Mateus
6:14-15
“Se
perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas
se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.
Esta fala de Jesus se
dá logo após o Senhor ensinar como se deve orar, no que ficou popularmente
conhecido como “a oração do Pai Nosso”:
“Pai
nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino; seja
feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de
cada dia. Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino,
o poder e a glória para sempre. Amém” (Mateus 6:9-13).
É interessante
perceber que na sequência Ele fala de perdão, como se este estivesse
diretamente vinculado ao “efeito” da oração ensinada – e está!
Assim, Ele ensina que
o perdão deve ser a natureza de um discípulo Seu.
Jesus ensina uma
consequência direta do perdão e do não-perdão: se perdoarmos, seremos
perdoados; se não perdoarmos, não seremos perdoados.
Creio que a maioria se
esquece – ou nunca percebeu – esta regra de causa/efeito!
Ainda que na oração
Ele ensinasse o nosso pedido ao Pai “perdoa
as nossas dívidas, assim como perdoamos
aos nossos devedores”, logo depois Ele enfatiza esse significado novamente:
“Se
perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se
não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”.
Espero que não nos
esqueçamos mais disso!
Esse ato-perdão pode e
deve ser no chão da vida real, a cada dia e, de forma contínua, durante a vida
toda. Quando nos dispomos a perdoar a cada dia aquilo que nos acomete, causado
por pessoas ou mesmo por circunstâncias, vamos dormir em paz.
Importante lembrar:
devemos perdoar pessoas e devemos também perdoar circunstâncias e situações da
vida.
Quando não conseguimos
perdoar pessoas e situações do dia a dia, vamos dormir com esse peso, e ele se impregna
em nosso sono. Já não aconteceu de termos um sono conturbado e, depois, nos
lembrarmos que fomos dormir profundamente contrariados pelo que houve no dia?
Quando Jesus diz que,
segundo agimos com nosso próximo, o Pai nos perdoa ou não nos perdoa, Ele
ensina que a vida será assim. Uma vida permeada por perdão é muito mais leve!
Quando podemos perdoar
aos outros – e nos perdoar a nós mesmos – a leveza da alma se fará sentir,
tanto pelos outros como por nós mesmos.
O apóstolo Paulo,
escrevendo aos irmãos da igreja em Éfeso, citando o Salmo 4:4, diz: “Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apazíguem
a sua ira antes que o sol se ponha.
Assim, ele ensina que nenhum assunto rancoroso deve ser deixado para resolver
amanhã – que o resolvamos hoje, e durmamos em paz!
A vida nos tratará
assim como tratamos a vida.
Lembremos sempre:
perdoamos, porque Deus já nos tem perdoado; amamos, pois Deus, já de antemão,
nos tem amado!
É isso. Que a liberdade e o amor de Cristo nos
acompanhem!
Saudações,
Kurt Hilbert