe pelo SENHOR: “Juro pelo nome do SENHOR que você não será punida por isso”.

“Quem11 devo fazer subir?”, perguntou a mulher.

Ele respondeu: “Samuel”.

Quando12 a mulher viu Samuel, gritou e disse a Saul: “Por que me enganaste? Tu mesmo és Saul!”

O13 rei lhe disse: “Não tenha medo. O que você está vendo?”

A mulher disse a Saul: “Vejo um ser que sobe do chão”.

Ele14 perguntou: “Qual a aparência dele?”

E disse ela: “Um ancião vestindo um manto está subindo”.

Então Saul ficou sabendo que era Samuel, inclinou-se e prostrou-se, rosto em terra.

Samuel15 perguntou a Saul: “Por que você me perturbou, fazendo-me subir?”

Respondeu Saul: “Estou muito angustiado. Os filisteus estão me atacando e Deus se afastou de mim. Ele já não responde nem por profetas nem por sonhos; por isso o chamei para dizer-me o que fazer”.

Disse16 Samuel: “Por que você me chamou, já que o SENHOR se afastou de você e se tornou seu inimigo? O17 SENHOR fez o que predisse por meu intermédio: rasgou de suas mãos o reino e o deu a seu próximo, a Davi. Porque18 você não obedeceu ao SENHOR nem executou a grande ira dele contra os amalequitas, ele lhe faz isso hoje. O19 SENHOR entregará você e o povo de Israel nas mãos dos filisteus, e amanhã você e seus filhos estarão comigo. O SENHOR também entregará o exército de Israel nas mãos dos filisteus”.

No dia seguinte, os filisteus atacaram os israelitas e os derrotaram. Jônatas e os seus irmãos foram mortos, e Saul foi gravemente ferido.

Então4(versículo de 1º Samuel 31) Saul ordenou ao seu escudeiro: “Tire sua espada e mate-me com ela, senão sofrerei a vergonha de cair nas mãos desses incircuncisos”.

Mas seu escudeiro estava apavorado e não quis fazê-lo. Saul, então, pegou a própria espada e jogou-se sobre ela. Quando5 o escudeiro viu que Saul estava morto, jogou-se também sobre sua espada e morreu com ele. De6 maneira que Saul, seus três filhos, seu escudeiro e todos os seus soldados morreram juntos naquele dia.

 

v     Para entender a história

Saul precisa de assessoria militar, mas a rejeição de Deus e a morte de Samuel deixaram-no completamente isolado. Desesperado, lança mão de uma prática que ele mesmo havia banido. O reinado de Saul termina em derrota e tragédia, e a sua esperança de uma dinastia morre com ele.

 

v     Curiosidades

                                      I.     Israel o havia pranteado – Samuel foi o último juiz de Israel, e os israelitas o reconheceram como um grande líder. Toda a nação o pranteou, como o fizera com Abraão, Moisés e outras grandes figuras do passado.

                                   II.      Os médiuns e os que consultavam os espíritos – A Lei de Moisés proíbe terminantemente a necromancia: “Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria, ou faça encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos” (Deuteronômio 18:10-11). A penalidade para a violação dessa lei era o apedrejamento até a morte.

                                III.     Urim” – O peitoral incrustado de joias do sumo sacerdote ocultava uma bolsa. Ela ficava ao lado do coração e continha duas pedras para adivinhação chamadas Urim (maldições) e Tumim (bênçãos). O sumo sacerdote usava-as para determinar a vontade de Deus. Não se sabe ao certo como essas adivinhações funcionavam. Talvez fossem lançadas ou sorteadas cerimonialmente, mas também poderiam simplesmente dar respostas “sim” ou “não” a uma pergunta.

                                IV.     “Existe uma em En-Dor” – En-Dor (atual En-Ed) estava consignada à tribo de Manassés, mas os israelitas nunca a capturaram. Era habitada por cananeus, e isso explica por que uma médium podia ser encontrada na cidade.

 

- A última batalha de Saul: Em geral, as batalhas com os filisteus ocorriam na região montanhosa do sul, mas, dessa vez, os filisteus atacaram Israel no norte, ao longo da planície de Jezreel. Lutar em terreno plano deu uma vantagem tática aos filisteus, já que dependiam muito de suas carruagens de guerra.

- Davi na Filisteia: Davi percebeu que a única maneira de evitar um confronto com Saul era sair de Israel. Foi para a Filisteia e tornou-se mercenário a serviço do rei de Gate, que foi facilmente convencido de que Davi era agora um inimigo de Israel. Davi fingiu realizar ataques contra os israelitas, quando, na verdade, esses ataques eram dirigidos a tribos inimigas de Israel.

 

Publicada inicialmente na Grã-Bretanha em 1997 por Dorling Kindersley Ltd, 9 Herietta Street, London WC2E 8PS.